A Estrela do Norte 1864

.. 98 CA@fX!? Mi t#i 1í6- es < • , e n i ➔ i/F2 algum sinistro. E' assim qu e este bello fim tornou-se manifes tamente necessario rito symbolico da religião procu rava ao recorrer aos conselhos de um medü:o, mesmo tempo um grande bem social; e suas forças'. diminuiam a olllos Yistos. deste modo o Al tar de Deos envia ao longe 0ehalde se appellou para os recursos da sua. jubilosa luz para allu mi ar o atalho sciencia ; o medico declarou que só um escuro e penoso (escuro e penoso com<' o milagre.podi a salvar a crcança ! da vida! . .. . ) e o pensamento do via- Que amargura para os pacs ! Estavam jante solitario era convidado a ofrerecer profundamente ab orvidos na sua dôr. suas homenagens ao Cordeiro l\lizericor- Finalmente nã.o achando já consola~ões dioso, cuj o throno terrestre era. por esta na terra, clernram com mais fervo r o estrella indicado; ou antes ella lhe re- seu pcnsiimen to para o Céo, a quem sem– presentava o olho vigilante da Providcn- pro haviam pedido soccorro desde o co– cia, que esparge seu s raios do alto do meço da doença. Sanctuario sobre a nossa amagurada es- Por uma lJella tarJc do outono es tes trada, para nôs animar e nós gu iar. infelizes pacs, com o coração despedaça- A Capolla estava confiada. aosfcuidados do, snhi am a custo e devagar o estreito de·um Eremita padrebque morava aolado atalho de que já fallnmos, e dii-i g-iam em u ma. humilde h a itação, e que provia seus passos para o lllonte i\laria. Amfie ás necessidades espirituaes dos visinhos, levam nos braços um fardo hemp1·ecioso, aos quaes ficava longe a Igreja , Paro- mas, realmente, muito mais leve elo f!Ue cbial. ~ aqi,rnlle quejlevavn no seu coração. Era Sobre a estrada de que acabámos de a sua filha enfraquecida e doente, que fallar, cerca de trcz quartos de legua da clla tinha cuidadosamente abafado, ape– Capella, avistava-se um desses pobres zar do tempo estar quente. logarejos, que se encontram nas monta- Era ainda dia, quando chegaram n Ga– nh as. Os habitantes destas casas eram pella, e estavam ali alg-uns camponczc-s pela maior parte lenbeiros, os quaes ga- que tinham vindo fazer a sua~ora\ão da nh avam sua. vid::i. n os bosques . Entre tarde, na volta do trabalho. A porta estava as cabanas de qu e olle se compu nha, ha- abert.a. Os ultimas raios do sól entravam via uma, que se t ornava notavel pelo seu por ella dentro com toda a sua gloria, e aceio, apesar de ser tão pobre como as innundavam de explcndida luz o intc– outras, e seu s jovens moradores não se rior da Capella, rcYestindo de uma mag– distinguiam menos por sua actividade nificencia verdadeiramente real as pi n– indu striosa, do que por suas vir tudes e turas dos quadl'Os votivos, que ali cs ln– pela feli ci.xlade que ellcs gosavam. Em vam suspensos, e o~ricos ornamentos do quan to Pedro t rabalhava coraj osamente Altar. Parecia que era a hora solcmne nas montanhas, sua mulher Anninha cm que o Soberano dá audiencia, sentado fica.ya sentada á su . roda de fiar , que não no seu Throno; o 1.abernaculo cm que o deix1.1.va sen ão para se entregar aos cui- Rei dos Heis estava realmente prrsonle, dados do governo da casa, e via-se junto achavn-so explendi dam~nte illnmi nado, d~lla _sua. joven e unica filha~ qu e ainda como para ouvir os cantrcos dos 1:ôros de ?ªº tmhu trez annos de idaac, mas que gmtidão e para derramar os thczouros de Já dava s ignaes de uma gr ande intelli- snas abundan tes bcnrãos. gencia e <.le felizes di sposições para a A Capclluapresentava enl;ío um a pecto virt ude. Havia r ecebido no baptismo o magnüico. Estes camponczcs, ajoelhados nome de Maria, con:o t odas as que nas- em mui tos grupos, em fervente adoração, · ciam sob a tutella d.a Capella do l\Ionte e que mal podiam supportar o explendor Maria. A cr eança fazia as delicias de seus dos rais do sól, reflcctidos pelo taberna– paes, por que a urua grande vivacidade culo de prata, estavam .nes te momen~o do ospir ito e a uma g;:ancle alegria jun,, mais magestosa o g-~an~10samcntc vcstr– tava urna aclmiravel doçura do caracter dos, do qu:J os mais r1~os e fau stu osos e uma maravilhosa delicadeza ele sentir. senhoreslda terra. Opmc~l de ouro _do É , pois facil imaginar com que affeição Céo illuminava-lhes o rust1co vcs tu~rJO; cheia de sollicitud~ os paes espreitavam cercava-lhes a cabeça de uma, rndianto seus men or es de5eJos aureola e derramava como toircntcs do e t d · • ' ' fi -as resplendentes e om u o, 11or esta. época, obsen iram gloria sobre suas gm ·a pelas lagri- ~om su sto, um o outro, que seus lhos em seus olhos humedeci 0 \ DiYina p iam .Pctrd~ndo c;ua n atu ral Yiveza, e que nias que se elevavan~ ~~~a~ as rcale~~– sua 111 clhgon cia parecia i n fraquecen- scnça, diante dn qu, •va.J.' o' or ,.. s do. Alguns dias decorreram sem que da terra so dovcm ~u~ · gao co– elles tivessem a coragem de con~nrnnicar meçára a fazer ouvid ' ~~ma~ no tas gra– u m ao ont ro suas obser vações ; 'i mas por ,,es .e sentidas, o to os umam cm um

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