A Estrela do Norte 1864
D i !llc11t1•so. PRONUNCl.~OO PELO PADRE ETIENN E, SUPERIOR GERAL DOS PAORES D.~ MISSÃO E DAS IRMÃS DE CARIDADE , NA li'iA UGU RAÇÃO DO MO:'iU– MEN TO ERECTO NO LUGAR DO NASCIMENTO DE S. VICENTE DE PAULO, NO DIA 24 DE ABRIL DE f864. II. (Continuação.) deve ser o iniciador para a França e para o mundo. Continúa na alfoc taç:,o d1: s,·us grandes destinos J ecretando o restatc- c– ciml!nto do instituto das filhas de rari– dade. Abr,·m-se de novo as portas de nos– sos templos e a religião ergue seus al– tares. Quatro annos mais tarde encontr;:im-se em Paris, duas grandes illustrações, o Papa Pio vrr e Napoleão I são os dous ge– nios da civilisaçào chTistã, que se unem e concordam em repôr a sociedade em suas bases. Porém o nome de s. Vicente Pois bem, meus irmãos, do seio dessas de Paulo deve ainda comparecer neste lugubres trévas, que cobrem a nossa pa- memoravel encontro. tria ensanguentada, um raio de luz ap- O imperador recebe sua r.onsa.g-ração parece. O nome de S. Vicente de Paulo do vigario de Jesus C11rist.o. O pontiflce é acclamado no meio dessas srenas de por sua vez solicita um favor: o de ver desordem e anar chia. Como aut r'ora o es- completar a restauração da dupla fami– pirito de Dcos era levado sobre as agiuis do lia do apostolo da caridade; e immedia– cháos donde devia sahir o mundo primi- tamente apparece o decreto que res tabe– tivo; assim o espirito de S. Vicente · de leceu a congrc1?ação dos lilzaristas. Paulo paira sobre este abysmo de cala- Assim , meus ir mãos, de norn levanta– midades, donde deve surgir uma nova se, depois de se ter curvado aos furores França e portanto um mundo novo. Essa da tempestade, a anore m :i.ge .;tosa da convençclo terrivel, que esmaga sob o seu caridade, plantada sobre o solo da Fran– nivel de fe:.:ro todas as illustrarões, in- ça, pela mão de S. Vicente de Paulo. clina-se perante sua imagem, e decre- De hoje cm diante vae estender em nos– ta que uma estatua será erguidá ao phi- sa patria as sua s benc:flcas ramifka~ões, lantropo Vicente. O' profundidade- das e os fructos de misericordia servirão para riquezas da sabeuoria e da scicncia de cicatrizar as feri das à'clla. Deos l Quão incomprehensiveis e admi- Porém a transformação da França não raveis são ao mesmo tempo os vossos foi executada. Só está começada. Muitas conselhcs ! Fizestes as nacôes cw·lweis. Não oscillações e muitos abalos devem ainda é sem desígnio de misericor dia que este agit:il-a antes da realisação da grande nome abençoado recebe as hom~nagens obra. As ondas sublevadas pela tempes– desscs trabal 1a<lores do inferno! Sois vós tade agitar-se-hão ainda por muito tem– que impri rr: is es te nome de esperança po, antes que a bonança reappan ça n'csse nesta obr a de destru ição como um sym- mar em cólera. Sombrias nuvens não tar– holo do plano que traçastes para a recons- dam a carregar de novo o borisonte. e trucção do edificio abatido! É a fraterni- nova borrasca ameaça arreben tar. Em dade do Evangrlho que ofl'ereceis ao mun- 1 R30, o depois cm 1/1 47, novas c11 tastro– dc, como o antidoto que deve combater pbes vem repôr em peri go a cxist<ncia c! a o veneno da fraternidade revolucionaria! sociedade. A comn-oção é tcrrhol e se faz É a caridade de s. Vicente de Paulo que I scntit' .:-m toda a Europa; quatro gel'ações presidirá a restauração da patria. t ella j ue reis são desterrada s ; a torrente da re– que servirá d·ora em diante de base ao Yolução rompe os seus diques o ttn ta throno e ao altar. Será o laço que un irá , r enovar os seus C:esastrcs. É ainda s. Vi– os espíritos divididos ; o balsamo que -~Pn te de .Paulo que reapparcce, para trnn– calmará a irritação dos partidos, o tcrre- quillisar os povos sobre o fu tu ro da Fran– no neutro onde virão encontrar-se e con- ,a e da rel!gião. Dt'sde i 8!J2 não tinha. fundir-se todas as opiniões ; a magia di- reapparecida,, nos altares. Um trium1,ho vina que reunirá todos os cora~õcs n'uma . lhe estava r!'!:en 1H10, que rewlnria no mesma ·dedicação á reli gião e á fH1tria. 1 mundo os novos destinos que o nosso se- Uma mão vigoros· vem cncaclear a re- ' culo lhe pl'(pa ravu . ['; a vc spe1·a d~ 5 u:i; "Volução e pôr um termo aos seus de ·as- i profu ucas comm~õt>s sal:e da s 1111 s_ilen– tres. O genio de Napoleão inaugura o ! r.iosa ot scuridade. lim illmt) o r ontií\';-L'fi 0 nosso ~eculo, fazen do_ brilhar em Fran- 1 que se tor nou uma das n_1owres.~loua~ ça a amora de um dta ch_ein de espe- do episcopado _frnnc-01., tc\O. 0 ll, 1 c~nti ranças. . ,Em t 800 só era amda consul; mento dos a,('CJd(;ntes que , i!o r ~Clllf porém Ja o seu olhar de llf!Uia pene- na capital. t 6 b a eg1de deste gnnwe tra no futuro ela transformação de que santo que qwir rollor.i r os grave!'l \nte- =
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