A Estrela do Norte 1864
_ lES'..C.'li" IEL , precisão.de crer tudo o que di ssestes, es– r:r.. wia á po11co um \·eneravel Bispo de Fran<;>a a um dcputacl o que, por motiYo políticos, ata<-ara. tambem, inda qu q,rn i– to mais commed1damcnte, o clero da sua diocese, Ycjo que tendes precisão de crer tu do o que dissestes, mas não tendes o direito de me impôr essa crença interes– sada, emquanto não me tiverdes in dicado os accusados, e tiverem sido a rnssas ac– cusnções submettidas ás formalidades que exigem o bom senso e a justiça. ,, Fossem os Padres e os R ligiosos, os ultimos dos h meus, tem direito, como qualquer ou– tro, á sua honra; e tanto mais direito, quanto é ella, de ordinario, o unico capi– tal sucial que elles possuem neste mun– clo, e o seu maior thcsouro, depois do da consciencia. Por ventura não os protege– rá tamb rn a élles aquc1 le µ-rande princi– pio de direito natural: que todo o homem se pr s11110 bom, até que se demonstr e o con rario? E será justo que por abusos in diYiduaes, por algumas desas fraqu e– zas e desf,1Lcimentos que inevitavelmente acompanham o elemento humano onde qu er qu elle entre, se estenda um labéo d'infamia e de de honra soLre corpora– ·ões intdras, invol rnndo-sc no mesmo despreso o exerração todos os membros rrue as compõll ? Dif{o fóra das l is da hôa política, por– que não sei ri uc utilidade poss:i. resultar á narõ.o de desacredi tar-se do alto da tri– buna essas instituições vener, veis qne o nosso porn ama , que tanto bem tem feito e estão fazendo á nossa patria, soccorrcn– do a indi'-'encia de. rnlida. inslrn indo e morali ando nos as populações do cam– po, chamando ao gremio da civilisarão tan tas tribus erradias, erigindo templos, levan !ando hospícios, educando orfãos, velan do á cabeceira dos enfermos, vis i: t:rndo presos e pobres vergonhosos e der– ramando por toda a parte os mais incon- 1esl:1v.-is boneficios. Paiz prole tante é a ln~laterra, e mas tendo-se na camara dos rommuus na sessão de 18 ele Fevereiro ll c 1 'l:í4 proposto um bili ordenando se p1·occdcsse a um Inqueri to sobre o estado das or1len monas ticas na Gran-Bretanb~ seus pro::rressos, suas tendwicias e a let~ que con viria e Label ecer en'l relarão a el– las, o governo pelo orgão do Lord nusscll não deixou de combatêr a proposta como inoppor tu na e injuriosa aos catholi cos. ora se assim di scorre~ um polilico pro– tes tan te, sobre Ul~a s1mple pr~p?~la de inqn erito, em pa1z onde a rellg1ao. cu– tholica const itue uma pequena e odiada minoria O ci:n e se deve pensar de. se ala– rru0 c1 Pf-~hriilo, \'iolr nti ssimo , conlrn as ordens religiosas, em terra, como a nos– sa, cm rrue a ll eligião Cnfüolica Apostoli– ca Romana ó a neligião do Este.do, cm face de um povo profundamente catholico e no seio de uma camara uotavol pela ua alta illustra ão o religiosidade? Podere– mo os catholicôs habitantes deste im– perio, deixar de magoar-no Yendo tão cruelmente injuriados institutos que a Santa Igreja nossa l\lãi nosonsinou a vc– neFar, e que nós consideramos como os instrumentos mais rfficaze da difusão do Evangelho no mundo? Poderemos dei– xar de sentir que se dê ampla li berdade a todos os propagandista de más doutri– nas, e só aos Pa'dl·es e Religiosos Catho– licos se persiga como inimigos do pro– gr esso e da civilisação de nossa patria? Digo em fim, fóra das leis da orthodo– xia, porque os golpes desfechados sobre as ordens religiosas vão ferir do modo mais flagrante e clirecto a neligião do E - tado. Com effeito, o que ó e se jesnitismo contra que tanto se declama? Porque não d flnir esta palavra? para que dei– xar os espirHos Ouctuando no vasio? É prec.iso ao menos ter o merito da lealdade e da franqueza, quando se trata de com– bater todos os refal amentos o b. pocri– sias. Pois bem! jesuiti. mo, u ltmmontanis– mo, reacção ulttamontanll, partido clel'ical, ou como qu er que ah i o chamem, ludo isto si/.milica simplesmente Catlwlicismo. Senão Yedo. Um Padre peclo um terreno para levan tar t:m templo catholico; é mais um pulpito, mais um confessiona– rio que se erige no paiz. Alarma, toda a nação ! Catilina está ás portas de noma: o jesuiti-mo nos accomettc. Umas po– bres mul.10res estão servindo os enfermos nos l10spitars, educando meninas des– amparadas das rua~, orfãsinhas desvali– das de qu e por via de regra pouco s'in– quicta esse mnndo que por ahi vai tão mergulhado no seu eg-oismo e indi !l'eren– ça I Alarma! nos a li erdad e e indepen– dencia estão em perigo; rl ehaixo da can– dida toura ela irmã de carid ade anda oc– culto o mais traiçoeiro j esuitismo! Um missionario, vesti do de 1nosseiro burel e corda á cinta, \'ai fazer retinir a pahi na da salynrão por esses CL'nlros aban t.lona– rlos reune os povos, falla-111 ' S a lingua– g-e~ rurlc dos apostolos; é entendido ! congraçam-se familias, fazem -se resti– tuições, sanctificam-se un iões illegitimas, afervora-se a fé desalen Lada, levantam– se templo , sal vam-s a almas, Deos {, glorificado I Alarma! é o jesuitismo o mais refinado e diaboli co j e uitismo sol/o "TOS– seiro involucro do Capuchinho I urr{' Pre– lado, 11111 parorho, 11111 sarenlote qnalriner, j
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