A Estrela do Norte 1864

1!41.@ !,iOCiedade que, derramando-se h oj e pelo mundo inteir o, na Europa, Asia, Africa, America e Oceania, é o terror dos ímpios e a consolação dos fieis catholicos. Na falta de razões e factos, que au tori– sem accusações sérias contra a sociedade de s. Vicente de Paulo, allega-se que essa sociedade exerce hoje uma poderosa influen– cia na França; que teem sellS Jornaes, seus ef},it1Jres, seus livreiros, seus almanaks, seus manuaes ; e que, finalmente, inquiéta e per– turba o governo forte de Napo leao III. Mas porque razão , em vez de võs in– quietardes com a poder osa influencia que .exerce, e os grandes meios de acção de que dispõe a sociedade de s. Vicente de Paulo, não vedes cm tudo isso um tri– u mph o da verdade ca tholica, a grandesa do poder de Deos, sem cqjo a uxilio por cer to uma sociedade tão fraca cm sua .origem, não poderia chegar a um tal p;ráo de prosperidade? A sociedade de s, Vicente de Paulo in– quiéta e per turba o governo forte de Na– poleão m 1 !\Ias, onde e camo os soldados f'rancezes tiver:im de comprimir sedições e revoltas ·daq uella sociedade? Serão per turbador es os homeris, que dia e noite, com a mais infa tigavel deli– gencia alliviam do peso do iqfortunio innumeras fam ilias, levando-lhes ao pr o– prio domicilio o pão da caridade, evitan– tanclo assim o proprio pejo natu ral que <Le.-e ter todo o homem obrigado a es– tender a mão p;:ira esmolar os meios de snbsistencia ? A sociedade de S. Vicer.ite de Paulo tem rntrctan to, uma grave culpa aos olhos de seus detractore : é esse amor profun– do que rnlam seus membros ao l'ontiftce nomano, e esses m il e m il fran cos qu e, dia por dia, vão engrossar o diJ.1heiro de R. Ped ro e habilitar o Chefe da Igreja a satisfazer todos as necessidades . Tão g-cneroso, ·nobre e santo · proceder n~o pôde certamente agradar aos que Yis:un a qur rla e des truição do poder tem– poral do 1 1 apa, como mais se" ur-0 meio <lc aholir-sc o espiritual · e cl~hi toda a ;;1tenu ó. sociedade de s. Vicente do Paulo ( Continúa. ) A Jf,JtllD§.HUl n. d o San«!tuario, II. o s1rn OBSCURECl~IE;,To. (Continuação do n• 17.) Eu1 quan to lla se interrogava com cs– pan lo, donde YinJrn. esta maravilhosa ·u– !J.P!'/lhuudancia , qno lhe fazia lenihrar o +a 9 MMiMGWW az-eHe da viuva de Sarepta, divisou por cima da Lampada um r amo de sombria e melancoli ca oliveira, e ela purpurina azeitonacahiam bastas e viscosas gotas de seu sueco benefico. E como ella se in– terrogava com mais admiração ainda, onde ia es ta escolhida planta beber sua sagrada seiva, fitou naturalmente os olhos em suas raízes entrelaçadas e ali viu uma pessoa prostrada na angustia e na oração. Não se podia ver o rosto, por– que lhe tocára no ch ão a pallida fronte, mas os ves tidos de uma cõr sombria pa– reciam d.e magnificas pedras preciosas, de rubins e de granadas de .um brilho deslumbrante. Estas pedras foram cres– cendo pouco a pouco, e cabiam no ch ão em bpilhantes gotas de orvalho. E eram como vivificante~ gotas que sa– biam impetuosamen te deste corpo sa– grado de onde emana uma virtude, que cura todos os males. Estas gotas haviam alimentado e enriquecido, sanctiflcando-a a arvore que foi a primeira, depois do diluvio, que produziu ramos, promess~s de paz e ele esperança, e que enviou, por meio da pomba, a primeira nova de recon– ciliação ao mundo regenerado. E é preciso que o fru cto desta arvore, occupe o terceiro logar en tre as mais pre– ciosas producçõcs da terra ; é por isso que está ~ssociado ao trigo e ao vinho nas ameaças e nas promessas dos prophctas (1) e que fórma com ellas o triplice po– der pelo qual os homens são multip4ca– dos e fortificados na vida dos acrnmcn– tos (2). O espírito da con templativa crença via uma ligação tão clara com esta consa– gração e seu s fructos , como a que existe en tre a descida de osso Senh or ás aguas do .Jor dão, e a sanctiftcação mystica deste elemento purificador. A oliveira, consa– grada pela Sancta Uncção do primeiro sangue derramado elo nosso Iledemptor, tor no u-s para u Jgl'oj a u ma ª!·voro sa– grada, cuj o sueco pód adoçar, allmon~ar, curar, tornar ao mesmo tempo doc1l e forte operando sacramentalmente sobre a alnia , como opera sobre o corp_o, e o unico proprio, com o prodqcto da mdus- (1l Queimar gaz diante ou por_cima d~~ Altares, para substituir a Lampada 1 é tao p~s1t1vamente inconvenient.e, como contrario ao sentimento mys– tico e aos principios do syi:n~olismo.. Neste gaz realmente a que póde o espmto associar-se senão á idéa das substancias sulphnrosas e bituminosas e das exhalaçôes que sabem do seio da terra 7 E não são estes pcnsamentos mais capazes de excitar o terror do quo de favorecer o consolado1 commercio de Dcos com o homem? {2) Deut. xr, 111 e :nxr, 12 -0s. 16, 8: •

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