A Estrela do Norte 1864
Donaiugo Annoll 1.~ tle 1'Iaão. A ESTRELLA DO NORTE. SOD os AUSPICIOS DE s. EXC. REV!IA. o sn. D. ANTONIO DE IIACl!DO COSTA, DISPO DO PAR.i.. Extraeto tia prinaeirn. eartn. IHll!l– toral cio Ex1u. Bis po co118r1nn– tlo de Dia1nn.utin11, D. João An– tonio dos Snntos , ena a de Fe– vereiJ.-o ultúno. A falta de meditação das verdad es do chrlstianismo ó a principal causa de to– dos os males, da desmoralisação, da ce– gueira em que vive a maior parte dos homens, do indilferentismo religioso, e esquecimento do fim para o qual Deos nos creou. O es tudo da lei evangelica é uma condição de que depende a nossa felicidade nesta e na outra vida : elle nôs ensina a sem .os bons christãos e bons cidadãos. Quereis ser felizes, pensni na lei de Deos s6. iamente. A terra está cheia de dessolação e miseria porque não se pensa nas verdades eternas. Sim, carissio os irmãos e am'ldos filhos, penetrai-vos des tas verdades, e fazei da lei de Deos vossa mais con tinua occupa– ção, ajudai- nos desta sorte a trabalhar na obra de neos, que é a salvação de vossas almas, sem essa cooperação nos– sos esforços não conseguirão a medida de nossos vo to , nosso mi ni sterio não vos aproveitará, não nos adiantaremos no ca– minho que nas conduz á ffilicidade. Es– tudai a lei divina segundo o exemplo' que nôs dá nosso divino ~lcstre. Je us Christo é um piedoso incitamento de nôs instru– i mo3 na sua divina lei, quando elle para nôs uar o exemplo, escapando aos ternos cu idados de seus pais, vai-se assentar no templo entre os dou tores da lei ouvindo– os attentamente ; elle que é o thesouro de toda sciPncia e sabedoria, os interroga co~no discípulo submisso; elle destaca– f ei..:a de discípulo nôs dá uma sublime 1çao, nõs mostra o dever que temos de aprender a . ua lei. Esta lei eterna, inva• r iavel é a regra de todas as nossas acções, ~ o nosso codigo moral, por elle seremos Julgados, devemos tel-o sempre no espi- Venite et nmbulemus in lumine Domini. IsA,. n. 5. rito , medital-o continuamente : violar seus preceitos é fazermo- nos mais cul– pados do que o infiel que não possue essa luz divina, e que anda na trevas do pec– cado, na cegueira do espírito, no cami– nho do erro , na depravação moral, na corrupção dos costumes. 1\ observancia fiel das santas maximas que encerram a lei do Divino Salvador é recompensada com uma felicidade que o homem não póde comprehender, excedendo tud_o que poderia imaginar de grande : o mesmo é o premio dos que cumprem a sua lei ; mas tambem infelizes para sempre serão aquelles que a desprezam, e se fazem réos de sua violação ; a sua sorte será tão mal– aventurada como feliz e ditosa a condi– ção dos que neste mundo souberam di-' rigir-se pelo caminho da vida da graça. Um caracter desta divina lei , e que de– vemos notar para consolação nossa, é que a lei de nosso Divino Jesus é destinada a reunir todos os povos debaixo de um jugo suave, todo de amor : no amor de Deos e do proximo ou antes em um só precei– to - a caridade - se encorra toda a l ei. Grandes e pequenos, ricos e pobres, so– beranos e vassallos, todos, sem distin– ção de classes, estão sugeitos a seus pre– ceitos. Un só espir ita nôs deve di rigir , uma só fé nôs deve animar, uma mesma caridade nôs aperfeiçoar, uma mesma es– perança é proposta á todos. Fil hos do. mesmo Pai que está no Céo temos. igua1'. }lireíto á herança que nôs foi prepa-rada pelo Salvador e Redemptor- em seu reino ;– fi]J)os de Deos, regenerados pelas -aguas do Baptismo, somos chamados. para a.. pos– se da bemaventurança.z. se como aquelle que nol-a mereceu sonrermes por amor de sua justlt:a ~ com Jesus seremos g_lo– rificados se como elle fizermos nesta vida t ão passageira a vontade de .seu Ete_rn~ Pai: elle ó o caminho, a verd~de, a vida, só por elle seremos felizes. Nuo ha ontra por ta por onde possamos entrar na. id~ I
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0