Estrela do Norte 1865
,l E~TKELLA nu ~1tUTF. . melhor a conhecer os Ycrdadeiros mc.io de melhoramento. A idéas de emanripaçào uniYc al, de Jihcrdadc do gencro humano na rcrarn cio EYan;!elho ; mas para tornar possiqil a sna realisasüo, Je. us Christo as ha,ia unldo ao:; princípios d'uma religião de vaze amor. As paixõe · do homem o ordrn;iram de outra sorte. Laços neces~arios foram que- 1,rados; o que <leria ser indi\·i ivel in– sen atos o separaram ; querem a emanci– pação, e repcllem a caridade. Então :is e·– peranças de mf:lhoramento se e ·rnecern o mal cresce no solo cm que imagina mm ter cmcado o !,cm; era necessario o mu– tuo auxilio, e degolam-se. Tremei pelos rc ultados que p6dc ter uma liberdade sem moral. O homem re– entrará no caminho do Ernngclho, e tor– nará a atar o~ laço que quebrou ou an– dará ao aca<o, impellido pela sua inde– penclencia brutal, até o dia cm que um desses raçadore~ de nações, que se cha– mam despolas, o tome •m suas rede. co– mo um animal Sl'h°agem. lia no christianismo um admiravcl co– nhecimento do coração humano. Para im– pedir que se não depraYc o amor proprio, a rcliµ-ião offerecc-llle um fim delidoso que colloca rm outro mundo. O homem, animado vela csper::tnc;n. de alcançar este fim, pratica o desintere e na terra, e tem a força <lc , e ekrnr at{, á abuegat:ão de si mesmo. Tire- e a religião, reinará o egoís– mo e procurará ccrnr-se neste mundo. Vi mos homens que rinham, ·egundo el– lcs diziam, segurar a felicidade ela. classe nnmero,a, comc~ai-am por anniquilar os thcsonros de c•sp,.nms'l, de coragem e re– :ignação que a fé lhes da.rn . Que legisla– dores, grande Oco ! Por certo que lcrnvn.m longe a prcsum– pção e a auda<·ia, ac1uclles que sem teme– rem a tremernh responsabilidade com que ranegavam, 1irometteram de achar em seu g-cnio o meios de substituir a fonte de felicidade que estancavam a sociedade. :ldio os r·ondrm11crnos porque estaram de– rnentr . r -. e o interes e proprio. Em quantos li– ,-ros nos quac e ·tão imprc a esta pa– larra : - , ús queremos a liberdade, - se dHeria achar na errata : lede - a autori– dade - ! Com a pre~sa de brilhar e ~ozar de pre– zam- estudos sério . . cria ncc s ario muito tempo para ser csladi ta, e muito trabalho paras r lJomem de bem faz m– se falladores; por is o, em no s seculo, quantos hom ns que a.bem fallar, porém que não sabem aquillo que fallam ? A classe numerosa desjára. que se me– lhora se a sua sorte; nada mai natural, e todo homem honesto deve at:xiliar um Yoto tão legitimo. Porém, para o realisar, quando se propoem a dar aos obreiro o direito politicos, que lhe são inuteis, con– vocal-os a as embléa cm qne perderiam o tempo, e cm Yez de os instruir nas v~r– dadcs praticas lhes impu rram thcorias absurdas; lcmbrra-mc do opio que pre– garam ao padre Poinsintt, que p c~ia que lhe en inassem o inglez, e lhe cnsmaram o h~ixo-brctão . Temos inondores que se di Yid em cm differentcs systcmas, porém q\,e todos vo– tam um profundo desprezo ~s ~efo_rmas lentas e parciac~. Para nos rest1tulfla idade d'ouro, querem fundar a ordem social em bases noYas. o exi.to não r ealisou até o presen te n enhuma de suas brilhantes e faceis promes as . E' facil de traçar uma utopia; est~ obra. efemera não exige nem talentos distm ct<?s nem conhecimentos serios; com irnagi– na~ão pódc prolongar-se um sP.melhante trabalho até que a mão se fatigue de es– cr ver. Uma utopia é um romance em que o autor se dispensa de reprodtlí':ir 9s cos– tumes, os caracteres e as paixões com fi– delidade, e que não póde t er outro inte– resse senão o de um conto sem verosi– milhança. Grai:r.i:L-~~ i::o1irn rsla · palavras :-Bcm– avcntui-ado,; o,; 1101,re:; de C$pir1to -Sim, - l,1~ma,·r nlur·adcis o~ pohres <le espiri to srµ-undo o mnndo. - S,i.o os homens· des- 1ignclos da fortuna e da grandezas. Aca– so se conlH• cm outro. que saibam fazer bom 11,-rJ do qnc• po suem, e que possam pr·<!cn~ltcr co1n dedicação altai, e 1icrii;osas funr·r:c,es ! Quando o innovador escreve um pla– no, não encontra obstaculo; porémquan– do se tenta pôr cm pratica a theoria an– nunciada com estrondo , revelam-sa os seus Yícios . Mesmo quando fossem meno~ numerosos, haveria ainda que vencei uma enorme difilculdade, a de obter que os homens con entisscm em mudar seus habiLos e costumes. Offerccerci um meio de tirar esta oiffi– culrlade, e de i'Calisar os mais ousados projcctos, com tanto que os seus u.utores preencham duas condic õcs . uma é que estes projrctos não contenham nada que uííenda as crenças christ ãs ; a outra é Salvas exr•cpr-õ1·~ iuJidduaes, nã.o ha ron~,,i~nCid li1müo no;; povos rPligio. os; nos outros pensa-s ', <1i rote-se, e promo- que tenham uma utilidade real. . -Pr enchidas esta<; duas coudi ções, ~1- ~o com ronfinnr:a: DiriP;i-vos ao chna- 1
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