A Estrela do Norte 1864
:l :1. ~ A ESTRELLA. DO NORTE. PREGUIÇA. Vês um leito sumptuoso Vestido de fina tela? Que largo profundo somno Não desfructa o gordo dono Éntre as cortinas faceiras ! Pois é uma das trincheiras Onde o Demo se acastella. AVAREZA. Aquelle vil miseravel Junto ao cofre as noites véla Soffre tome e adora o ouro ; Sem saber qu'esse thesouro Onde está sua alma inteira É ainda uma trincheira Onde o Demo se acastella. LUXURIA, Gil deu um sorriso um dia A' joven casquilha e ~ella : Foi-se-lhe após o sornso, A honra, o dinheiro, o siso, E morreu com mil mangueiras ; Não viu que as taes são trincheiras Onde o Demo se acastella. IRA. Mas porque na rua o povo Com susurro se atropella? Que desordem lá na venda 1 Qu'estalada I que contenda 1 Deixai acções tão grosseiras ; Qu' estas rixas são trincheiras Onde o Demo se acastella. INVEJA. Porque n'um manto sombrio Teu coração s'encapella , Quando vês um bom caminho Abrir-se p'ra teu visinho 1 É paixão muito rasteira 1 E além disso uma trincheira Onde o Demo se acastella ! SOBERBA. o E tu, tyranno orgulhoso, A quem remorso flagella, Lanças do palacio fóra A pobre mãi que lá fôra Dar-te a ben9ão derr~deir.1: ! Oh I peito cru 1 oh trmcheua Onde O Demo se acastel~a ! Portanto aqui neste murr-tlo J.fajamos' muita cautella Com os peccados capitaes ; Embora digam uns taes Que são puras brincadeiras, Fujamos d'essas trincheiras Onde o Demo se acastella. CBlronieo. Religioiim. Nas· trez primeiras oitavas de ; Paschoa administrou S. Exc. Revma. o sacramen– to do Chrisma successivamentc nas trcz igrejas da Sé, San t' Anna e do nosario que está servindo actualmenle de Ma– triz, visto ameaçar ruina a da San ti si– ma Trindade. o numero dos chrisma– dos chegu quasi a trezen tos e as es– molas que se acham recolhidas á caixa– pia perfizeram a somma total de 58,300 réis. - No dia 30 do mez pa sado o nÕssÕ Prelado fez uma visita á bordo da cor– veta nacional Bahiana, onde foi digna– mente acolhido pela distincta officiali– dade. Praza ao Céo que a bei:ir;ão tão afl'ectuosamente dada á aquelles briosos jovens pelo nosso primeiro Pastor seja um feliz augurio de prospera viagem. - Começamos hoje a publicar na nos– sa revistasinha alguns conselhos sobre hygienne e medicina domestica ; espera– mos que elles serão bem acceitos elos nossos leitores, porque são do grande utilidade na pratica. Aproveitaremos o que tem escripto a este respeito o bom Dr. Massey e outros excellcntes medicos que escrevem para o povo, e daremos com reconhecimento logar em nossas columnas aos artigos que a tal respeito se dignarem .mandar- nos os nos os dig– nos patrícios que se empregam com tan– to zêlo e bom exilo na difficil arte do curar. - Publica-se actualmen tc cm Paris 6 uma Revista popular intilulada : l\1cnsa– geiro da semana, para con lrabalançar o eITeito de publicaçõe pouco s.ls e con– trarias á Religião. Esta Revista 6 illus– trada com bcllissimas gravuras que a tornam ainda mais attr::rctiYa. o Sr Bispo d'Orleans escreveu aos ncdactores uma bella carta de felicitação. Typ. da EsrnELLA no '.'.011.n:.
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