A Estrela do Norte 1864
'1 66 -mãos; ,e ro ·jves tido brrunoo estava gra– ciosamente dobrado em redor della. O co:rpo de Sancta Cath:trina não foi levado cmais suavemente pelos anjos ao monte Sinai. Os seus passos foram tão rapidos .e itão lige.i1'0s, que nem tinham tocado scrbre a bor da do precipício ; tinha, ·por assim dizer. voado por cima, e deveria :ter enfraquecido sem soffrer p.or muito ..tempo a,nws de chegar ao íund.o. (Con timía.) O 111ealheb•o. na taverna, ou no café os seus pequenos haveres, e que pelo prazer de um mo– mento Jazem jej uar Lo da a semana a mu– lher e os filhos, ha tle certo tres quartos que o fazem por fal ta de reflexão sim– plesmente. u Não tenho senão alguns vin– Lens, ilizem elles ; de que me serve estaT a poupal-os?" Mas se e5tiver no habito de visita.r o mealheiro vereis como elle se torna eloquente, como se aquece, se anlma e por fim v_ence. u J\las, infeliz, dirá elle, tu gastas mal gasto todos os domingos um tostão , dous tostões, cinco tostõe , ao jogo, ou ·nas lét\:ernas ; no fi m Um mealheirn é um dos moveis mais do mez eram quatro , oito tostões, 2,000 importantes de uma casa ; em primei- réis ; nr) fim do tri mestre eram f ,200, ou -ro lagar porque custEL muHo pouco, o 2,.400, ou 6,000 réis para a -renda da casa, que :nã.o é indill'er ente paua mui tas al- esse enexoravel praso, que não chega glbeiras, ·e depois _porque te,'ID uma infi- tão depressa senão porque só se pensa -nidade dequali.dades-mmavilhosas. Apos-- nelle no ultimo momento. Seria uma for– .to que ha mui ta gente que l1üo tem pen- -tuna que tu acharias dentro de mim ; sê .sad.o nisto. pois ,genoro. o comigo, mãos largas para o mealheiro é urn axocllento calcula- mim; eu não sou como o jogo ! que re– rdor-; trepete impertu.rJ)aYelmente 2 e 2 fa- cebe e nada dá, como a taverna que de– .zem 4-; ,í e r2 fazem 6·; 6 e 2 fazem 8 ; et c. ; vora o teu salario ao mesmo tempo que ;-nunca --se engana, e se todos os dias se arruina a tua sande e perde a tua a1ma; dhe dm.tia den tro algum di.nheiro , ao cabo eu dou sempr e - sou exacto e fi el- dá– ido)an'Bo entrega-o ponbualrrlente sem lhe me alguma cousa 1l 1 clos os dias e verás -fali.ar um real. como te has de sahi r bem . » Deste modo omealheir0 ensina a muita o mealheiro, finalmente, é um perfei– _gente que o ignora ou que se não lembra to moralista. Quantas pessoas, quantas .que 5 réis nepetidos 365 vezes por anuo , não teriam ad quirido o lrnbito ele se em– ,p.roduzem l ,825 r éis ; que um vin tem re- bebedar ou de j ogar, senão tive sem nun– petido 365 vezes produz 7,300 réis ; que ca posto o pé em uma taverna ou em -meio •tostão mul tiplicado por 365 dá uma casa de jogo? Quantas pessoas nun– .!-8 ,250'! ,que11or con seguinte aquelle que ca ahi ter iam ido se t ivessem tido um tira cinco réis cada dia daquillo que cos- mealheiro para lhe deitar as uas econo– :tu!tna gastar em tabaco para os deitar no- mias de cada dia I En tre aquelles que me ·mealheiro enriquece o annualmente com leem, ha certamen te muitos que de boa ia quant ia éle i ,820 réis; e aquelle que em ou má vontade são obrigados a dizer que -vez de um quartilho bebe meto, e não tenho carradas de razão ! E da ta:verna e 'jllata tan tas vezes o bicho, póde eco.no- das casas de jogo quantos e quantos não ·misar 7,300 réis.;,e 011tros1muitos ma.is do dão em ladrões ou assassinos? O numero ..<1ue isto. O que temos dito ó com reloção é.consideravel, mas sem irmos mais lon– i3.0 S pnbres; p.orém 'Com a gente ri ca, ou ge, quantas desordens haveria de menos sim_plesmente remedi.ada, o que não po- no seio das familias, quantas questões e -derm ena fazer -ao cabo do anno se du- desintelligen cias entre marido e mu lher ·ant~ elle deitasse n'um mealheiro todos se poderiam evitar, quantos filhos t?r iam os dias uma moeoo .de cobre ao menos ? amor e respeito a seus pais. se se tivesse Ouan tas pobres, quantos inJelizes não feito economias para deitar no rnealhei– ij!Oderiam •ser socao!-"l'ido ! 0 ro ? 1 se o marido lhe lança se dentro to– . Caros leitoTes, JJrnos ou pobres, m edi- dos os dias algum robre ; se a mulher t fi\fQOS todos nesta vwdade. Cuid emos de segui se o seu exemplo; se o filho, em vez pol~a em pratica. Pro :urcmos todos ter de gastar uma parte de seu primeiros ,urn mealheiro,; 1 se l ordes :ricos arranj ai ganhos em extravagancias, a applicasse mn grande, se fordes ]!)Obre , se viver - tambem par a o mealheiro, este, --assim .des elo vosso tr.ab ~o p.rocumi urr:i pe- deste modo, lem~~aq,o e visit~do de todos ,queno . ,que ·-alegria ..quando vós diante é o ~em da fa11:11ha, e a familia é_ a eco– d o vo~a família o quebrardes 1 • nom_1_a, a moralidade, é a a[eição dos pais Mas ainda ntio·é tudo ; o mealheiro é e1ma~s para os filhos, ~ dos filhos para um oxcelrente intond 1~e. Entre. ~ nta os pais.. la portanto ~mta moral e m,u i– gon te que ·vai perder ao '.J©g-o_ou d1ss1par ta pocsm no rnoalhmro.
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