Estrela do Norte 1865
Boaniugo Anuo UJl AESTRELLA DO NORTE. soe os AUSPICIOS nl! s . BXC. RBVMA. o sn . D. Al<TONIO DE i!IACEDO COSTA, DISPO DO PAnÁ. 8 iilll"Otestantiliuu.o. com profundo sentimento registra o jornalismo religioso do .13razil o inditfe– ren tismo que ameaça a nossa sociedade 1 que nasceu, ~e tem criado, e florecido a sombra ela r eligião de Jesus Christo, reli– gião pura e santa, plantada com o sangue elo Ilomem Doos, e sellada com o de tantos martnes. A falta <le uma educação rcligfosa, o despreso das familias, da sociedade e do governo ás santas doutrin as do catholi– cismo, esse erro, esse crime, proprio de filhos degenerados, já offereceram infeliz– mente á Igreja de Dcos no Hrazil um tristo e lamentavel espectaculo. o Braziljá não lamenta sómente o pro– p-resso do protes tantismo em seu seio, elle deplora as ameaças, ou violencias exerci– das contra os christãos, sem mais criterio senão o de quererem conservar intacto o deposito sagrado da crença e da fé dos seus antepassados. A constituição do impcrio, o nosso co– rligo foram violados em manifesta prote– ção ao erro, e ignorancia contra a religião de Jesus Christo ! Os verdadeiros filhos do christianismo foram arrastados ás prisões publicas sem mais fórma de processo para deixar livre a praça ao protes tante que pregava contra os dogmas da religião ca- tholica. As sagradas imagens foram despedaça– das por alguns dauuelles que tiveram a infelicidade de ouvir a palavra venenosa do Jlrotestante, que afirontava um povo catholico ! Estamos entretanto cm um paiz, cuja religião do estado é a Catholica Apostolica Romana t E temos uma constituição, um codigo penal, que não admittem liberda– de de culto 1•••• Crime horroroso? Idéa triiste que dá o Brazil na administração da jusUça ao mundo civilisaclo ! Venite et nmbulemus in luminc .Oomini. ISAI. II. 5. Nos alludimos ao facto da propagação de doutrinas erroneas, pregadas pel0 omis– sa.rio protestante Kelli, na capital da pro~ vincia do Ilio de Janeiro. Esse attcntado contra as leis do paiz, e sentimentos religiosos de um po,o hris– tão excitou os animos, levantou a popu– lação, dando lugar á uma séria di cussiio na assembléa legislativa daquclla pro– víncia. Pelo brilhante discurso que abaixo transcrevemos, conhecerão os nossos l ei– tores a impetuosidade com que nos acom– mctte oprotestantismo, assim como opro– cedimento do governo, e sua indifferenra á causa sancta em cujo favor se não exe– cuta ao menos a lei fundamental do im– perio. Dü;eun•so 11n·onuneilulo pelo Sr. Casto Silva 111n asseanbléa 1n·o– ri111cenn.B tfto Rio tl!.e Jauei11•0 •~ respeito cio i1•11•ote@tautbms.o na iii.uude ~le l'Wit'C11m.•oll1y. SESSÃO EM 21 DE NOVEMBRO DE 1864·. Preside11cíci da Sr. A lves Machaclo. O Sn. CAsTno SILVA: - Sr. presidente, nlnguem póde contes tar ás asscmbléas le– gislativas provinciaes a attribuição muito importante que lhes conferiu o acto addi– cional _de tratarem de assumptos r eligio...- - - sos. ( Apoiados, ) ,,, Um illustrado litterato, cuj as opiniões muito respeito, disse u wa vez que era mais facil edificar uma çidade no ar do que con– ceber um povo --s~m i:eligiâo. Eu, Sr. pre– sidente, abraço mteuamente a opinião desse illustraclo littetato, porc1110 estou intimamente convc~c1do ele que a reli n-iãn é a unica e verclnd~1ra_ base sobre quo sn deve assentar o od1llc10 da morali clade, ( Apoiados,,)
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