A Estrela do Norte 1864
A JES'll'RE.ILL . DO :NOil.'.i'.'E. 1151 . t33:Y™ os macacos a correr, lenta levai-os por meios brancos, e chamal-os a si deitando– ll1es côcos. Inutil tentativa I Os macacos perceberam o ardil, e miravam-no d'alto a baixo com ar de zomlJaria, parecendo estar muito longe de pens:ir em fazer uma restituição. De repente o pobre homem enfurece-se e fazendo um gesto muito commum ás pessoas que se encolcrisam, tira o bonet de ~abeça, e atira com elle ao chão. Po– r ém, novo milagre! Ao Yer este gesto todos os macacos se -levantam, pegam nos honets e atirnm-nos ao chüo, e o bofari– nheiro maraYilhado com esta acção, não teve mais do que o cncommodo de se abaixar, apanhanhal-os, e mettei-os com muito cuidado denlro da sua caixa. Tal vez que Yós, meus amigos leitores, Yôs riaes quando lerdes esta historia ácer– ca dos macacos da floresta da índia. Ten– de porém o cuidado de não vôs rirdes alguma vez de vós mesmos. Quantas cousas ri diculas e prej udiciaes se fazem muiias vezes, unicamente para imitar I Para imitar, bebe-se ; para ilni– tar, joga-se ; para imitar, zomba-se dos paes, dos mestres; para imitar, muitas pessoas fazem-se ímpias, o acham absur– do ser christão e praticar a sua r eligião. Para imitar, finalmen te, arruina-se o cor– po, a bolsa, ou perde-se a alma ! Será isto muito mais racional ? Estou inclinado a dizer que não. ( Petites Leclnres.-) O PONTlfJCADO.· De todn.s as partes do globo os bispos e os catholicos dão exuberantes proyas do profundo senlimento que nutrem polos successos nest 's ultimos nnnos, occorri– dos nos Eslaclos Ponlificios. Endereços, r euniües, as embléas, mem– rias, offertas, protestações, manifcslações publicas, convorções, tudo concorre para demonstrar o axioma desse gi-ando Arce– bispo: Ubi est Peti·us, ihi ecclesia : onde está Pedro, ahi está a fµ-reja . Malinas, Francfort o Munich encerram dentro cm si o melhor dos Catholicos·, sa– bios de todos os paizes, sacerdotes, mcdi– cos, jurisconsultos, generae , almirantes, oradores, estadistas, escriptores, diploma– tas_, missionarios, bispos, litulares, tudo alu _se acha para pro testar em nome da Christandade rontra a invasão dos domí– nios do Chef? da Lgrcja. A assemblt•a de Prancfort assim termi– na a sua prolestai;ão: " A as cnblea p-c-1·al renova sua protes– tação solemne MntJ·a todas as violcncias que diminu.em o poder temporal do Pa– pa, e compromettem sua po ição inter– nacional. 11 É o grito da consciencia, é o brado da ver dade que os obriga a confe sar que as portas do inferno nada podem contra a Esposa do Eterno . ASSIM SE ESCREVE A HISTORIA. Publica o Diario do Rio de Jancil'o, de t4 do passado, um artigo traduzido do Siecle, que tem :por titulo : O clero e o ensi– no primaria. Entre outras muitas proposições anar– chicas e mesmo racionalistas diz- que a educação elo clero torna o povo insubordinado . Basta reflec tirmos no per:ioclico Siccle, para logo lançarmos ao lado o tal artigo, como inimigo figadal ela Ig-reJa catho~ lica. Mas admira que o Diario que se diz fo– lha ol'deira pregue essas doutrinas em um paiz catholico. São estes os homens que querem pas– sar por amigos do Brazil? Não sabe o Diario que nada diz quem nada prova? E que prova dá elle em desabono do ensino do Clero Catholico? Foi o -mons parturiens ... - do fabu– J' ta latino. §u1.•1.•cxit. Rcsuscitou o Eterno! A gloria sua • Enche os mares e o céo, inunda a terra. ( ll'IENDES L EAi,.) I. Exulta humanidade ! despe o lu cto Triste emblemn. da dôr ! Desponta o astro Eterno que irradia• o mundo em seu fulgor ! Brilhai , 6 sol, mais fulgido no espaço ; , Lindas aves, trinai ! Brisas dos pi;iclos, manso arroio, agora Alegres susurrai! Florestas virgens, que guardaes mysterio Da antiga creação, De erto em que se alonga o hymno immen ° Da eterna ádoração 1 Eccos do va1lo que o troy,ío_ accorda Com medonho Iragor,. Os cantos mil que entoam ave mhas, Repeti ao Senhor!
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