Estrela do Norte 1865

60 .-1 E8TRELLJ\ DO ~UH.TE. rommunicada por Doo:, fonte eterna de toda a luz. Se quereis, porém, transtornar toda cssu ordem de rou ·as, e acabar com todas as probabilidades de ser- ~nos um ~ia u_ma grande e respeitavel na~ao, soplusrn a1 o art. iíº da cons tilui~ão, menoscabai-o, abri as portas á l1abel prote~tan te, e fi cai cer to de que teremos en tão a confu são das lin– guas, e depois dcJla as guer ra fratricidas que desolam;hoje os Estados-Uni dos , corno desolaram outr'ora a Allcmanha e quasi toda a Europa. Longe, pois, bem longo de nós seme– lhante desgraça, e para evital-a ahrace– mo--nos todos com o catholicism0, com a religião de nossos pais; porque só ella, no dizer de Napoleão I, pode fazer a verda– deira felicidade de uma nação, e firmar a lJt1 Se de um governo. ( Da E perança . ) Pe1•s e g u iffo na «Joel1in cJ1in a. (Continuação.) SOFFRD! I:NTOS DO CURISTÃO CÁO. Para terdes uma idéa dos maus trata– meu tos que os guardas pagãos fizeram sof– frer aos christãos, vou relatar-Yos as tor– t,~ras que fizeram padecer ao chri ~tão ~áo. E elle mesmo que conla esta historia a nm clerigo que eu tinha encarregado de lh'a pedir. Estes fac tos passaram-se pu– blicamente, ao pé da cidade de Dang-hoi. ~la _sete familias chrlstãs que pertencem a nlla Dlen-Thiep mas que ee estabele– ceram nds christaJdades visinhas. Quan– do os chefes da villa receberam os seus diplomas de guardas no n, ez de l\Iarço de 1 60, convocaram-nos para fazermos uma folha de apostasia. Seis pais de familia obedeceram; mas eu fugi, e passei uma vida vagabunda nas villas visinhas. !'\o mez de Junho, os chefes da villa mandaram alguns homens em minha Pr?cura, mas eu escondi-me ainda mais r·n1dadosamente, e elles não me puderam cnron trar. 1\o mcz de agosto, ord cnarar ª'J: ~eis apo~tatas que me prendessem . ~r·he~-mc enUí.o n'um g-ran rlc embaraço. \ ollei á casa para levar minha mulher, meus filhos e meus irmãos para um logar seguro. Depois de os ter escondido, e quando passava o rio Dan-hoi n 'um bar– co, ~u i 'agarrado pelos seis apos tatas a 5 de ~eleml,r0. Tremulo de susto, lancei– ~ ' aos seus r,rs, e ped i-lhes. que n:ie ~ar– gasscm ; ma,i e:He<i ficaram rnsens1veis e lerarnm-mc para :t villa de Dien-Th iep. Quando chegftmos á casa do magistrado, fiz um violento esforço e pude escapar-me das sua mãos, e fu gi para uma casa da Yilla onde estava a minha fam ilia; mas os meus filhos começaram a chorar, e os apostatas apanharam-me de novo, pren– deram-me for temente e con duzira m- me ã casa do magistrado. Os chefes da. villa assim que mo viram, pularam de con ten– tes; e disseram aos apostatas : « o que fi– zestes ó digno de prémio; temos pena de não podermos dar- vos cou sa alguma em recompensa. n Em següida mandaram de - atar-me, e carregar-me com uma canga , e ordenaram a dous homens que me guar – dassem noite e dia n'urna casa da. villa . A' 9 de Se tembro, o magistrado orde– nou-me que pizasse uma cruz que clJe tinha mandado fazer ; eu recusei. En tao mandou-me ligar os pés e as mãos a. dous pãos enterrados na terra, e inter rogou– me a respeito de minha mu lher e de m eus irmãos, para saber onde elles estavam ; cm seguida t iraram- me o facto, e o ma– gistrado me mandou dar vinte p aulada~ para me ohügar a apostatar; mas r ecus~i sempre fazel-o, dr,pois mandou m e dosli– gar, e fez com que me levassem pa ra u m a casa que servia de prisão. . A iO de Setembro estando a vllla reu– nida, o magistrado 'mandou que quatro homens me levassem á sua pr esen ça . Or – denou-me que caminhasse sobre a cruz; recu sei de novo, em seguida l evar am-me para a mesma casa. A i i de Setembr o pela manhã, o m a– gistrado mandou-~e outra vez buscar e ordenou-me que caminhasse so~Jre a cruz : respondi: « Sou cidadão desta v11la, e pedço aos seus habitantes qu e t enham dó . e mim; se me deixar-des viver, pagarei os impostos e supportarei as fadigas com~ de costume, se quereis que eu morra, es tou prompto. Em quanto a ap?statar, uunca em tal consentirei. n O m agis trado , cheio de colera, ordenou que me l!-tassem a uma estaca e disse ao b elegmm que tinha na mão ' 0 pau : « E' um insolente ; desejo crue se lhe bata por tal mo~o qu e o bangue espirre a cada paulada; nao s~n– do assim n ão me agrada. » O b elegm m deu-me dez pauladas depois parou; 0 magistrado fez-me alg{imas p erguntas , os chefes da villa exortaram- roo para ql! e apostatasse, e prometteram-me o perd~o seJeu o fizesse · mas r ecusei sempre. Entao o magistrado'ordernou ao belegu im qu e me dósso ainda mais dez pau l adas; de– pois mandou que me desatassem e orde– nou que aposta tasse ; como recu sasse fa– zel-e di sse-me: " QueTes fazer- t e r eb el– de, pois bem ! faze o ·qne quiz!;)r es, eu

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