Estrela do Norte 1865

.• ES'l'RELLA DO ~OllTE. GI Ji oi de tirar-Lo o os . oro u sou · ver O , para quo mbas ~~ não á vill~ ; p~r;:os so has de obcdc~cr dade do um marot/ quo o!Ja terá. p1~– de u ord em a quatr hcomo tu ? n oepo~s giassem conLinuan~ omcns que me v1- protectores : diz aos perse~idos, quo, suppor tada por Deo., toda a per eguição terá reco1~pensa : diz aos. pobres 1 que a sna misena se convei-te~ ~m riqueza; •tos afílitos, que a ua affl! çao e coo er– Íerá cm alegria : di z cm g ral ao que pe– nam, que elles não som- m ne te mundo senão para serem coroados no outro. v 'Lram-me para a ~utc, o pela ta rde lc- ' '· mmha · - o belegui n Khoâ • pr1sao: . tido teve dó de m. ' que me L1nha b,t– lher' trazer-me umun , omandou sua mu- A { 2 o magis tradpouco de arroz. , . o mandou-me de novo chamar ' - taas mesmas pauladas e as mes- mas rcspos s. , A {4, mbi.tos chefes da villa me falla– ram com rao d ura, para me induzirem a apos_tatai:; e como recusasse disseram : « Este rnfel~z quer 1:1orrer; é digno de mor– te,, O mag1~trado instou novamente para q!1e eu cam1_nhasse sobre a cruz ; respon– cli : "Ató hoJe tenho obedecido á villa em t~ido qu em? tem mandado, sem resisten– c1a alguma, agora ordena-me que cami– nhe ~ob re a cruz, não posso commetter um tao gran~e P,eccacto. » No mesmo ins– tan te o magistrado ordenou a um bele– gu im que tomasse um martello e me ba– tess~ nos tornozellos, para me obrigar a cammbar sobre a _cruz. Este assim o fez, o ~ e me d~eu minto. Fóra de mim, gri– tei_: « Porque _é que me daes assim ? Se eu '11!-izesso_ cam~nhar sobre a cruz, já o teria íeito; na~ teria e~perado até agora. n Era mai~de meio dia quando me man– dar am retirar. Pela tarde, Kboâ mandou outra :7ez sua mullter trazer-me arroz. O magistrado, tendo-a vist.o, disse-lhe: "Porque levas arroz a Cáo ? E' elle teu pa– ren te? ,i ~ ameaço~-a de a prender com -0 seu marido e castigal-os. Eu disse então a. esta mulher: u Ou tro cHa trouxes tes-me um .i'.-1ntar que eu_apreciei mais do que mil ligaduras; h_o.ie o magistrado probi– bc-vos que me de1s de comer; levai o vos– so arroz, eu vol-o agradeço. ,i Ella reti– rou-se com.º ~rroz, e desde então o magis– trado proh1bm que me dessem do comer. A f 4, fez-me este comparecer do novo á sua presença. A noite, o bc1oguin Khoâ, vendo-me morto de fome, pois havia tres dias que não comia, porque a minha fa– milia tinha medo de me trazer de comer, deu-me um pouco de arroz misturado com sal, que devorei ás escuras. ( Continiw. ) -~ Es1, e r o.11~a . (Cooclusao.) Ella diz, aos desamparados pe1os ho– mens, [quo lhes r es ta o mais valioso de tod os os amparos, o melhor de todos os Qual de nós, sondo combatido pelo in– fort unio, não foi confortado pela espe– rança'! Qual, tendo perdid~ um pai, uma mãi uma esposa, um amigo, ergueu o pen~amen to ao ceo, e não alcançou logo alli vio "? Qual, ao lembrar-se de que na mansão dos justos verá ainda o objccto da sua ternura, para nunca deixar de o ver não experimentou uma coragem su– perior a toda a violencia da saudade ? Qual trocaria es ta esperança pelas maio– res esperanças da terra ? um philosopho Grego chamava á espe– rança o sonho do homem acordado : mas elle não conhecia a esperança por excel– léncia, a esperança da eterna delicia. Es– ta não 6 um sonho, uma illusão: é para nós os desterrados da patria, por que sus– pirámos, a mais venturosa das realida– des. Filha porém da fé, não se pense que se póde existir som ella. A fé é o seu princi– pio, e o seu fundamento, como diz o A– postolo. Crer n'aquillo, que não se espe– ra ó possivel; como ha de esperar-se a– qu'illo que se não crê ? Irmã da caridade, e da justiça, não se pense tambem que é independente destas virtudes. For te e invencível, estando ao sou lado; quando se acha só é mais fraca, que a sêcca folha das arvores, que não resiste a qualquer leve sõpro do vento. o impio, segundo a expressão energica de um escriptor , mente quando diz que espera : e aquelle que não ama a Deos, nem ao proxiÍno ; que não presa a equi– dade, nem pra tica a ,iustiça, quando pro– nuncia aquella palavra blasphema. Quem não acha na esperança uma for– ça, nenhuma outra força póde vencer; uma doçura , que n enhuma Jdas vulgar es doçuras iguala ; ou limitando todo o seu tnteresse a esta vida, n ão tem para a ou– tra senão indifferença, consulte o estado do seu espírito e do seu coração : e so convencerá de que a sua fé é fraca ou nenhuma; de que a sua caridade é 'mui frouxa, ou não existe ; de que a sua j us– tiça não é senão u ma quimera ou um fan tasma de ju stiça. ' A esperança, quando não carece da sua verdadeira b_ase, e lhe não falta O apoio daquellas virtudes, abre uma via de communicação en tre a terra e o coo,

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