A Estrela do Norte 1864

11416 -~ ES'J.'Il.&.ElL lL seu fatal poder . Fizeram-lhe ver, que era demasiado tarde para recuar, e que se assim:o quizesse, elles immediatamen– te realisariam a ameaça, que lhe haviam feito de o ent1·egar. Disseram-lhe depois cme era uma loucura rqcuar diante de ürn crime, que devia ser o ultimo, como lhe tinham prornettido; que, se di via um dia converter-se, ser-lhe-hia facil arre– pender-se daquelle como dos precedentes; senão, crue havia de ser do mesmo modo condemnado por aquelles que já tinha commettido, e por isso a sua sorte nao se podia tornar peior. Empregar am mu i– tos outros argumentos tiio detesta.veis, e Cfllando por fim viram, que nada faziam d'elle, estas feras ameaçaram-no ele se vingarem na fam ilin , assassinando-lhe a mulher e a filha . Dous motivos, tinham elles para a cruel insistencia que lhe faziam em o tornar curnplice deste atlentado. Primeiro que tudo tinham adquirido certesa, segundo suas conversações, de que elle conhecia perfeitamente os ornatos da Igreja, que eram de um valor real, e os que eram de um valor apparente. Peelro sabia real– mente o que era de prata, e o que era de um metal menos precioso; porque, elle tinha muitas vezes nos seus tempos feli– zes desempenhado volun tariamente o Jo– gar de sachris tilo. Elles, pelo contrario, haviam apenas lançado os olhos rapidamente sobre as riquezas acumuladas no Sanctuario z era isso bastante para lhes aguçar cunira, mas nilo para. os guiar na escolha dos despojos. Mas ainda os impcllia um outro motivo mais e mais atroz. llaviam-se <;ervido de Pedro como de um instrumen– to; não tendo jú necessidade de seus ser– viços depois desta noite, tencionaram nlilisal-o ao menos como victima, fuginelo e deixando-o após elles para ser Pgarrado pela j usti<:a, e ató terem tempo de escapar á sua perseg-uiçao. As suas relações com ellcs tornal-o-hiam suspeito, a fraqueza do sou caracter acnharia por lhe fazer con~essar o seu crime, . a ·vingança da lei cahma soh~o.elle, o a .Justi1,a ompregarüt menos act1v1daele em de~ubrir-llte o! cumplices. Taos oram as infernaos combinações do seus compan~rniros; tal é, por outras pa– lavras , a anmmde do máos 11 A terrível ameaça destes saltr.adores foi proferida com uma tal raiva e de um rno<lo tã.o positivo, que Pedro, com a e~– pcrir.ncia qoe tinha do seu car_acter, nao duv idou um momrnto da seneeladc da– quclla ameaça, nem ,1a resoluçü_o em que clles estavam, de a pôr cm pratica sem o menor escrupulo. Vacilou-lhe a vontade; tomou-lhe violentamente o animo a idéu do abandono cruel em que tinha deixa– do aque1les dous entes, que ainda amava no recondito do seu coração, e cuja vir– tude elle venerava; deveria, pois, ser elle a causa de sua morte, ser de algum modo o seu .assassino? Não pôde sup– portar e ta 1déa ; e , nesta excruciante agonia do ~ncontrados sentimentos, pro– testando diante elo Céo que estava coacto, escolheu opartido que lhe parecera rrieno& abominavei, e dee,idi u-se a acomnanhar os seus tyrannos. • .Otempo aperln.rn, porque haviam per– dido uma grando parte da noite nestas altercações; mas ainda tinham diante de si algumas horas antes de amanhecer, e os salleaclores nilo queriam de modo al– gum abandonar a sua empreza . Chegaram â porta da Igreja em silencio e de máo humor. Gomhinaram que um delles, ficasse fóra com a muna e fizesse a guarda, em quanto entrassem o chefe e Pedro, e roubassem o que houve se de mais precioso na Capella. Acharam a porta fechada simplesmente com o ferrolho ; mas esta circumstancia não podia surprehendêl-os, porque nin– guem nas visinhanças teria sonhado se– quer na possibilidaele de um sacrilegio. AlJriram-na com precaução, e sem estron– do entra ram. Ambos pararam no liminar, como to– mados de um invencivol terror; o proprio salteador, apesar d.o endurecido no crime, 11arecera ter medo de arnnçar. (Contimía.) @ §11.•. D»e1n1tmio Petb.•o :a:, ~11.iz e o s ~au1tituto~ reUgioso~. (Concl nsüo.) Nem ao ;110110s escapou ao illustro De– putado, cujo discurso analysamos_, o ar– tigo 33 do contracto das lll essageries Im– pel'iales celebrado com o goYerno .de Na– poleão. E, entretanto, esse artig;o 33, mandan<lo admittir gratuitamente a bor– do tlo paquetes francezes os memhros das orden religio as, contem um elogio ao goYerno francez e uma Yercladeira satyra ao nosso, que nem se quer manda dar passagem gratis aos poucos missionarias que temos, para se tran portarem de umas para ou lras Pro_vincias do Imperio 1 góra, lrrzanstas francczos o irmã· de caridade, rcslgnae-vôs e esporae a Yossa yez ! O que ele vós se disse não ó senão o,

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