A Estrela do Norte 1864

' A ESTBE-LLA DO ~OBTE. dormia, e da cruz, an tes d'espirar, pro– nunciou estas divinas palavras, todas amôr filial e amizade : - "Minha Mãi, ahi tens teu filho 1 Discípulo, ahi tens tua .'lãe 1 n creio que a amizade ( entendo a eleva_– da, a ·verdadeira amizade, aquella que é fundada sobre u·ma estima superior) é quasi necessaria ao homem para o remo– ver das baixas tendencias. Ella confere á alma um certo não sei que, poetico e sublimemente forte, sem o qual com dif– ficuldadc se eleva acima do lodosa terre– no de egoísmo. Mas quando tenhas concebido e pro– mettido amizade, grava os seus deveres no coração. São muitos I São nada menos que tornar- te toda a víua digno do m i– gol Al(;uns aconselham que se não trave am i:laue com· ningucm, porí{uo occupo. muito os affectos, distrae o espirito , pro– duz ciumes; JJorém eu sou <l::t !Ji nião de um optimo ph ilosopho, ·s. Franr:isco de Salles, o qual, na sua F'lolea, chama a ít to « u m máo conselho:» Concede o Santo que seguramente pos– sa ser prudim ·ia, nos cow:entos, o im– ped ir as 'l ffc i~Õ<.!S p11.r ciacs : - "11-1::ts no mundo é necessario, diz alle, que aquel– les que querem militar debaixo da ban– deira da virtude, debaixo da Cruz, so unam ... Os homens que vivem no sc– culo, ond e ha tan tos passos an iscados que passar para chegar a Deos, a seme– lham-se ácruelles viaJantes, qm:l nos ca– minhos escarpados e escorregadios se se– guram uns aos ou tros para poderem sus– t en tar-se e camjnhar com mais seg11ran– çu. " Execraveis malvados, dão-se a mão pa– r:i fazer o mal; e os bons, não dai·emos as mãos para fazer ô bem ? Silvio Pellico . D. FR. CAETANO BRANDÃO, fallando do rio Cajary, nesta província, ex- 11rime-se deste modo : É ba:;tante comprido, e como todo5 os mais, acompanhado de uma e outra mar– gem de frescos ar voredos que deleitam a vista: confesso que muitas vezes alargando o~ o~hos para aquellas situações tão apra– s1veis, bom desejei a pureza e innocencia das_ alma~ justas J)ara poder a sua imi– taçao subir por estes degráos ás maiores alturas do Cé?, e con templar a amenida– de daquelles Jardins formados pela mão do Eterno Creador para recfêio dos esco- lhidos. Ah 1 que se a terra, lugar de des– terro e captiveiro, é assim semeada de tantas bellezas, que será o Ceo ! o Céo, onde Doos ostenta a profusão das su as maravilhas para coroar a felicicidade dos que o amam. MAUS PASTORES. Reparemos bem no que cllcs fazem. Elles com elTeito repartem os thesouros ela divina misericordía, crue lhes foram confiados ; porém estac, graças d e ordina– rio são infructuosas, por cahirem sobre corações endurecicloq ás influencias ce– les tes pelo seu máu exeniplo. nebalr1e os fiéis procu ru m nclltis algu ma co s1, _u c edifique e anime as 1a k, porqur só des– cobrPm na sua conclucta um:i pe 'ra el e r-scandalo , e n m laço do sedurrão. Se os pcccauo,·cs chc:r,1 m a seus pés no sa1=;rado tri bunal , sahem d'alli tão pouco tocados, como observaram o seu parocho confun– dido do h orr or f1os pro;:,rios crimes. Su v,ãJ receber o Pão dos anjos, é com a mes– ma irreverencia 1 e com o mesmo m0rtal fas tio, de que vem posrn ido M u lle que lh'o reparte : a palavr a de De- s, sai ndo de um coração frio e en regelado, não acha senão ouvintes incredulos, ou indifferen– tc ás verdades elo Céo: as parochias de campos fru ctíferos, tornadrs balsas espi– nhosas; porque o pas tor não é somen te um opcrario inutil , mas um homem ini– migo que não cessa de semear a fu nesta :dzariia..dos escanualos. Que mais? os po– Yos rudes, que de ordi nario não tem ou– tras idéas de religião fóra claqucllas que \·êem praticadas pelo seu pastor, _não ó mui to natu ral que se persuadam que se pódc seguir sem perigo o seu exemplo ? D. Fr. Caetano Brandao . A FAlllILIA DO SANTO PADRE. Encontrámos na Semana Lituraica de Poitiers as seguintes particularidades so– bre a familia do Santo Padre. Pio lX é o menos icloSI:> de seus· irmãos CÃ.stentes. Tem ainda dous irmãos octo 0 genarios, os cof.:des Gabriel, de oitenta e quatro annos, Caetano de oitenta annos; sua irmã, a condessa Benigni sustenta com toda a galhardia seus setenta e sete. annos. Seu pai, o conde Jeronimo mo_i:– reu c;om oitenta e quatro annos ; sua ma1, a condessa Catharina com oitenta e dous annos. Emfim, seu a.Jõ, o conde IIercules, viveu noven ta e seis annos. · . A familia dos J\lastai é ?umer?sa. O primogeni to, o conde Gabriel, 0UJ a mli-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0