Estrela do Norte 1865

" ESTl-lELL~ no .NOR T E. qua i todos os outros, não s6 são a ruina meio da palavra, da imprensa, ou qual– da Igreja catholica, de suas alutares do u- quer outro modo, sem que nem a auto– trinas e de eus sagrados direitos, mas ridade ecclesiastica, nem a civil a possam tambem da Lei eterna nat ural, gravada limitar. por Oeos mesmo em todos os corações, e Ora susteuLando estas afúrmações te- da recta razão. merarias , não pensam , nem consideram Entretanto apezar de Nós não termos que pregam uma liberdade de perdiçlLo, e deixado de muitas vezes proscrever e re- que, se sempre for permittido ás opiniões primir estes erros, a causa da Igreja ca- h umanas entrar em conflicto, nunca fal– tholica,1 a salvação das almas divinamen- tarão homens que se atrevam a resistirá te connada á Nossa solicitude, mesmo o verdade, e pôr a sua confiança na loqua– bem da sociedade humana pedem impe- cidade da sabedoria humana, vaidade riosamente que Nós excitemos de novo a muito prejudicial, que a fé e a sabedoria vossa solicitude para condemnar outras christãs devem evitar cuidadosamente, opiniões sabidas dos mesmos erros como conforme o mesmo Jesus Christo Nosso da sua origem. Estas opiniões fil sas e Senhor o ensinou. perversas devem-se detestar tanto mai s E por isso que nos lugares, onde a re– quanto o seu fi m principal é embaraçar ligião é banida da sociedad e civil , e a ~ desviar_ esta força salutar de que a Igre- doutrina e a autoridade da revelação di– Ja cathohca, em virtude da institui ção e vina rejeitada, a verdadeira noção da jus– do preceito do seu divino fundador deve tiça e do direito humano se obscurece e fazer uzo·até á consummação dos secu- :se perde, e a força material tom·a o lugar los, não menos a r éspeito dos partícula- da ju stiça e dõ verdadeiro direito, vê-se res, do que a respeito das nações , dos c1aramente porqu e certos homens, sem povos e seus Soberanos, e de destruir a fazerem caso algum dos principios os mais mutua união e concordia do sacerdocio e certos da sã razão~ se a trevem a publi– do imperio, tão salu tar sempre não só á car que a vontade ao povo , manifestada Igreja, como ao Estado. pelo que elles chamam opinião publica, De facto conheceis perfeitamente, Ve- ou d'ou tra maneira, constitue a lei su– neraveis Irmãos, que no dia de hoje não prema, independente de todo o direito faltar'D: homens qu e, applicando á socie- divino e humarlo ; e que na orde_m poli– dade cr vil o impio e absurdo pri ncipio do tica, os factos consummados, por rsso que Naturalismo, como elies lhe chamam so ·são consummaclos, teem o valor do di- atrevem a ensinar que - a perfeição' dos reito. _ • gov_ernos e o progresso civil exigem im- · :Mas quem nao ve, quem n ão percebe pe_n osam~nte que a sociedade humana perfeitarn~~ te, que_a_~ociedade que d~s– seJa constituída e governada não fazen- preza as l~s da rehgiao e da ver dadei~a ~o caso da rel igião, como se ~lia não exis- justiça nao pode ter 01;1tro fim sen ao t1sse, ou pelo menos sem faz er dilferença amontoar e accumular rique~as, e ou t~a alguma entre a verdadeira O as falsas. lei em todos os s~u s actos, que o _d~seJo De ~ais disso em contradicção com a indomavel de satisfa,zer ~s sua? paixoes e dou trina da Escriptura, da Igreja e dos de pr ocurar prazer ~s ? Els aqui porque os Santos Padres, não temem affirmar - que homen~ de~te caracter per s~g~em com o melhor governo é aquelle em que não u rp.a rai va.cr uel as ordens rehg10sas, sem se _re~onhece no poder a obrigação de re- lMs importarem os im!fl:__DSO~ seryiços pr111?1r por meio da sancção das penas, pr estados por ellas á rehgrao, _a s?c1eda– os v10ladores da religião catholica, a não de e ás lettras ; porque ~allam md1scr et~– ser que a tranquiilidade publi ca O exija. men te c~ntra ellas, ~1:.>:endo , ql! e . n~o Em consequencia desta idéa falsíssima do teem r azao alguma legitima de existir , e go~crn? _s.5>cial , n ão hesitam favorecer deste modo tornam-se o ec!1o das calum– o:it,i opm1a.o erronea e a mais fatal pos- nias dos h er eges. Com effeito, com t an ta ~i;ei pra a Igreja c~tholica e par a a sal- ver dade e!,lsinava Pio VI, Nosso ~r~deces- ç l /f. almas, e que o nosso Predeces- sor de feliz memoria : « A abollçao das ~;v: 11 ° lz m~r:noria, G_regorío XVI, cha- orden s r eligiosas fere o Estado, qu e faz dade d-;:1 dehrl? , a _saber, que_ a liber- pr ofissão publiea de seguir os co~ selhos direito prcon_sc1enc1a e doR cultos f um evangelicos ; fere um modo de vida r e– deve ser 0D!'lo J e iodos os homens que commendado pela Igreja por ser confor– tados os Estoclamado e assegurado' em me á doutr.ina dos Apostolas; fer e final– os cidadãos i os bem consíituidos ; e qu e mente os 1llustres f undadores, ·a quem dade de manW~ 1 . direito á ple~a liher- vener amos sob~e o~ altares, que as esta– as suas npinir c 5 lar alta e publicamente bele_ceram ,11or m~pnação divina.,, . JeR, s0.1:i.m quacs forem, por Arnda vao mais adian te, e no meio da 1

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