A Estrela do Norte 1864
Dondngo A.11110.fl: 3 tle -~bril . tle t. 864, N. :O. .QJ A ESTRELLA DO NORTEº son os AUSPICIOS DP. s. EXC. ílE\'ll,I . o sn. D. A)ITO:VIO DE !!ACEDO COSTA, BISPO D PAn,i. O 1ton1e111 eons itlerado eu, sua ci•ea,;ão, e as bo1ulodes tleDeos poro. cona elle. Assim como a sociedade para seu es– plendor e perfeição exige um ~uperior ou um rei que a represente, assnn a natu– reza seria imperfeita se não tivesse á sua frente um ente que compendiasse todo~ os primores e bellezas della.. E qual fo1 o ente escollúdo por Deos para ter a hon– ra de ser collocado sobre este tbrono mag– nifico? O hotnem, sua creatura predile– cta a quem Elle, pelos dons preciosíssi– mos com que o dotou, distinguiu de to– dos os outros animaes, e abaixo do qual está tudo quanto a natureza tem de mais bello e precioso. Depois de haver apparelhado um rico jardim, esmaltado de uma quantidade immensa de fl res, e assombrado de ar– vores fructiferas , depois de haver feito por assim dizer um sumptuoso palacio, o Omnipotente apoderando-se de um bolo de barro, e insufflando sobre elle um so– pro vivificante, creou o rei da natureza, e collocou-o no lagar que lhe havia des– tinado, datldo-lhe a permissão de comer dos fructos daquellas arvores excepto <los da,arvore da sciencia do bem e do mal. Des"'raçadamcnte Adão .Juntamente com suaºmulher abusaram das ineffaveis bon– dades de seu Creador, que lhés appare– cendo fez com que confessassem o seu crime, e expulsou-os do Paraizo por in– dignos de habitarem-no. Quão felizes e ditosos eram os nossos primeiros pais no Paraizo I isentos de todas as afflicções e trabalhos gozavam elles de uma vida toda cbeia de encan– !os, dotad?s de santidade, de justiça e ai 1mmortahclade ; adorando ao seu Crea– ~or! e con_templancl0 pasmados o seu il– hm1 tado e m~omprehensivel poder. É dif– fic1l de aC'red 1lar-sc á primeirn. vista qne Vcnitc ct ambulcmus in luminc Domiui. I s,11, li. 5. uma tal felicidade fosse in terrompida o cortada por uma catastrophe tão f'un e - ta ! Infelizes delles e de nós se o Altíssimo não fosse tão cheio ele misericordia ! .. . Elle bem podia exterminar o homem fei– to por suas mãos e á sua semeillançn no momento em que e te transgrediu a sua lei. Porém não o quiz I Ao contrario fêl-o conhecer o seu crime debaixo de todo o amor, e a fim ele dar-lhe um lenitivo ao coração que jazía mergull1aclo nos a~ys– mos da tris teza, lhe prometteu a vmda de um Redemptor; promessa tão conso– ladora que poude estancar o pranto que corria de seus olhos dep0is que perdera a morada deliciosa e encantadora que Deos lhe havia offcrecido. Bem podíamos nós hoje não estar su– geiíos a tantos trabalhos e fadigas, e go– zando de uma immortalidade completa; porém 6 erro deplor.ivel t o primeiro ho– mem deu mais credito ás palavras da serpente do que ás de Deos, fechou _os olhos à infinita bondade e ao precmto que lhe foi imposto, preferindo assim o caminho das trévas e ela desgraça áquel– le pelo qual se vai ao n~ino de Deos. . Que exemplo maravilhoso vemos na crea ão elo primei ro homem 1 ! E se to– dos o tivessem sempre em vista em suas acções quanto não seriam felizes I Como é revelado neste facto tão pathetico quan– to notavel o amor que Deos consagra a todos os seus filhos! E com que intento: permittiu E e que se desse esse facto_? Por ventura não seria com o de incutir no coração da humanidade o odio para o mal e o amor para o bem ? . Porém, ingratos filhos! que pela maig~ parte fecham os olhos ás bondades O - um Pai tão extremoso, esquec/d~~a~º q~ para que foram creados, JU g 5 ª'aeslum- h - ,. 1· 'd de em sua ac arao a ,e ICJ a t do v:;s e 1·1- h b . -es contcn un u · rosa_s am . 1~ 0 ' 1 1 so elles comprc- lusorias p:uxoes ! A . 1 , . . ,.· hcndessem seu des tino. ne rcr lo fu ,.1-
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