A Estrela do Norte 1864

r-- -=--======-==~===========-===~==-------- Douungo -".1111011 ó cl e Ju.n llo. , AESTRELLA DO NORTE. ,, . sonos AUSPICIOS OE s. BXC. r.llV)l,I. o sn. o. AillTO~IO DE MACEDO COSTA, lllSPO DO l'AH.Í. ses iiiGíW &&11151 Te,staslllento- , Com que fallecen o A rcebispo a.>rJmaz de Braga, D . Fr. Cnetano ~randão, o qua~ h avEa feito no anno de '- -,95, <1nan<l,o a sua 'rida pelo prin~c ira ,·ez cs1e,·e en, p erigo, e que foi o mesmo que serviu .na sua morte. Em Nome do Padre, elo Filho, e do Es– pirito Santo. Amen. Não é minha intenção fazer testan:iento, porque não tenho ele que, nem a.inda mesmo a vontade desembaraçada para isso. Entrei pobre nesta Igreja, que depo– sitou em minhas mãos o seu l'Cndimento para ser distribuido conforme o esplrito dos sagrados canones. Não sei se 1iz as– sim · o que porem sei 6 que do ponto da minha morte cessa todo o·exercício que tinha desta admini stração sem me restar senão a esperança )1em fundada ele que aquclles, que por direito me ficam sub– stituindo no governo desta Igreja, com,– padecidos de minha pobre alma não du– vidarão soccorrcl-a com os sufragios con– venienles. Disse que nem a mesma vontade Linha li:vre para tesLar, porque tendo fciLo voto de pobreza nu profi ssão religiosa, jú que talve7, no decurso da vida o nilo obser– va.ria como era justo, quero ao menos agora' dar-ille uma plena e c3:bul saLi - fação; e para. isso me "desapTnpn_o de tuc~o gostosissimamenLc, sem aeze,1ar mais nada do que uma pobre mortalha. para envolver o meu cadaver, a qual peço pelo amor de neos. A toda a Santissima Trindade cncom– mendo minha'alma peccaclora. Com quan– to pezar lh'a eh trcgo agora, manchada_ de t:1-ntos delictos, depoi de a. ter recebido limpa e pura da sua mão ? que tantas vezes que pequ i por pensamentos, pa!a– vras e obras, por commi são e omis ao , e cli to só cu fui rulpado , mais ni ngucm Ycni tc ct ambulcmus in lnminc Domini. ls,11. lf. 5. e ;y * •trn.t:.a porque vós, Creaclor meu., com lagrirnas nascidas do coração o digo ! porr1ue Vó bem dispendes te;; com igo o bem tl·aba– lhastes afim ele me de viardes ç1a bo"ca. d.o inferno. Ai r1ue chuveiros in;lmcn o de mise– ricordias ! que lumes -! que loques ! qu e chamamentos effiçnchis imos desde a pl'i– Tneira flor de meus ari11os ! E d 'pois no estad0, de Mligioso e d Bi po ! Eu :me cónfnndo d.e ver at onde tem chegad o a rebeldia de meu coração ! Que reme– dio? Perdão cspifro ! Confio; n'i.o me res– ta outro. Mn.s vós, dulci simo Jesus no deri;adciro • lance da vida cm que agora me considero Jembrai -Yos Senhor, que ait)cla que ingrato o infi~I por muito · princípios, sempre me glori o de ser rn o filho ; sempre amei e rospciLei o Dogmas da minha crença; e sen1prc e tiYe dis– posto para preferir esta a quac 0 111er sa– crificios mais custosos e violento , bem convencido de que ssim (lOffiO não lia outro Deo , senão Vós, tamben, ão ha religião senão a catholica, o qu(, só o que a profe sam tem direito ao Céo. lsto creio o nisto m smo desejo estar fixo alé ao ultimo suspiro. De boa vontade aceito as dores, as af– fiicções, e a agonias da morte; e tudo já daqui unido com os vossos infinitos merecimenlos offerei:o cm satisfa ão rlo meus peccados. Gom igual res ignação me sujoito ás fun estas mudanças, qur o ~ eu corpo vai c;,:perimentar , e mesmo á cormpção e 1Jltimás re oluções ele todas a_s s~ia · partes Justa pena do crimes rn 11l– t1pl_1cados, de que tem sido in trumento. ~im, meu Deos, olhos, ouvidos, bocca, maos, pés, coração, tudo em fim que en– tra na composiç;io tlcs te meu r r, bem ó que depois el e tantas vezes se ter rebcl– laclo contra Vós pela éulpa, r<'JJ,UC por algum modo esta inju sti ça passando pe– las ultimas humilhações e horro!'Cs 110 ~c– puk hM; ainda qne niío fosse lr1JrnLo m-

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