Estrela do Norte 1865

~ i:5'l'llELL.~ UU ~Oll'l'E, to, pr s nlc e e condido na Sancta Eucha– rislii? expo to a adoração do fiei na mãos do . oberano PonLific sobre o altar de . . Pedro, ne~graçado do homem que não com– prchende l1 m simillw.nlc e pectaculo t navia co tre os povos antig·os, no orien– te, o costume de oll'ereccr corôas de rosas á pessoas disLinctas; e os primeiros chris– tãos compraziam- e em honrar por este modo as imag·ens da Virgem Santíssima e as reljqnias dos martyres . · m illusfre bispo, S. Grc,1<orio 'azian– zeno, que era muito devoto da ~Jãi do Sal– vador, tc\'e a inspiração de substituir a corôa material de rosas, por uma espiri– tual de orações, persuadido de que esta seria mais ag-radavcl á bcruaventnrada 11ainlla da rg-reja. Compoz para este tim uma longa serie ou corda de orações, te– cida dos mais bellos louvores, dos mais gloriosos títulos e das mais cxcellentes prerogativas ele Maria. Foi Santa Ilrigida, padrocirà da Irlan– da, quem aperfeiçoou este piedoso pensa– mento, no quarto scculo. Poz ao alcance de todos o pensamento de s. Cregorio, substituindo as bcllas orações que elle ha– via composto, mas que o povo não conhe– cia, por outras ainda mais bcllas, além disto todas populares, do Credo, do Padre Nossd e da AveMaria. - E para que se sou– besse por um indi cio material, onde se es– tavci na recitação destas orações, adaptou o uso dos anachoretas da Tbebaida, e en– fiou grilos de pedra ou de pau cm fórma de corôa. - Rosario significava corôa do rosas. São rosas espirituaes, orações cheias de amor com as quacs ornamos a fronte de nossa 1\Jãi. Coróa é uma maneira muito simples e muito facil de dirigirmos a Ocos as nossas fracas orac;ões e de dar á Santíssima Vir– gem os !ouvores que l!1e são devido~:, . A coroei act,ualmente em 1:1so na loieft, ompõe-se de ci11co dezenas, 1st.o é? de crn– ~oenta Ave Marias, cortadas por cmco Pa– dre Nossos; de modo que q½and? se acaba de ·recitar a corôa, tem-se d~to cmco Padre Nossos e cincocnta Ave ll!anas. . Fois. Domingos, um dos ma19res Saf!,– tos do christianismo e um dos filhos mais devotos da Santíssima Virgem, quem re– gulou desta sorte.1 segundo _uma ord~m expresa d-a Mãí de Ocos, esta lmda 01:a.çao. Auctorisado pelos ~obern_nos ~ont1.fices, enriquecido de preciosas m dulbcnc1~s~o ·osario de s. Domingos bem como a cnroa, que ó um resumo delle bem depressa cor– reu por todo o uniYer~o e não h a. uma só familia chri tã onde não haja agora uma. coroa. A corôa, segundo a id 1 a feliz de Santa Brigida, é composta das duas mais anta. ornçõcs da rcli o-ião , a oraçllo dominical e a sauclaçao angelica. A 01·açllo dominical ou o Padre Nosso, foi-nos ensinado pelo proprio Nos o Senhor Jesus Chris to. A a11daçllo angelica ou a Ave Maria foi-no ensinada pelo anjo Gabriel, quanto á sua primeira. parte, e quanto á segunda, pelo concilio geral d'Ephcso, reunido no anno 43 1 pelo Papas. Celestino, para condemnar as blas– phemias de um bispo hereclico chamado 'e torio, que ata.cava o culto da Virgem r.tãi ele Deos. Na r ecitação da corôa, rezam-se mais Ave Marias do que Padre No sos, não por– que nós honremos mais a anta , irgem do que o proprio Deos, como nos accusam os protestantes, mas porque sendo espe– cialmen te a coróa destinada a render nos– sos louvores á Vil'gem, nada mais natural do que dirigirmo-nos a Ella de uma ma– neira. ma.is especial. Cada cousa no seu tempo , poderia.mos nós r e.sponder-lhes. A corôa não ó, como pensam outros es– píritos subtilissimos, uma dcvoc;ão boa para as mulheres. - Em primeiro logar não vejo em que os homens sejam superio– res ãs mulheres cm r elação ao ospirito, e principalmen te ao coração. Em muitos casos as mulher es valem mais que os ho– mens. E por isso estas palaHas-bom para as mulheres ! - na.da significa.. E depois, o que ha. na corôa que não sr.ja bom para toda agente? E' o Padre Nosso que é bom para as mulheres? Onosso Salrndor não fallava a homens, .t seus apostolas, e mesmo não lhes fallava a elles sós, quan– do lhes ensinava. esta sublime oração? E' a Ave !tforia que não está na altura do espírito elos hc,mens? E' o Credo do prin– cipio? ou será antes o signal da. Cruz ! Nada ha na corôa que não seja feito para toda a genLc. Os grandes homens de nos– sos tempos modernos rcsavam as contas como essas boas mulheres, de que se riem os espiritos fortes . Luiz XlV, essa grande gloria da monarchia franceza, resava as suas contas todos os dias : um de seus cor– tezãos, menos devo to que seu amo, ven– do-lhe uma noite as contas na mão, cx– tranhou-lhc qu e cllc usasse d'nma oraçüo tão popular, tão simples . Luiz XlV reprc– hendeu-o desta parva observação dizen– do-lhe: « Foi a rainha minha mãi, quem me ensinou a r esar contas, e desde a mi– nha infancia. que tenho a ventura. de ter deixado de as l'C'sar r.:rissi mas vez s. 11

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