Estrela do Norte 1865

G8 .-1. ESTRELL:l no i\ORlTE, do. canrnnto3 ·;,ío ser ,·enàido:· . Com o llroduclo da Yendn se constituirá pensões. ~\contl'r·crá que estes bens clesperdi<;ado., ,·entlidos por Yi" prec;os a e peculadorcs ~"m escrupulo- porque ho_rpens de be!fl n,1o compram nessas occas10es - , darao apenas uma somma in ignificante. _e os 1 di"io,-os por sta cn"enhosa comhma– r,10"::er·1o reduzidos á Iastimo"a rniseria. Em snmma é a religião e os pobre a quem despojam; ora, são duas cousas lJcm cá– ra ao coração de Deos e a \'ÍD"'ança lhe t; fac il. \ Santíssima Virp-em acaba de assigna– Jar ainda uma vez o farnr de que circum– <1a o Scapulario do 1lonte Carmello; um inrem1io devoraYa montes de fl'ixcs de Jrig-o, na aldên. visinJ1a os outro montes ia1ú sQr destruídos : o perigo era immen- o e extinguir o incendio impossivel Tem alg-uem a feliz lembrança de recorrer á Santissima Virgem, e lançando-se um Sca– vnlario nas chammas o fo70 parou em sua destruiçt'io, e o que na \'crdaclc é mihgre - tiraram cm seguida 1 1:i.s c\.nzas do bra- 7.eiro apa~ado o Scapulario perfeitamente intacto. Eu YOS remctto a narraciio com– pleta deste facto atlmiravel : eltc merece a attell(;ão dos servos de :\laria. A festa da Immaculada Conceição nfi.o passou neste anno tambem desapercebida no mundo. Os bons jornacs da Ilespanha ahandonal'am por esse dia a política, se adornaram com uma Yinheta e publica– ram as ladainha5 ele l\o~sa Senhora. 'o - sos Jornacs catholic~s em França sem che– g-nrcm até essa grac10sa homenagem, não úeixaram entretanto passar essa amavel festa sem saudal-a ; mas o que foi maii: hrilhantc íJUe tu(1o, foram ílS illumin::i.– c·õcs d:t SicHia ; Palermo tinha recobrado suíl \ida : todos os e. forças dos ímpios apenas conseguiram altrair os apupos da multidão e dar mais força a esta manifes– tação. fleromcn~o-vos a narra~ão que tlisto fizeram os Jornacs. um bi po dn Allemanlrn, Mgr. Conrad ?.lartin de Paderborn acaba de publicar uma obra que dirige aos protestan tes de RU:L diocese, como seu verdadeiro pas– tor. 1•: ·Lc livro trm i:rranclc metito e mui– tm; protc lantes admirados da autorida– <lr· com r1uc lhes falla o leem com n.videz. .lulga- e rruc ellc produzirá profunda sc~– saçiio. Quanto esta santa audacia de um bispo quo diz aos bereticos: u Vós rece– bestes o hai~tisrno dos _fi~h os de Deos, por consequcncia pcrtcnrr,ci a rn:1.I,.,.r-·j11. e vo _ s:i. rcl,."llj;"io ni\o po~erá enfra.quccer os seus cl1r~1fo~: eu, lnspo da rgre.1a de Je– sus chr1sto, s01t 11orlanto vosso pastor fio g-i-ndo ·ns~n, ,. ;q1rzal' dr vossos sedn~ ctorcs, cu tenho o direilo de \'OS instrni r11 , q11anto e ta lil)crdadc paterna mo trabem . onde está a Yerdadc immutavel, a verda– deira fé, o eterno cnc;ino deJesu Cbristo. Strauss Ycncido por íl nan na arena da impiedade, reassume eu posto negando ainda mais que r.cnan .Em Paris um noYo ministro cm plena liberdade fez profissão de não crer na di\'indade de Christo. na agora no Evang-alho partes que são inspi– radas outras que não o ão, á escolha do li vrc exame. Como svmbolo reli"'ioso e como doutri– na o protéstan ti smo morreu á muito tem– po, se alguma vez teve vida: não vive mais senão como rebcliião, pelo traball1o in tinctivo com que o capricho individual ataca toda a verdade, e que nenhuma au– toridade mai. prohibc. Pei•t~egui~ ll a «JoeliiueltEll!R• SOFFnDIE ITOS DO CHRISTAO CÁO. (Continuação.) 'o dia 1;:i de Setembro, o magistrado trouxe uma cruz, e diss~-me com n:iodo adocicado : u Tu queres continuar a teima, Cáo? E' uma cousa por ahi além andar por cima des tes dois bocados de_ l?amb 1~ cm fórma de cruz? n outro d1z1a-me · « Já te escrucceste da tua rn ulher e de teu s filhos? Em quanto a n ós, apenas estamos separados ha dois ou trc dias da nossa familia, e as saudades são j á tantas, que não podemos . upportar a au sencia della se o r ei perseguisse deste modo a nossa religião, lançaríamos por terra os nd~s\~~ templos, e queimariamos imme ia mente os nossos ídolos etc. etc. « Todos estes bellos di scursos não produzi ram so- • bre mim nenhum effcito; cançado de me querer convencer, mandou-me p3:ra. ª prisão, sempre carregado com a m inha ranga. . A 16 e a 17 novos interrogator10s. Os chefes entrau'cto na casa do roagi~t 1:~~; diziam-me : << Então , Cáo, queres ei ~ até ao fim 'I » Eu respondi-lhes : << Eu na.o sou ncnliumteimoso, mns nãoposso apis– tatar. no ma.gislrado, depois de me . a– ver exltortado por muito tempo, disse– me : « Caminha sobre a cruz ! n llespon– di-llles : «Sou filho desta v illa; se tiver~ des piedade de mim, dar-vos-hei graças, se mo manc1ardcs matar, conformar-IJ?-e– hei com is o. Não foi eu que inve~te~ a minha religião, clla foi-me transm1ttid3: pelos meus antepassados, como poderei cm ahnndon::i l-a ? o inagif.trado, num

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