A Estrela do Norte 1864
; ;;:u;;;w ª' s ++ , Çf.2W?QC& 1 1 d 9 r iam de todo o mal , e 11ão se tornariam phos tão gabados por sua sciocmcia ou pela ,,is cscra-rns do pcccado . cloqucncia de suas palanas? _'ada que Filhos de Adão , que h er damos e pos- nào seja vago, du vidoso e incer to. l)o– su imos desde a nossa origem tan tos e tão demos acaso confütr-nõs a tão fragil preciosos bens e dons, ~est_errcmos do ba tel? Não, meu amigo, porque ellc não c·oração todo e qualquer m cllficren l1smo. tem b ussola. 0 desprezo com que possamos tratar o - Potém, aj untou elle tristemente, se nos o Creador, de quem os recebemos, sou f l1z em crer, como não temerei a assim como para com os nossos seme- sereridade da j u stiça daquelle que ha de llrnntes~ a vuem de-yemos amnr, ~orno.' pesar todas as nossas acções no momen– nossos 1rmaos. Envidemos os ma10res to supremo? Como neste mu nclo puri– csforcos afim de r epar:u:mos tudo o que ficará o homem as ás a sua alma para temos praticado cm quebrantamento ~os ternal-a dig na da etc_rna gloria ? ~antos preceitos do Au tor da nossa ex1s- - Senhor, r espondl-lhe, Deos offereceu tcn<.:ia, p rocu remos r~trib uil' bem todas meio ao~hom_ens ;_?, desgraça supportada as riquezas e bencllc10s que Ellc sobre com res1gnaçao ó .1u uma proYa cxpiuto– nós não cessa de derramar , n ão usando ria ; u m arrepend imento sincero pó e clellas senão como Elle quer e nôs mantla : a_pag-ar ~s.mais graves manchas ela al_ma, glorifiquemol-o, correspondamos sempre e os M1mstros cio Senhor receberam o com vehcmcncia e a mais :lJ'tlcnte dcd i- poder de absoh"er cm seu nome as faltas r.ação á seu s dcsignios ; n 'uma palavra humilmeu te confessadas e deploradas. comprehcndamos bem o _nosso destino, . Pou cos clias depois o _Imperador, que qu e sempre seremos felizes , amados e tmha longa_mente ~xammado ~s acções abrnço::idos por Ellc. de sua ag1tada vida, testemunh ou o J OAQUI M J. c. Qui::rnóz. desejo de que eu o ouvisse no tribu nal da Penitencia ; elle se apresentou a es te acto solemnc com o mais arden te desejo, com uma si nceridade de coração e u ma humildade que me tocaram a ponto de fazer cahi r minhas lngrimas. Sobreclle fechou-se o tumulo Foi preciso revestir-me de toda m inha Deos o j ulgou •• • - silencio! coragem quando preparado pela oração para mi nha alta m issão, vi ,iun to a mim de joelhos, Napoleão inclinand.) diante de Deos, essa larga fronte em ou tro tempo corôatla pela Religião, e pela victoria e hoje despojada até de seu s cabellos. 1\íil lembranças da gloria passada e dos altos feitos do grande Capitão , se apresentaram a meu pensamento. Eu o vi, joven con– qui stador das Pyramides, voltando á França, desth.ronisar a anarchia, re. tabe– lecer os Templos do Senhor, restau rar o cd ificio das leis, lcv:mtnr por toda a parte monumen tos immortacs, submettcn<lo ás suas armas a maior parle da Europa, e levando o seu nome aos ultimos con– fins do Universo. E este homem, tão grande en tre os ou tros homens, cstaYa na pustura de um humilde peccador, ba– tendo no peito, e pedindo a Deos, pelo intermedio de um pobre Sacerdote, peni– tencia e absolvição I Como se applicaria bem aqu i a palavra do orador sagrado : " Doos só ~ grande. n Sim, com effcito Doos só é grande, porque toda a subli-'– midaclc do _homem não consiste senão cm suas relaç9es ~om o En te Infinito, e a cr~atura nao pode elevar-se de ou tra ma– neira até o_ Crrador senão pel:t oração, po_rque cntao rlln sóbo á Rua prim ira OI'l/!f'll1 . LAMARTlNB. (Conclusão.) Chc3ou emíim esse dia ll:lo desejado ; 1111 anrlo nôs achamos a sós, Napoleão es– tendeu -me a mão son indo-so, e <lisse– me : - l\J 0 u amigo, uma re,olução completa se operou em minhas idéas. Depois que medito no :;cio da solidão e do capli ,·ciro sobre as Ycrdades do Cl1l'istianismo, e que peço ardentemente a neos, piedade e fó, todas as sombras desapparecem, e todas as objccc-õc5 se desvanecem. 1\Jeu cornção revcla-nic intcriormcnt o que a razão , ajudada dos sen lidos humanos, não po lli.t fazer-me adrnit Lir. N~ creio pelo qtw Ycjo mas creio pelo que sinto. Creio cruc a Reli"'iáo Christã não pódc ser obra dos homcif.5. c reio que en a Ycm de_Deo,, e que por esse titulo d.c,cmos nao so– mente obedecer-lhe, mris tambem adorar tudo o (JUe não: podemos in<l:1 compre– hendcr. creio que em mate_r1_:i. de fu, a 16'1'C,ia éa unicanu toridado v1s1vol, e crue f. nec.,ssnrio a clla nôs irn bmetter. . E o <J} te nüs d:1o cm lagar de suas dou11:mas, lur> sn nla~ ,, tiio positirns, esses J)lllloso-
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