Estrela do Norte 1865
-~ E§TllELLA.°)JO 1\lOll'l'E. nego_cio, o perguntar aos vossos ami "'os, se nuo 6 verdade qu e vós não tendes a ~u lpa, e q1:e deveis vingar-vos ; não vos 1a.ltam razoes que allegar, e o fazeis de ·orte, quo cada um vol-o confessa e vos responde que é verdade. ' Mas afim de melhor saber a verdade dizei-lhe tudo, e contai-lhe ongenuamen~ te o que ó a vossa consciencia pelo que toca aos peccados mais enormes, e as in– gratidões vergonhosas que tendes com– mettido contra Doos. r ão haverá pessoa, que não vos diga que vós mereceis infi~ nltamente mais mal, e mais desprezo do que tendes recebido. Nas vossas bulhas e processos, a ques– tão é saber, se voiit deveis fazer parecer um homem, de que Deos se serviu para punir em vós grandes peccados, ou para os castigar por um tão pequeno mal, co– mo é o que vos pretendeis que vos fize– ram ; sede vós mesmo o juiz, examinai, e decidi vós mesmo a questão. XXII. Supprimi os processos, ficar-vos-hão poucos peccados : perseguir um parente, enriquecer os juizes e desconhecidos, ar– ruinar a. vossa familia, multiplicar as vossas faltas, e perder o paraisa é de or– dinario o que vós ganhais com deman– das. Não ha alguma que se não possa ter– minar pelos caminhos da doçura, e civi– lidade, e não ha paz qne não valha mais que todas as victorias da Relaçãoh e que todos os triumphos que o orgul o nos faz ganhar sobre os nossos inimigos. les nos deram desgostos. Se queremos usar de palavras doce o respeito as, e queremos ganhal-os pelas prendas de um natural cuidadoso e cortez, será ne– cessario que confessem elles mesmos que não tiveram razão de nos maltratar, o esta confissão é a homa que ba mais para de e– jar, e a mais insigne victoria a que );>O-– de aspirar um homem de bem. Em flm, nós fomos obrigados a pagar na nossa al– ma todas as inimizades e todos os dese– jos ele vingança. Somos obri\jaclos pela lei da natureza que nos não deu outras armas, nem ou– tros meios de vencer os outros homens, que o amor: pela lei do Evangelho que nos deu, e poz o preceito, e fez disso um mandamento indispensavel: pela lei de um homem Deos, que nos deu o exemplo: pela lei elo Creador que quiz que o nosso espírito e pessoa. não fosse outra cousa. que uma imagem vivente dà sua carida– de substancial e infinita : pela lei do Pa– raisa, de que a inscripção gravada sobre a porta, é que nenhum homem que ti ver odio e colora no coração entrará nelle. Os nossos interesses nos obrigam tanto como o mais que temos dito, e nós ele– vemos es tar seguros de que não ha ini– migo de tão bom coração, que não quei– ra prejudicar-nos, nem tão fraco que o, não possa, nem tão ignorante que não, saiba os meios, e que não tenha a habi– lidade e subtilesa para achar as occasiões. Distribui~iio sole■une do8 11re- 111ios 1l08 alu■uuos do se1ui11a- 1•io e1tiseopal do Pa■•á, 110 tlia li de JJia••~o tio eorreute anuo, preshlh1do s. Exe. I\ew111a. P.remío de cxcellencia• Vivei em paz, e estabelecei a vossa fe– licidade de modo que nada se perturbe, e que não estejais obrigado a vos defen– der, nem a vos queixar de alguem. Não .é tão honroso vencer os inimigos, como não os ter: os furiosos, e ainda os ani– mais tem par te na primeira honra ; a se- Carlos Hypolito de Santa Helena Ma– gunda não pertence senão aos homens de gno, por sua applicação e aproveitamen– um natural celeste e divino. to nas linguas latina e grega, e pelo seu Mas se a desgraça quer que tenhais ini- excellente comportamento. migos, crêamos que nos é menos glorio- Foram em seguida premiados: so abater a sua casa e fortuna, do qu_e Elias Jeronimo d'Oliveira, por sua ap- abrandar a sua colera; e todos esses cm- P!icaç~o e apr9vei~amento em theologia, dados que nós empregamos a ganhar um historia ecclesiastica, e grego, e pelo seu processo, empreguemol-os em ganhar o ,excellen~e p~oceder. . seu coração. Não emprehendamos fazel-9s A_ntomo V1ce_nte Magno, por sua ap~li– perecer, aspiremos a uma victoria mais ca~ao e aproveitamento em grammat1ca illu stre, fazendo de modo que, ainda qt~e latma, e pelo seu ex_cellenJ:e proceder. não queiram, nos amem, e que se que1- Raym1:ndo Joaq~1m Martms, Pº: sua :xem elles mesmos de nos ter aggravado. ap.J?licaçao e _aproveitament_o em philoso- Obrig·uemol-os a arrependerem-se na plua, rh~ton~a e, geograph1a. sua consciencia, fazendo-lhe conhecer Antom? B~zena da R9cha Moraes, por com bons termos, que nós somos amaveis, sua aJ?phcaçao e aproveitamento em geo– .c que merecíamos ser amados quando el- graphia , latim e grego.
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