A Estrela do Norte 1864

lação elo bispado. Da nossa parle nos cs– for!'aremos por cumprir, com a graça de ·oeos, os deveres do nosso minisLerio, e sendo um delles a criação de um semi– nario ecclesiastico será este um de no;;– sos prin'leiros cuidados como uma insti– tuição tci.o importante que o Concilio Tri– dentino collocou entre os objectos mais neccssarios da disciplina ecclesiastica para a educação do clero, debaixo tla imme– diata inspecção do Bispo. E certamente a existencia e organisação dos seminarios ecclesiasticos não podiam estar sujeitos a outra jurisdicção que não sej a a epis– copal, porque é ao Bispo que incumbe o dever de expor os dogmas, explicar, in– terpretar as leis ecclesiasticas, approvar ou reprovar a doutrina quando a achar conforme ou contraria aquella quo rece– beu de Jesus GhrisLo. - -------- ços empregados 11oje para difundiT em todas as classes ela sociedade., desde o aca– domico até o obreiro, uma instrucção ca– paz do satisfazer a todas as faculdades ? · No mau ulLimo artigo fiz , er o es tado dos esLudos do clero em França, e a legi– tima reputação de saber que o cerca ; mos– trei ao mesmo tempo os n::elhoramento que se ~ntrorluz_em todos os dias no yste– ma de rnstrucçao para alargar os conh ci– mentos dos ministros do altar. Veremo agora se exisLe realmente uma grande vantagem em iniciar o clero do nosso paiz -nas lettras e scicncias profanas. · For:mar padres, dar-lhes estudos mai fortes em relação com as exigerrcias da epocha, tal é uma das necessidades mai s urgentes CJllC se fazem sen lir entre nós. Uma nova cruzada se prepara no mun– do. Jlt se ouve echoar por toda parté o grito de guerra, e por toda a parte os membros militantes do Christo, apoiados Mais altatunaseon!lli11D.e1•ações s o - sobre a cruz , sentem a necessidade 'do bre ~ ,reereto mo, 3 , unir-se e reforçar-se. Elles leem no fu– turo suas esperanças e veem abrir-se essa O grande problema qu e Lodas as nações nova phase de triumpho para o Mestre. cultas tractam .de resolver é o da educ - Ness:i. cruzada não se verá sangue de ção e da instrucção. -E' pre ·iso instruir 1 mouro tingir um chão profan11,do. Não; ci o grito que se ouve de toda parte. , não ó o terrível Ocos dos Exercitos que se Quem não conhece que a ignorancia é invoca, não se péde uma _espuda de fogo um dos maiores males que podem pesar que destrua em uma noite o exercito dos sobre o homem ? Quem não sabe que é infiéis. • ella a mais terrível inimiga da huma- E' o l)eos de Salomüo, fonte de toda a nidade, e que ella é a mãi da cegueira verdade e de toda a luz a q_uem recorrem do espirilo? os soldados ela luz e da verdade. No cam- « Ohomem ó um en te ensinado» disse lJ0 do inimig·o se arvóra soberbo 1 rstan– urn grande vulto deste seculo. E' mister dart.e ela duvida, e elles se dizém escla– portanLo ensinar ao homem, ó mister ele- recidos pelas luzes elo secuLo, e apcstolos val-o, pelos dotes da intelligencia, acima elo progresc,o elo espírito humano. do lõdo que o arras ta sempre para a terra. Sim, é a duYida que se impõe hoje como Vozes cncrgica~ e eloquen tes so elernm a alarnnca que deve abalar o christianis– de toda parte para reclamar a solução mo, obra de tantos seculo . o forte el e desse grande problema e a realisação seus argnmen tos é um provw·ellne11/e . . , . desse desideratum universal. tab·ez .. . . é crivei .. . tudo isto abrilhan- Uns clamam pela inslrucção do povo, tado com n. orgulhosa 1mrpm·a da erudi– e afflrmam que da illustra~ão delle de- çüo que cobre a verdade, : historia e as pende a felicidade das na~õe . « Não bas- tradições. ta , dizia no mez de fevereiro ultimo um Segui as pisadas desses novos apostolos dos jornaes scientiflcos de Paris, não basta do anti hdstianismo 7Jw·o, que se dizem os conhecimentos de escripturação e de mentiro mente propagadores do p11ro arithmetica, o homem do povo para ser ,:_;hl'istianismo, e vereis que a. nova escóla, apto a qualquer funcção de seu estado que a criUcar-'3 a sophistica moderna se– deve ter além disso noções de physica, de gue um programma todo novo ele aLla– chimica, de h ygiene usual, de geogra- que. Programma extravagante, mas com– phia e de historia. E' preciso ainda que modo, que nega de um lado o que par ce elle tenha alguns principias de historia respeitar do outro. Voltaire dizia :" E~,– natural e conhecimentos dos animaes maguemos o infame !» e elle ria e l:U1ça,_ ,L suscepLiveis a serem domesticados e elos a lama do ricliculo sobre tudo o <1uc llp.via vegeta s usuaes. • mais sagrado. A pleiade. do ·oplustas _Es~e prog-ramma é talvez uma utop ia ; modernos segue outra ta_tica., El_les_per– nuo impo~ta; ellc mostra uma tcndencia vertem e fal ificarn as m,us _se,;ums id 1~ da acLual!da<le. E qu m ignora O esfor- com uma duvida a proposüo e lan\am ( /

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