Estrela do Norte 1865
Entre t anto tn cs ão a obras que de n ús se exige nas con dicões do Ju– bifeo ! Tal é a. nossa fraq ueza que a fgr - ja no seu desvelo maternal, longe de au to ri ar em n ós a laxidão, ó quer compensar com es tas pequenas our as as longas, g r aves , e seYeras penitencia , a qu e, s o-u ndo o rigor dos c anones l'cni tcn ciae ·, ser iamos obl'igados para s<Ttisfazcr a J u Liça Di\'ina, s up po to mesmo per doado o pcccado quan to â culpa, e a pena eterna no Tribunal da Pen i tcn ciu . Siio obras pequen as cm i ; mati g rnn– des aos olh os de Deos, e tão meriLo– rius, qu e nos podem valer a r emi s ão das p enas temporaes, me<liantc uma boa con fi ssão dos n ossos peccados. Si o peccador para r es tabelecer-se na graça e na amizade de Doo h adc sofi'rer infn.lli vclmen te a pena, que me• rece, ou n este mu ndo, ou no ou tro, até p reh en ch er-se, diz o Evangelho , a · devida satisfação com o u ltimo ccitil , Donec r eddas novissimwm quadl'antem, pois é um dogma de fé que n ada do impu– r o entra r á n o e o - Non t'n trabit úi eum aliquocl coinquinatwn; por que n ão nos apro,·eitaremos das gr aças, que h oj e - nos liberaliza a SanLa Igr eja 7 Qu an tos se t er ão aproveitado desta indulgencia ató hoj e ? Qua n tos se a proveitarão nos pou cos di::1s, q ue faltão até o ultimo do mez ? Ser ão v isitadas as Jg r ej a ? Ser á ou – vi da com fru c to - a Palavra de n eos ? Será procurado o San to Sar.r a men to da Peni tén cia? . . . Ch r istãos, que , por de e~fado se n ã~ Por in terrsse lerdes es tas lin has, r efle ti qu e um Ocos' s ever o vi n g-ador ~lo nime por s ua me. ma csscnr.ia, e s11mn111n1 entc zeloso do di reito da 5u:1 jus tiça, não póue dei xar o peccado sem casti go_, s upp0n~o mesmo per donrla a culpa ; nao ~11 c1r::us pois ás di vidas 11clos peccados n,1 n n tar a enorme offcn sa elo despr ezo d o pe rdão, q~e h oj o vos offcr cce a l\li1.er icor dia Di– vrna. Chegai co rn .confia nça a Fon te _p ~1 ra da s Graças, a li beber eis doç uras cs1J1r1t uaes ; ar.bar i s n os m er ecimen tos do Sal nJClor a felicidade , q ue o m un do não conh ece, n em púd e dar n o engodo das suas men– tidas promessas, e dos seu s enca n Los. Oh ! Quam poucos, e máos iio os dias ela nossa ex.istcn cia sobre a terra l E11es se csvaesscm como u m s onho ! Qu em po– derá co ntar ~0 111 o dia d'amanl.úi, e com a f:raça de ocos depo is de a ter toda a vida r cejita do ? ! ' A morte quando meuo a e perannos nos Yir.'t surprcuder no meio el os no sos go o , e cont ra a lag tremenda do se– pul cro quebr·: 1.rú, uma a u ma, a nossas mai · fa:' ueiras esperan ça . E então aban– donadas da mesmas illusõe de uma Yi– c1n. caduca, o tran itoria só no rc. tar6. a eternidade, que deixará de er uma illu– sao ; mas a realidad e de um Yivet· para cmpre. Para sempre ! . , . Oh! Qu m sa– be se no goso da. felicidade nmma, !)Ora o qual fomos criad os, ou e nos tormen– tos de uma desgraça etern '.l ent re os con– demnados ! 1 u neos ! Quant o ão f lize· os qu e 01n:em a voz paLcrnal. com que 110 cha– mai na vossa :\Jizcrirordia. Quanto so~m Senhor não querendo a mo rte <l o pcccador; mas que se con"er – ta, e viva. Som nos faz ermos cargo do refutar as in pcias, e mizeraY •i fü cccias que o cs– pirito jo;sral da impi cdaclr cm todos os tempos r eprodu z contra o uzo da l ndul– ge11cias, porqu e se ri a bas tan te r emett el– os para as r spostas nas me. ma.s fo n tes , ~·on de cu piam suas dcspr ezi rn is ob,ieçõe", Julgamo" conYenien Le dar a qni aos nos– sos leitores a segui nte transcripção para entre ter a sua piedade. I NDULGENCIAS, Como u m rl os meios que nos deixou Je us Ch risto pa ra sati sfaz ermos pela. p,ma tempor al á Ju stiça di\'ina, saõ as indulgencias , é p reciso dar a"'ora. q uan– do nreno alguma idéa par:l qu e o. fi eis sai bam e proru rem a[)ro\·citar- e dcllas. Po r m an tes d'en trarmos na sua expli caçúo, é ncc s ario <;uppor cin– co verrladcs l[U e são corn o os alice rces cm qn e se fundam a.s ind ulµc nri a . Primeira :_ Qu e perd oado o pcrc:11.l o em qu ant o a culpa e pena eterna, podr fi– car e r cgularm enLc fi ca uma pena t m– pora l tfll ' j,n g-ar á Ju stira li l'ina ou com penitencias n·c ta vi el a , ou com' pe– na no purgatorio. Seaunda : Que as obr as boas feitas cm g raça são sati - fatoria: . Tel'cefra : Qu e h a na Igreja 11m immen so thc ouro de sa ti sfações , for– m ado dos i nfinitos merecimento de Je– su s Chris to. Sacrifi cado n a aru da cru ?. o innocen te cordeiro, dizia Cl mente sexto ( a), com uma ó gota do seu preciosíssimo a ng uc teria r e gafado todo o gcnero human o ; derr a mou n:1o obsL:rnto isso, u ma torrente e par~ que se não prrde se, formo u d'' 11 um (r, ) /)t• /lnf!Tllf, t'f l'l'))lÍ.~~.
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