Estrela do Norte 1865
GG .t. l:~Tl\ELLA.. DO ~URTE, pro tecção subordine-se a Igreja á vontade <lo .Estado. Quero a indevendencia dos po– llm·e- espiritual e temporal; quero que, quando o Estado dispense á ["reja o au– xilio neces ·ario para. que ella florcça á sombra da vaz, a Igreja trabalhe por for– tificar no animo da população o amor e respeito á con tituiçõcs jurada-. Sr. pre identc, não so u beato, nem sou car?la ; mas co_nfcsso francamente que ,ia– mai renegarei as verdades que na infa n– c-ia me foram ensinadas pela minha ido– latrada rnãí e por meus dignos me trcs. ( Apoiados. ) Sou cat holico apostolico ro– mano, hei de pugnar sempre para que no impu1·io do Brazil floresça nossa santa re– ligião. ( Apoiados.) l'ião acompanho e~ses moros da moda, quo bu cam boje zombar das ,:crdades que as gcra~õc pa ada~ acred1laram sempre como dogma . ( Mui– tri i em. ) O SR. Jost. 1Imeo1A: - V. Exc. tem fal– ladobrilhantemen te, continue•não tenha medo de sei· taxado de .iesui ta' de casaca. O SR. CA~TRo S1LrA : - Sé dei xo de ana– ly~ar oprocedimento de se padre ou des– s · i~1po tor, que não conheço . .. . . O ::;R. Jos;: IJEREDIA : - De e embusteiro. Ü SR. P!811EJRO G GJ)JARAES : - E tamos ('ffi i84:í ! o SR. :\l.ln1.1 :-;o DA Cvx11A: - Felizmente estamos cm {8ül,. O SR . CASTRO SIL\ A: - Tendo cm vista n consti tui ção do im1crio e o codigo pe– nal, e se ~estudo ~m face das leis que re- 1-rnlam ~ m_ trucçao publica e particul ar n~ prov111crn, _pergunt o cu: podcr-se-ha 1!1z~r que !1~ 1mpcrio do Brazil r livre o cn mo rehg10 o? Por certo que não. Vejo cruc os r·rm1pendios de dou tr ina chrisLã adm iLLiclos nas _n ossi1 escola· ão previa– mc~te snhmctl11lo a approvação do ordi- 11an o_. Vc.10 que ni nguem póde leccionar sem liccnç~ dos podere · competentes.Vejo que a IgreJa é colre nús a unica compe– tente para exp licar a lli hlia. Como é qu r, se consen te que esse padre estrangeiro a~tl? ~regando d?utrinas perniciosas, dou- alguns individuas qu e e Lêm apresenta– do a fallar cm favor de se padre pro tes– tante tem sido apupado pela multidão, e opadre tem sido conduzido da casa onde explica a Bíb lia até a ponte das barcas es– coltado pela força publica, porque o poYo, que sabe rc peitar a religião do E·tado , tem-se pronunciado con tra o indi ITer n– tismo das au toridades, qu e indircctamen– t.e têm acor.;çoado semelhantes reun iões, desde q110 mandam uma força guardar a casa cm que sã.o ellas celebradas. ( JJa muitos aJJal'tes. ) Sou incapaz de aconse~har _violencias contra quem cruer que scJa : nao censuro a autoridade por proteger a pc soa do_Dr . 1'elly : entend o, porém, que, ver dadeiros catholicos, devemos protestar contra as indebilas reuniões que elle pr~~ove, por.– que qualque~ de nós tem o dir~1to e obn_– gação de pedir o cxacto cumpnmento da lei. · b . sr. presidente, eu não que_ro rou ar a casa o seu precioso tempo , qmz só ~esp~r– Lar a attenção da assembléa leg1s1aL1va como poder competente para tr~tar desLe assumpto, afim de qu e as autond~des to– mem medidas que garantam nao só a truncruilidadc publi ca, como tambe~ pro– tejam a religião catholica e apostol;ca ro– mana, que, nos termos do facto .und.a~ men tal , é a r eligião do Estado . Por esta fórma sc prevenirá qualquer desacato que por ventura possa dar -se. Eu, Sr. presidente, vou descrendo .de t udo e talvez de todos, vejo que o parti?.º progressista, á sombra do qual m~ abn~ guei, por·quc vi escriptas na bandeira q~e an orn, as palavras « execução d:1. const~– Luição e das leis 11, vai trilhando o cami– nho do par tido cuj os desvios taD;to con– demnamos ; vejo que se não r espeit~rn as leis, dcsYirtn.i.-se a constitu ição do 1mve– rio e menospresa-se a liberdade qne nos– sos pais conq11islaram á cu sta ~e ~anto~ esfo rcos. Sinto achar-me constrtu1do na triste posição da <lizer que es tou descren - do de tudo. . Não posso conceber que um povo se.i_a t r.~ n,t ~1u_, 1·on.1del'o a té prejudiciacs á t1,uH111 tllu~.tue 11u blin1.? ( A-Joiarl,is. ) ,hal ,e}~- 1 :X''·, .'r. 1n·csid nt~, o que é que t! tn res~llado ~e::;. as reuniões? Consta– mo que_alguns mdhiduos já mo tram-se convertidos á seita r t t · . feliz sem que se tornem e!Iectivas as le~s do paiz . Desde crue se executarGm ~s i ~is do pa.iz , teremos feito os beneficia s m ~s– pen aveis á nação, pr omovido seu P1. 0 - p:r csso e plantado par a sempre a roorn– lidade, tão arredada dos hor isontes elo Brazil. cto as itnw, <l ' P o cs ante, quelmm– . d•. . , ,,,_._ns . os santos e levando adis- ( or_ia . ,1. s1z.i.nia ao s •io d f· · 1· t LIJA \'OZ : _ l . ,ª s am1 ias_.. ( Apoiwlns. ) sto em , erdadc arr1p1a. osn.I.1·,,, 11, ,:c,. 1 . . . 0 n c ,~T · ., rA: - Eu :i uunea n·e1. ,• ·rr{ 11 u: 11 ' 1 tL\A : - A autoridade tem si_du ª' vezi·. 1l1 ~arnt.ada pelos ind i– v1d ' 105 rJu () r·oinvocrn Cs!'e:; uj L,ntarnentos, E então, Sr. presidente, quando v~r que entre nós se observa fi elmente a lei e ve– nera-se a moralidade, sentirei gr ande p1:a– r.er em saudar a nova aurnra do meu pa1z. Possam os meus esforços, ainda _que te– n ucs, de ·pertar no animo dtt<J.1tel1es qn a .s.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0