Estrela do Norte 1865
« t\ la l ao sol desnI rn. ·a '"ª u no 11 bou-m o vnnto a frescura, << E •m vez da for mo ura u Vestiu-me morta l d scõr ! • 1.. uma g oLLa de or rnlh \ p. r U r sem a len to « h •~, ó r ico -n· ~1m momento u Vcl-a-hc is r vcr,lecer. « Si pagar-,·o - com t rabalh o u ão púJe a minh a fraqu eza , u Ver is ·t ,·os a r iqn eza u De Deos co'a s bençãos cre cer ! " Ji nhfl. múi ! a i, t riste J'tldo ! u Qua ndo m eu olhos e ab riram u Desdito o ! .iá não vira rn u Seu semblante a ngelical ! . . . " 'ão senti-lhe o seio amado u n ido ao me u palpitando ; u 'ão g ose i d 'u m o c'lo brando , u De ca ricia ma ternal ! .. . u noubou-m 'a a m or te cr ueu ta 1 « Eil-a aqui na sepu ltu r a , « 'es te valla ele a marg ura " Deixando a fil ha in feliz 1 u , ing uem por mim se lamen ta, " 1 ing uem na dôr m e con sola ; " Se cho ro, d'esca rneo- tôl~ 1 " A t urba passando d iz 1• •• " Nos bra ços da des ventu ra « Me aco r de i, - e ab ri ndo os olhos " liser ia , esp inhos e abrolhos " Em r edor ele m i m só vi 1 • " Em li da escabrosa e dura " . ·u n ca passei dias leuos , " Da infancia os doces folg-ueJos u E os risos n ão conh eci ! . .. " Vós, ó r icos, qu e da vida (l Tendes o fél j á p rovado, u Atten dei ao desg raça do; (l Oa i-m e a vida, dai-me pão ! " ão dei xeis a flo r p end ida, « De fr esco orvalho em carcn cüi , u Perde r balsa.m ica cssen cia , u Desfolhar-se pelo chão ! ... " Dafron te da pobre h or osa orphãsi nha Um rico passava; Nafronteo nr ngada su a al ma mesq uinha Fiel se espcll1ava ! Ao vcl-a estenden do com suplico gesto A p a llidn. m ão, . P aro u, d ,mdo nior:.tr ns u 'um peito pic1Jo ·o Que tem compai xão ! E a bibula(" ) bolsa co·a mão r cr u la ndo Com riso e c.dcm : - Ai ! pobre menina '. pedis te em nü hora! lurmum - me cau u bem dó; Dlfl 4 agor:i. - ·ão tcnllo \'in tcm ! - E a orph ã lá fi ca carpindo sosin 1a 'a t um ba da mãe; E o vil aYaren lu com Jrpido pa os Lá some-se al m. Tr cs au ro"as ap >nas e tendido Sob re a crista das í ng remes mon tanhas Tinh am o roxo e orvalhado manto ; Trcs Yczc5 o noc li nlo planeta Tinha arg-cn tado do ocea no a · agua Com seus morbi dos raio • · Jú n ão chor a rn. a de dito_a orphã, ·em dorido suspi ros lhe sab iam Do pe ito a n "'u st iado : Silencio e terno l he sell ár a os labios l Can çatla de gemer han liada cm pranto, O'implor ar compaixão aos qn c pa sa,•am , Sem ou vir uma rnz qu e lhe ameigasse O coração pu ngido ; - Pela fou ce da fome lacerada, De força exha u ta. de pallor wbcrta, Tr a pns adas de orvalho as r ota \'C te , Crestada a pele pela int ensa neYe; Qual a flor r c sequ ida q ne da lrn stc 1 a viração ao sopro se desp rende, Tinh a ba ixado á fun eraria eslancia, E em amplexo etern al lá repousa va Com s ua mãe c1uerida ! . .. A' Yós ricos do mundo, á yó · su b ido No pr estig-io da gloria e da g randeza, Que em lautas mesa di sipando o ouro Negacs o pão a misera ind igen cia; · vós a rnros, que em cerrados cofres o d inhei ro g-nal'dan uo, Vivei cm du ros, p r e 11 1H1P ' cuidados,. Su rdos á YOZ da fom e e da m ise l'i a ; A' \'IÍS erg-o meu cant o, á Yó o " rito Que a vel'c.ladc 1 vanta troadora, E que na r onscicncia Ha de choar-rns com franor hon ndo ! Embalde fechareis "º ~os ouYiclos ; Oo la tcgo pu n/renlc do r emar o Nilo \' OS ha de liwar ouro ou nobre a! . . .. SA TA l:IELE ,>.\ i\ lAGNO. 23 de Se tembro de i 6:.i . (*) Talroz a C('Ítica so1•e1·a. ache_ violC'nto te pi– thot~ mctnphor1co ; pa r:~ pr vcn!l-a direi q nC' não a.c~e1 0~1 lr? 9uo co1n t::ulta. propriedade C' \p1·imi a rn aciab1hdndc com qnc os avareutos ench 01 o.. bol a.
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