A Estrela do Norte 1864

Don1iaago A.11110 11 A ESTRELLA DO NORTE . SOB os AUSPICIOS DE s. EXC. ílEVaIA. o sn. D. ANTONIO Dll MACEDO COSTA, BISPO DO PAílÁ. O S1•, De1natatlo Peth•o L ui:.,i; e o s institu tos r eligios os. (Continuação.) Quando, porém, se podesse recusará companhia de Jesus, a importancia de seus serviços, as vantagens de suas mis– sões, a admiravel adnegação com que seus membros se expunham a todos os perigos, eao martyriomui tas vezes; assim ainda não se lhes póderia negar a grande gloria de terem sido os Jesuí tas os maiores mestres, os melhores educa-dores que tem ti do a mocidade. Neste ponto estão de perfeito accordo todos os homens de bem ; o para não citar ou tros testemunhos, invocaremos o de Chateaubriand quando dizia: « A Eu– ropa soffreu urna perda irreparavel com a quéda dos Jesuitas ; a educação publica nunca mais foi o que era, u e se quizerem ou tro ma1s insuspeito que o do celebre au tor do Genio elo Cht islianismo, ouçam o de um protestante inglez e philosopho, o Chanceller llacon, que offerecia os Padres da companhia como modelos á todos os insti tuidores da mocidade, dizendo : - " Quando tratardes de educação, consul– tae os Jesuítas » não ha nada melhor : Consule scholas Jesuitarum ; nihi/ enim his melius. (Bac. De aug. scient.) Assim pensavam Bacon e Chateaubri– and, mas hoje .... ou tro valor mais alto se levanta. Em tudo quanto disse o Sr. Deputado pelo Rio de Janeiro ácerca da companhia de Jesus, só notámos uma verdade : os Jesuítas não morrem, dísse s. Exc., e assim ~ com cll'eito ! Os Jesu itas nã,o mor– rem , nao morreram e nem hão de morrer; elles representam uma idéa elo catholi– cismo, e o cathollcismo é eterno como o Homem-Deos que o pregou. , Todos sabem da guerra de morte, Je– Yan lada no SC'Culo pa~sarlo, ron tra a com- Venite et ambulemus in lumine Domini. lsAr. II. 5. panhia de Jesus, pela impiedade de mãos dadas com o philosophismo; todos sabem da raiva e furor com que se atiraram con– tra essa milícia sagrada Pombal,Choiseul , Aranda e Tanucci, Ministros de Por tugal, da ,França, da Hespanha e de Napoles ; todos sabem emfim que o Papa Clemen– te XIV pelo breve Dominus ac Reclemptor de 2t de Julho de t 773, levado v elo dever ele restabelecer a concordia no seio da Igreja e determinado v c,r outros motivos de prudencfo e sabedoria governativa (palavras do breYc) aboliu a sociedade de Jesus. Mas, tambem ó sabido que a mesma sociedade ou companhia de Jesus, a sim supprimida, foi restaurada pela bulia : So llicitudo omniwn ccclesiarmn, publicada por Pio VII, de san ta memoria, em 7 ele Agosto de t8t4. Os Jesuítas, por tanto , não morreram : é uma verdade 1 Elles existem, e existem em seu proprio nome nas grandes cida– des da culta Europa ; não, silenciosamente e em antros escuros para lançal'em a sorrelf1i senumtes de immoralidades, como disse o il– lustrc Depu tado ; mas á luz da publici– dade e a vista de todos, para ensinarem a palavra ele Doos, dou tri nando os JJOVOS e admirando o mundo com a vastidão de seus conhecimentos, a solidez de seu sa– ber, o brilho de sua eloquencia e de sua, lettras. Se houver quem ponha em duvida esta no a asserção, pedimos-lhe que, sem pre • venção e sem oflfo, dirij a-se á Igreja de Nossa Senhora de Paris para ouvir a pa· lavra inspirada do Jesuita Padre Fclix, que ainda agora reune em torno da ca– dei ra, ou trl'ora illustrada pelos Dupan– loup , Lacordaire e de navignan , n~ Ii ~i:– res de pessoas de todas as classes e Jcrai - chias da sociedade franceza. . ~ Nem será preciso ir até lá : _acrui m;~m~ podemos ler essas conferencias, pre,:,ad as pelo mustrc fil ho de Sa 1 ?t 0 Tgnario d Lt:ryola, dr ·de u::;11 at r- hnJC', e na · qu:1c 0

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