A Estrela do Norte 1864
_.\ ESTII ELLJI. DO NOUTE. ainda em certas fo lhas irreligiosas de Ita– lia e de França que ass:weram ter 5. San– tidade chegado á mais irremediavel ago– nia, e estar mor to 1 ••.• De duas semanas a esta parte j i não se falla dos movimentos doPiemonte no sen– tido de um ataque co~.tra Veneza, Excepto se a França ( o que não se deve crer ) fôr connivente com estas novas emprezas-, parece cer to que a joven Italia não ata– cará sósinha os soldados de Navarra. Os seus exercitos já tem mu ito que fazer em ~ reprimir os descontentamentos das _po1;m– lações enganadas, e con tel-as nos Imutes da obediencia passiva. Annuncia-se que uma segunda embai– xada japoneza vai nôs chegar proxima– mente para retractar , quanto possivel fór, as concessões precedentes, relativamente ao -commercio dos europeus. Que des– graça para o que chamamos civilisação que a julguem por factos tão atrozes como a destruição de Kagosima ! Esta cidade populosa do Japão foi a pou– co bombardeada e arrazada pelos ingleses em desforço de um assassinato commet– tido na pessôa de um dos seus vendedores de epio ! Mulheres, velhos e crianças fo– ram victimas dessa nova barbaridade bri– tannica. Comprehendc-se que estes povos da Asia, que podem muito bem passar se~ nós, no ponto de vista material, de– pois de terem visto o que lhes cu stam suas relações cóm os inglezes, hesitem agora em ligar comnosco rela(;ões mais intimas e frequentes. Possa a França ao menos provar pelos seus áctos que me– nos importancia ella aos beneficios de um lucro sem nobreza, do que á diffusão da verdade entre essas nações idolatras. Elia o fará, eu o espero, e em quanto os inglezes introduzirem seus generos, nós introduziremos o Evangelho. Bella e no– bre missão ! Em quan to estamos na Asia não esque– çamos a grande nova qne nôs trazem os jornaes religiosos. o Thibet acalm de abrir-se ao catholi.cismo. Cita-se até um facto singular, e admi I·avelmente estra– nho. Uma Lamazaria de 700 bonzos ( i ) - ac:i-h~ de _exterminar $em idolos e pedi m1ss10nar10s. Se é verdaooiro o que se afflrma, em poucos annos provavelmente será christão o Th ibet. Em i8::i0, pouco an tes ou pouco depois, differontes missio– narios penetraram nesse paiz tão bem guardado pela mn.levolencia chineza_e acharam, por signaes tão numerosos quao evidentes, que o povo e tava adm1ravel- (t) E' o nome <los sacerdotes idola.ras entre os Tltibclanos. mente p.reparado a receber o Evangelho. Os- nossos quatro italianos da tentativa cfo a:es-a:ssinato contra o Imperador foram juigados no principio des te mez. Ir ins– trucção do processo revela á toda luz uma incrível perversidade. Sabidos das filei– ras do e)lercito dé' Garibaldi, com quem o Imperador combatia á quatro annos, estes homens monstruosos não recuav11m diante de atrocidade e ingratidão algu – ma. Por felicidade velava o Céo sobre os destinos do nosso soberano a quem Elle conservará sem duvida por muito tempo ainda á França, e estou que não permit– t1u Deos qne este medonho tr ama se u r– disse tão bem na sombra, senão para mostrar aos rei-'3 quanto a revolução é de– testavel em seus fins , romo em seus meios. Mazzini, o inimigo jurado da Igreja ca– tholica, era a pedra angular de toda a conjuração. As declarações dos réus, do– cumentos escriptos do punho deste mvs– terioso agitador, dinheiro mandado dar, relações reconhecidas, tudo o prova. Mas elle o nega e os inglezcs, ele cuja ilha nôs vieram já ou tros siccarios, crêm em he– sitar na palavra do aentliment italiano ; sua palavra lhes basta, mas só lhes ba ta a elles. E' um raio de mais que devemos aj unct'ar á sua gloriosa aureola . . .. ( Cvntimía.) A. •1uestiio dos se111inarios no, Bras il. O imperio do Brasil, tão importante e tão cheio de futuro , é um imperio catho– lico. Nascido do calíholicismo, sua infan– cia sob a fórma colonial, até 1808, cresceu e desenvolveu-se pela influencia do ca– tholicismo. Desde que tomou lugar entre as mais bellas monar chias, sua fé catho– lica ficou sendo de facto o principal ele– mento de sna vida S'Ocial. Não prasa a Deos que assignalando um falso pa. so do poder preposto neste momento aos des– tinos deste paiz, ponha1'._los em duvida a nobreza de suas intençoes, a altura ele sua~ vistas e tam pouco os melhoramen– tos reaes e bs progre os Ycrcladeiramente dignos deste nome, eJJ'ectuados no Brasil, á meio secu lo a e ta parte. Mas depois des te justo tributo ele homenagem, ao qual se hã.o de associar de boamente os catholicos ele todos os paizcs, como não lançariam elles o grito de alarma sa– bendo de tentati \"as cu.i a realisaçilo traria para esse bello if!1:eerio o fiagello devas– tador ela porseguiçoos e do schisma? 1-'or– que tracta-se, como cm breve o veremos, •
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