Estrela do Norte 1865
A i:.·t::.•c;~ a-l.'nt!','lO não faz In.G •rer. f'ara prnva u<'~la vcruade ha ta dizer– s:, que e:fr;te g-randc numero de pe_:;oas_, de perfeita sal_1dc, e qu~ nn_ entretanto .1a rerehcrarn a ~,xtrcma-Unc~·t0, uma e lal– vrz ma;s n:zc,. A Extrema-Cncção r 11111 Sacramento do cun:;olação para o_ pobre_ enfermos ; i'• u 111 socrorro instituido pela mi. ericor– dia ui Yina para nos dar a força de &offrer diristãmente, e, se a mole tia é mortal, de res i tir ::.itr o fim ao,. ataque;; do de- 111unio. A Extrcma-Uncção nos traz n paz e a n•sig-naçüo; ella completa o· effeitos di– ünos da confissão o viatico, e no. protc– ;:e no momento mais critico dn nossa cxistencia, a([ucllc em qucderemos com– parccLr ante o tribunal de Deos na pas– :sag-em tlbla Yir1a {1 etern idade. Em um 1miz clnistüo não se tem medo da Ex trcma-Uncr;ão, porque se cr.nhete o qn e r eslt~ sacramen to. Como Ler medo do drrradeiro sig-nal de amor e de mi c– ricortlia, que Jesus Cliristo deixou ne. Le mundo'? Logo que um homem está gra\·emcntc doente, cllc manda buscar ao mesmo lrmpo o mrclicu do corpo e o medico da alma, o padre ao mesmo tempo o medi– r·o, e muitas yczes aq11cllc antes deste. ,o~ paizes porC-m, assolados pela im– piedade e emhrn tecidos pelo indi tfcrcn– tismo rcligio o acontecerá isto? Ah! mui– to de outra sorte. Habituados a viver sem T>1co ·, os homens tem medo <1elle. Como Adão culriado, <'lle Yollam o rosto llara não vcl-o, vrincipalmenlc nesse momen– to sol<•nrne que neos se aproxima para julµ'al-os. !\ão sêria melhor arrepender-se, im– vlorar a miscricordia cl'aquclle, cuja jus– tiça se teme e aproveitur a ·im cs a apro– xima~ão á aquellc, de quem não se pode fnµir ? AExtr<•rna-Uncção amedronta aqnellcs, tJl~C nã,J qnernm a Dens, e diz'.}m então qu, 1•,;I<' rnc<lo mata. Que cllt·s tem me– do, f:tdlmenlc se concc1;c : a juslira do bom Dros, diffcrento da elos homens r o l1•rrot· elos malvados. Por,:m, que cÜa mate, (; inadmi&si vcl. '.'\;io se morre des– tes m~dos; ao contrmfo re.m. cita-se. Es:;<•s sao rnerlos salular1:s, qnr chamam as almas a si mesmas, fazc:n-nas rcflcc– ti1· e por •;,tr• nto<lo guiam a(; de gana– das ao liom tan•inho. J·.' weci ·n aniar bem pouco nossos pa– rr,11tr:. o 110F.;os au11go., paru. deixal-os ""ª'' dr cren~as lii.o i,nr•ri , quando i;e- mo,, que cllc· <'5liio pn·i~ ament enfer– mos e pro. tos a compu1· cer cJjant de ueo~. o qu e d.irá mai · cuidado, o corpo ou a alma? O 1ruc serú. melhor: dcixa1 - u ru pobre pcccador chrgar todo confuso e carre;;ado de culpa ao pé do tcrri rnl tribunal, onde se pron u nriam a eternas sentenças ; ou antes canzar-l hc Uf:!1 po~– co de medo a\'isando-o cl que • ta mais doente do que ellc cc~? Quanto de:-gra– c·ados e tão no inferno, perdidos para sempre, por culpa de seus ami "'O ' de seus parenLcs, que não ti rnram animo para prcrnnil -o., e que o tem deixado mórrcr cm estado de pcccado mortal! 1 Esta fraqucs.i impia é tanto mais ~ul– paYcl, quando os enfermo receberiam con tPnles a proposição de e con fessar o receber os soccorro da neligião. Todos os padres podiam attcstar o que ~izemos, e para prorn ouçam-so os scgumtes ca– sos : Um velho impio, cercado por uma familia que cllc educara. egundo suas crenças', os taYa prc Los a dar contas a Deos, na parochia de l\ossa Senhora ~las Viclorias cm Paris. Depois de mm~as tentativas inutcis, o Cura chegou ao lero do enfermo e conseguiu ficar só com e 1,':· Logo que a familia se retirou, o m 0 f1- bundo tomou a mão do sacerdote , ~– \'OU-a aos labios, e começou a chorar ~ 1 ~ zondo ao bom Cura attonito de tal P 1 f ceder: «Oh! m eu bom padre, quan ° Yossa presença me consola I quanto de; sejava fallar-vos ! u o velho confessou-~ humildemente pediu a Extrema-Unc~~s~ e não quiz receber o Corpo de Jesus chn to, senão em prc onça de todos os se1.~s filhos, parnntes e crcados, a quem publl– mentc pediu perdão dos cscandalos dadf 5 • Um joven estudante da Escola.Po Y~ technica, queimado no terrível acc1d;nJ: do caminl10 de ferro de Versailhe ( a l\1aio de 1842), foi levado a uma ~as proxima, onde pessoas caritativas, J?or é~ pouco christus, cuidavam-lhe muito U~ corpo sum occuparcm-se com a alma. padre, cujo zelo r ligioso, levára aojhe~= tro do accidente, vendo o estado cse 0 l)erado do jov n estudante, aprcsento_u~s para dar-lhe os soccorros do seu m1n1 5 - terio. A dona da ca a fazia innumeraveis ob– jeeções. O padre, para ac;sim dizer, fo_r– çou a por ta. O joYcn moribundo abriu os braços, tanto qnc o Yiu, agradeceu a su:1 visita, confessou-se com gran· des signaes de verd:1dcira contrição e pe– diu em seguiüa a Extrema-Uncção. .A presença cJíi sacenlole, hem longe de a~e– dl'onlal-o, cnrhcn s •t' rora '.ão c1e jubilo o rs11rrnn~a.
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