Estrela do Norte 1865

A ESTRELL1I. DO NORTE, falli,·cl da vrrdade, publicou o nosso San– tíssimo Padre a monumental Encyclica de 8 de Dezembro, onde indica, e solem– nemente condemna cru oitenta proposiçúes todos os ITTandes erros do tempos mo– ucrnos . Esse magnifico documento da fé catho– !'a é sem duvida um dos mais notaveis actos do brilhante pontificado de Pio IX, ,, a lli toria ecclesiastica registrará como um dos mais graves acontecimentos da vida militante da Igreja no seculo XIX. Condcmnando muitos erros em mato– ri a de dogma, de costumes, de discipli– na e de política, tanto considerada em i, como em suas relações com a Igreja, « Encyclica, além desse inapreciavel me– rito, tem a vantagem de romper o véo aos hypocritas, traçando com segurança e cortesa a linha do conducta, que os fi eis calbolicos devem ter diante dos ini– migos da paz e da felicidade das nações. Como era facil de prever, pelo que se te~ dado cm outras occa:= iõcs, a Ency– rhca- Quanta c-ura ele pastorali vigilantia - tem provocado as iras da impiedade revolucionar ia e liberalesca, que estor– rc~do-se em seu odio á luz e á verdade , gntn contra as dou trinas da supradita Encyclica. Não iraporta: é o grito do chaguen to qn~ não quer que se ponha mão nas su~s fendas. Viam elles n'acruelles subversivos '3rros, a que chamam grandes ptincipios do progresso moderno, os meios de cheg ar aos seus fins ; não ha, pois, que admirar rendo-os agora clamar contra o intrepi– do e magnanimo Pontifico qu e os fu lmi– nou. H~ catholicos timoratos que parecem duvidar da opporlunidade d'aquelle acto, e _como que esquecidos da assistencia cli– vma promettida á Igreja, vassilam sobre a. verdade da palavra do Pontífice. della o Papado 5uicidou-se, alienando as sympathias; Lleixando me mo que elles mintam como quizerem, e a pon to de es– creverem, que a mencionada Encyclica impõe penas corporaes aos cr imes de cons– ciencia restabelecendo por es1:,e modo a inqu isição, que ainda hoje ser ve de ter – ror aos impios ; nós catholicos sinceros devemos ter como inconcusso que Roma ó diz a verdade, e só ensina o que é verdadeiramen te u til aos homens. E assim, ouvindo a palavra inspirada do Pontífice, o nosso dever é suhmetter– lhe nossa intelligencia plenamente, com sinceridade e sem restricção alguma. Só nos convém ad.herir de todo o cora– ção ás dou trinas romanas ; e tenhamos como certo que se o Papa fallou, se poz a sua palavra sob a cg icw da VirgeI?, Im– maculada, que é o terror das h er esias, é porque o tempo era chegado , é porque era necessario. Unamo-nos por tan to a elle. A fé de Pio lX é a nossa fé; devemos crer o que elle crer, condemnar e rel!rovar 0 que elle condemn a e r eprova. Essa é ª divisão do ca tholico, essa será sempr e ª nossa. (Da Esperança. ) J l ol'•ia ..,,11,1•a o Cons elhos ,la Sa Je• • _-■ r in.•1ulen "te- llon1ean liile 1•eg1.-..a . ... ""e'lllS ann– naente 1,a1.•n, e olli. º "" "' gos . ( Continuação. ) XX T. 1 a outro ho· O homem, que procura D?ª oeos ben- Il!em, atrever-se-ha a pecl~~: faz er peri– çaos, e graças ? E o que q ar que Deos gar o seu pr0ximo , pode espe~r estar em o conser vará ? O homem qu aplaque . colera, e pede a Deos que se ru ão' elle não sendo sen ão carne, e co~elbçan ~ quer punir as faltas dos seu s/~ade infi– tes, e pede a Deos, que é sa.n 1 u e as to– nita , que dissimule as suas, e qç· a 6 esta? 1 t - speran · ere ; que pre ençao. e e d palavras Tep.ha~ os fé, catholico~, o Espír ito San– to nao deixa cte estar com o successor de flodro; o Espírito da verdade, que é ao mesmo tempo da pr udencia, sabe o que convém. A-t imidez não se coaduna com a fü; não duvidemos. Modicce fidei, guare rl11bt_tH~fi? Nüo esqueçamos es tas palavr as d, lnndador de nossa religião, dirigidas aos homens de pouca fé. A h?-rca S. Pedro poderá ser agitada mas nao_ ser~ por certo submergida. Po: dem o~ 1mp10s ela.mar mas é infallivel qu e_ ( 1 ª,º p1·evalccl'rão : ' Nú it prrevalebunt. Du: x,.rncto, pois, que os adver a.rios da E~~-í cllra cli ~am aos governos , que o So– heuu() Pontirwe ataca os seus direitos ; <I 11 ~ clh: crmtém <loutrinas contra.ri.as ás aspira~ocs 1, lH'ogre!'lso; que por meio Para abafar o sentimento as da injus– enfadonhas , qu e vos dizem, ou . tende ti ça ,. que vos faz em nos n egoci?sdubita– a m1udo no entendimento esta lll vel verdade. • Que de t odas as injustiça~ as mai?re~ são: a pr imeira, que Deos seJa ofteu<lido , a segunda, que cstmnh eis que vdosd~ff~,n– darn , e que tomeis a liberd a O os sentil·, e de vos qu eixar . Quando vós es– tais qucixos0 de alguorn , ides relatar 0

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