A Estrela do Norte 1864

MtNt-1 5 .j «imples mas magcstoso conccPto de acções àe graças. É neste momento, que Pedro e sua. mulher chegaram ao liminar da pork'l da Capella, e ambos pararam ins tincti– vamcnte e como se n ão tivessem for ças de ir mais adiante. Esta deslumbrante luz, e ta atmosphera . toda scintilante do ou r o, es tes olhares felizes, estas notas que enchi am o e. paço não se casaram com os seu s sentimentos, nem agradaram aos seus corações dilacerados. Não vinham pedir em par li cular, Yinham buscai- pi e– daue, mizeri cordia e paz. Bem depressa, 1 orém, e sentiram am– bos con fundidos por es ta apparente fal– ta de confümça ; e, u sando sem llesitar do privil egio qu e o scn t.imento catholico sempra concede :icruclles que estão cm t ribulação , caminharam até aos degráos que separam a entrada do Sanctuario. A mãe depôz nos clegráos o seu precioso fardo, sua (Jtterida filha, e ambos, ca– hindo de ,j oelhos, levaram as mãos aos olhos banhados de lagrimas, p<_1.ra os de– fender dos ultimas rnios de luz, que apezar ele frou xa ainda ench ia o Sanctua- rio. . Longa, profunda, e ardente foi a sua Oração. Todavia os canticos t inham acabadoJ o orgão emmu deccra , e a multidão aos camponezes ia sahindo. pouco a. pouco. O Ermita t inha encostado a porta e in– tercc11tado ass im os ultimas r eflexos do sol que se escondia no horisonte. Quan– do se r etirou disse baixinho para o par afflicto : - Deixai a porta aberta, ficai o tempo que quizerdcs. Tende animo; oxalá que n eos vôs console e ouça as vossas Orações pela intercessão de sua Sant:i Mãe! O bom Ermita não se parecia com o grande Sacerdote Heli, que rcpreh endia a Anna por perturbar o silencio do 'fem- 1110 com as suas supplicas ! (Continúa. ) rêli"d.1u!l.eire (;Elll'iSti&Elt iSllHO 1 .l1nit n ção a-O.e 1\To s8o Senh.or . É mu ito impor ta.nte inspirar aos jovens algumas praticas de piedade para com Je– su s Christo, sobre tudo faz~r com que elles O imitem . c rescendo a idade, elles continuarão com fac ilidade as sant~s pra– ticas que se lhes inspirou na mocidade. E eis u·m exemplo bem notav_el: ma mullicr viuva, que trnha pouca for tuna , mas que tinh a Yirtucl e e zelo Hr filltês;PÇ pela educação de seus filhos, tinha uma filha de dez annos chamada Dorothéa. Esta menina era Yirn e inclinada á dis– ôipação. Amáe temendo que clla se per– vertesse com suas pequenas companhei– ras, _não tendo al6~ dis. o tempo de se appllcar, como convrnha, á educação ele sua filha, a p~z, !)áO obstante sua pobre– za, como pens10msta cm casa de uma vir– tuosa mestra cl'escola para a formar na piedade e para a educar. Amenina Dorothéa morou dois annos em casa de sua mestra, e ahi fez um progresso admiravcl na piedade, conser– vando cm seu coração todos os conselhos de sua caridosa mes tra, mas sobre tudo, o de tomar a !\osso Senhor Jesus Cbri to como modelo de todas as acções. Quando Dorothéa foi entregue á sua mãe, era o exemplo e a consolação de toda a familia: paciente, branda, obedi– en te, nunca se queixava de nada, fallava pouco, mas a proposito; sempre conten– te, de uma índole igual cm seus traba– lhos e afflicçõcs ; casta, inimiga de toda a vaidade, respeitando a todo o mundo, não fallan<l.o mnl de ninguém, gostando de servir os outros, recolhida e sempre unida a Deos. Um tal procedimento a tornou logQ um obj ecto de estima a toda a parochia, mas a invejá lhe susdtou inimigos. Algumas companheiras invejosas emprehenderam infamar sua reputação, tratarn111-na de hypocrita e falsa devota. Dorothéa sofl'reu tudo isto em silencio, por amor de Jesus Cbristo, deu sempre provas de amisa– de ás que fallavam ma l della I O publi– co reconheceu em fim a innocencia de Dorothéa, e os discursos calumniosos do suas inimigas tornaram-se em confusão para cllas. o cura da Parochia admirando nella os e/Tcitos da gra.ça e os fructos que pro– duzia es ta menina entre todas as que a frequentavam, disse-lhe um dia : - Dorothéa, peço-te que me digas em confiança de que maneira vives, e como procedes para com suas companhciras ? 0 -Senhor cura, respondeu Dorothéa, 1 parece-me que cu faço pouca cousa em comparação ao que deveria fazer. Eu me tenho sempre lembrado de um conselho que me deu minha ama, quando apenas tinha cu onze annos: clla me repetiu muitas vezes que cm todas a minhas ac– ções e trabalhos tomasse a Jesus Christo por modêlo; é isto o que eu procuro fa– zer, e que faço dcs tn maneira : t ogo que accordo e levanto-me figuro ver o Meni– no Jesus que ao desper tar se olfcrecia a Dcos seu Pai em sarrifi cio ; e para o imi-

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