Estrela do Norte 1865
- En os detesto do fu ndo da minha al– ma, diz o paciente, e uma torren te do lagrimas 1h innund 11 oro to. O Sherif contou então ac padrn r, rmi n– g~am ql,o o do grnçado mostrúra arrepcn– dim~nto logo depois de haver perpetrado ? cr~mc ; qu e lle proprio se cntregúra à Ju- t1p, e qu e fôra ondcmnado por ua propria confissão. Tracta-se agora d arran,i ar uma pouca. de agoa para regenerar o ondemnado ; mm. o campo era arido, e estava -so lo nero ua pomação . Finalroen to um velha que vinha vender pão dá uma pouca do ag-oa em um copo de la ta., e nós e paramos que segundo a di vi na pl'ome sa este copo de agoa não deixará de ter ,recompensa. - Ponde-vos de joelhos, diz o missio– nario ao penitente, que j.i tinha o laço fa– tal cm red or do posco~o, o crêdo qu ha um Doos cm tros pessoas divinas ; o Padre, o Filho e o Espirita Santo, o que o Pai terá compaixão elo vós, o vos perdoará por i n– tor e são do Filho, se vos arrependerdes sinceramente. Repeti comigo o acto el e con tricção que eu vou recitar, e deixai 0 1·– guor o coração para o céo, para implorar o per dão do senhor em quanto os vossos labios declararem n vocsa penitencia. o negro recita então o acto <.le contric– ção em alta voz · o padre eleita a agoa pu– rificadora na cubcça do cath ecnmcno, o immediatamentc o novo christão entrou na eternidade, exclamando: - Oh Jesus 1. . . Oh meu Jesus, tende piedade ele mim l ••• • rara achar alguma cousa que possa Gom– parnr com isto, será nccessario remontar aos primeiros seculos da Igreja, quando no meio do Colisen de noma os ruartyrcs administravam uns aos outros o haptis– mo, antes de receber em o do snngn c. A multidão que vinha do muitn lcgnas em redor ficava tomada de espanto e de res– peito' e a maior 1Jartc dos espectadores, posto' que protestantes ou inficis, não po– dia deixar de ver cm Iodas r,q 1wllas cir– cumstancias a múo da Providoucia. o negro caminhando par;1 o lu g·ar do supplicio tinha indagado S.) estava pre– sente algum ministro protestante, ou so ninguem queria vir resar com elle. Ninguem havia respondido a -~te su– premo desejo elo moribu_ndo, ? ~01 neste momento qu e o verdadc1,·o mimstro c~a Tf.'TC',ia de Deos appareceu para lhe abrir as portas do céo. Oh subllm~ poder d~ oraçrlo juncto cl'Aqnellc que dvso : << Pccll e recebe-reis ; ba ttci à porta e lla vos será aborta» ! U riminoso mos tra sómente a inten- i:ão ck sabor orar, e, cm presença deste simples desejo neo., abrindo o th sonro d ua gra a , res~uta uma alma I ecca– doríl. das p nas lcrri vei da et rnid::td<'. O prophei.a r i cliss : « Ocos compraz- e 'm ouvir os implc desej os · o ouvi<lo do enl.lor é tã deli ·1- do que até ouyc a pl"e1rnraç-o dos ora– ções. ,, u Desideriwn 21mtperwn exaudú:it Domi– nu ; prepamtionem cvrdis col'wn attdivit ait- 1·is tua . n São as dores, carissimo leitor, íl. triste heranp d tocl:i hu mn.ni dade; o r ico e o pobre, o moço e o Yelho, grande e peque– nos, tod os toem dopas ar por sob o juªo eles ta cl m ·n lei do soifri 111 n to. SolJrer é a concllção da no :::. cxistencia neste mund o, é o estado porque eu , nós e todos lrnvornos de passar o es tado em que viveram no sos maiore , e ainda aquelle cm que viverão nossos filhos, sem que haja algum poder que nos possa isen– tar dessa dura lei. Desde o peccado original a vida não 6 senão uma longa dôr; dôr que pódo ser mai ou menos mitigada; mas nunca ex– tincta. Se isto assim é, carissimo leitor, de quanta utilidade não é· pôr-vos diante dos olhos aqu ellas verdades, que sfo como balsamo das nossas penas, ou pelo menos , contribuem para as tornar mais em pro– Yeit0 VOSSO? A primeira destas verdades, c1uo a reli– gião nos ensina, e que o bom senso con– tirma, 6 que neste mundo tudo succecle ou p or vontade expressa, oii por permissão elo no so bom Deos, e este principio é verdadeiro tanto cm relação aos bens, como aos ma– les. Regulador de todas as cousas, Soberano S(:lnhor do céo e da terra, Doos tudo gover– na, tudo r egula, tudo sabe; todos os ca– b llos da nossa cabcç-a estão contados, como diz o Evangclbo . A flor que cahe murchada, s folhas que se desprendem das arvores, a mais pequena g·ota d'agoa que se agita na immern,idade do oceano, tudo isso é regulado e mandado por Doos: Deos pois tu elo r egula cm relação aos mais humildes seres. ..- - Nã~ é dado a toclos o exercer essas gran– des vutu~cs de ~orça, de magnanimi dade, de magmficcncia, de martyrio de paci– encia, de constancia, de valor.' As occa.– siões de as praticar são raras · entretan to todos aspiram a isso, porque ;ão brilhan– tes de grande nomeada; e muitas vezes,
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