A Estrela do Norte 1864
A ESTII.ELLA. DO NORTE, tenha a consciencia da sincera conver– são deste peccador ? Consultai-vos e res– pondei-me. Tem sido mi ster grandes combates para fazer-vos recahir nos mes– mos peccados, que acabaveis de abjurar aos pés do confessor, no meio das la– gr imas, e dos mais firmes pro testos de emenda ? Quantas vezes voaes do con– fessionario ao crime, e ela sacrosanta mesa da Eucbaristia aos braços de uma amante que, segura de seu tr iumpho, considera seus a ttrativos mais poderosos do que a graça mesma de Ocos ? E n'um momento serão destruídas affeições tão profundamente gravadas ? E n'um instan te o homem poderá adqui– rir forças bastantes para quebrar os ido– los que adorava ? Batido de tantas tem– pestades , cançado de tantos esforços, como poderá el!e combater ; e ainda mais, como vencer? No meio desta luta formidavel o objecto seductor, que só a condescendencia fizera despedir , ou abandonar, apresenta-se repen tinamen– te a seus olhos 1 • • • • • • A. lembrança destes prazeres, que douraram seus dias, que a!fagaram sua existencia , em um momento se disperta com todos os seus encan tos, e todas as suas illusões 1 •••• A lagrima da morte rola debaixo de sua palpebra 1 •• • • Um profundo gemido es– capa-se do coração 1• • : • Sacerdote do Senhor, acudi I Fazei resoar em seus ou– vidos o doce Nome de Jesus 1• • • Jâ não é tempo 1••• est~ morto 1•••• está con– demnado ! .... MONTE ALVERNE. Vn.riednde. UM SIGNAL DA CRUZ FEITO A PROPOSITO, No dia do famo o combate do Bull's– .n un ( na g-ucna actual dos Estados-Uni– dos ) o genoral SmithJ do exercito do Sul , chegaya com sua aivi~ão muito tarde para saber qual era o santo , ou an tes ( como é ali uso ) o signal de passe ; pre– vendo que se ellc avançasso levaria fogo dos de seu par tido, apresenta-se á frente da divisão e pergun tou se havia um ho– mem de boa von tade que estive se prom– l)to a sacrificar a sua vida para salvar a ele mu itos. Depois deu este bilhete ao soldado para pol-o na algibeira, pensa ndo que depois de morto o homem, haviam de revistal-o e achando o _papel o levariam ao general Beaurgard. C, moço parte e approxima-se das guardas avançadas-~ - Quem vem lá- ! - A. migo ! - Dê o signal 1 O moço avança em silencio. Todas as espingardas apon tam para elle. Elle faz rapidamen te o signal da Cruz e levanta a mão direita para o Céo. No mesmo ins– tante as espingardas se levantam. os signaes que o soldado catholico acabava de fazer eram exactamen te os que o ge– neral Beaurgard, catholico, tinha dado aquella manhã como santo ao seu exer- cito .. . .. A.deus á Patria. OFFEltECIDO AOS i\IEUS COi\IPANHEIROS DE VIAGEi\I, I. Se dívina inspiração Jovens, nôs leva a deixar O nosso patrio torrão Para sciencia alcançar ; Eia ! contentes par támos ! Avan te ! nada temámos 1 Assim ordenam os Céos Para nossa f'licidade : E se ditoso é de Deos Quem faz a san ta von tade, Cumprámos cheios do ardor O Decreto do Senhor. E não nôs corto o par tido O amor da terra n.1tal ; Amor de provas despido O g:ue é que á Patria val ? É a Pa tria mais prospicio Preparar-lhe um beneficio. Caminho mui espinhoso Vamos 1 p~r certo, trilhar, !\las nos será deleitoso Se esforço não nôs faltar : Um moço sahiu das fileiras. • Com este e perseverança O que é que não se alcança? - Sabe o que vae fazer , meu bravo? - Sim , meu general. - Vae srr mor to. - Sim , mou g-eneml. Então Smith csc1·0,·eu sohrc u m pedaço dr papel: . " " andem-me o signaJ . r: r11rm l , "mith. ., Trabalhemos, e o Senhor Cuja bondade é sem par, Do trabalho o vivo amor õs ha de rocompons'.1r: Ah ! que um dia bendiremos o tompo que ao estudo demos!
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