Estrela do Norte 1865
seminarista de ua classe. Eu Yos poderia dar outrof; muitos traços sobre as virtu– de que nó todos notamo nelle ; mas não posso esquecer que eu fallc a um sa– certlote que o conheceu bem, e sem ne– nhuma duvida o tinha dignamente ap– preciado. <1 Sêde muito bom, senhor cura, para me reo;ponder algumas linhas e me dizer se nós podemos espera r um dia saber o que l\J. Edgard Farrell tinha sido no mundo e por que caminho ocos o t inha conduzido até & porta do santuario. Nós todos vos agradeceremos e em particular, vosso muito humildti criado.-F. ele Rou– viere, Diacl"e· 11 o ,Pádre Perrand não quiz responder á esta carta, com medo ele ofiender ao se– gredo em que Edgard Farrell tinha sepul– tado a primeira parte de sua existencia. Em quanto eu certo em suas menores fal– tas, julguei que talvez seria util escrever esta historia. Possa ella inspirar á uma só alma o zelo de se sacrificar pela con– versão de um peccador 1 Não é es ta a me– lhor maneira de imitar Jesus Christo que, segundo S. João , amou os seus até o fim, Isto é, até a morte e até ao infinito 1 Trad. por M. NOBRE DA CUNHA. LANÇO DE AMIZADE. Da mão, condemnado á morte, impetrou ir primeiro á sua casa dispôr algumas cousas, ficando em refons no carcere seu grande ami go Pittias , que a isso se olfe– receu debai xo da mesma pena; e com ef– fei:'to Damão torr1ou fielmen te ao tempo promettido. Vendo tão rara e verdadeira amizade, El-Rei Dionísio, o mais velho, disse-lhes: « Eu perdôo o crime, a troco de que me admittais tambem por vosso o.migo. ,, Todos trez obraram generosa– men_te: Pittias suj eitando-se ao perigo da morte polos commodos do Damão, Damão entregando a vida propr'ia por livral-o d'ess~ perigo ; Dyonisio perdoando o cri– me d um a troco d'amizadc de ambos. O CASAl\IErlTO DF;VE; SEl\ ENTRE IGUAES. Pretendendo certo fidalgo illustre e rico, porem já velho, as segundas bodas com santa l\larcella, viuva de pouca idade, al– legava cm seu favor que tambem os mo– ços podem morrer logo. nespondeu a san– ta com promptidão e modestia : « O moço pode morrer logo, mas o velho não podo viver muito. n Omatrimonio é jugo: para levarem suavemente o jugo, buscam-se bois pa relhos. Breve e utilis. imo dictam prcscreceu Ovidio a este respeito, o qnal vem a dizer em nossa lingua : « Se não queres ca ar mal, <• Casa com igual. n Todas as formas se introduzem nos su– jeitos tanto mais suavemente, quan to mais proxima são as disposições para el– las. Casem primeiro as idades, as co ndi– ções, as saudes e as qualidades ; e então casarão bem as pessoas : d'ou tro rnoclo,j á d'antemão levam o di vereio meio feito. ANECDOTA . Entrou uma vez Alexandre ·Magno nn. officina de A pelles, por honrar com sua presença a um suj eito tão insigne na sua arte; e começou a fallar demasiadamente ácerca da pintura. Apelles, C{'J11 bran– dura cortêz, mas picante, lhe disse : « Se– nhor, veja que se rí o moço que móe as tintas. 1> Do mesmo Apelles se refere outro seme– lhante dito, porém mais acremente repra– hensi vo. Expoz á porta uma pintura. sua, e se poz detras do pano a escutar os votos e censuras varias dos que passavam . Veio um sapateiro, e notou um defeito na chi– nella d'uma figura principal. Emendou Apelles a falta; e no dia seguinte tornou a passar aquello official, e vendo a emen– da , ficou satisfeito de si, e atreveu-se a notar outra cousa na perna da mesma fi– gura. Então Apelles aparecendo, lhe di s– se: 11 Não suba o sapatoiro além da chi– nclla. n D'aqui ficou o adagio contra os que dão voto no que não entendem: Ne suto1' ultra crepidam. ( BERNARDES, Ji'lorcsta. ) Pens,unentos. -Ouro e prata são a firmeza dos pé's ; mas um conselho ben.1 approvado excedo ambas as couzas. -Os bens e as forças do corpo elevam o coração ; mas o temor do Senhor se avan– Jro.a sobre estas couzas. -Nada falta ao que tem o temor do Se– nhor, e com ellc não ha necessidade do buscar out.ro soccorro . T yp. da EsTRELLAllO Nonn:. ·"'
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