Estrela do Norte 1865
" l •J. .. lSO!Hll ( Continuaçiio. ) xm Ah! 0 escri vão sagrado t em di to t1u e a dor está no um de todos os prazeres. A alma humana ó como o céo onde o sol resp landece hoje,_ e que amanhü, m– brins n n vens t erao encoberto . ma n oite E<lgard Farell tinha ador– mecido com 'a imag inação ·ncantada pe– las mais ag radaveis P r pecti vas. P la m eia noite Yiu-se ele p ertar; e como sur– preh endido por est,:i. cru l agi taçüo, p r- g un tou o qu e queriam : . . . - senhora está mms rnqu1eta, res- pondeu o criado . . Em um in stante Ecl gard rnstrn-so; en– tro u no quarto de sua irmã, o, apenas no umbral da porta, .excla~ou : . . - Cecília I Cecília I mrnha cara Cccilla ! que t ens tn? - Quem me cllamma, disse a doente, ês tu, m eu pobre Edgard? - Sim ! sou cu mesmo; tu reconheces b em t e u m a no? - Não I n ão ! desgra çadamente, não 6 clle ! respondeu a joven, cah_indo sobre o travesseiro como enfraquecida por sous esforços . Com cffeito ella acabava de vomitar go- tas de sangue, e depois, p_or u_m eff~i~o ex– traordinario da sua exc1taçao pb1s1ra, o dcl irio a tinha surprchen di do . ·com um olhar Edgard viu o que de cr uel tinha es ta triste scena. Tudo ao redor do leito, os cria.dos conservarnm-se inclina– dos para sua pol.lre senhora, os olhos fi– xos sohre o scn p:i.llitlo rosto onde elles procuravam dose brir o presngio elo que ia acontecer. Cecília, com a s m ãos pos– tas, os olhos m eio fechados, a cabeça in– clinada para tra.z, os c:.~bcllos desg-rcn~rn– dos, murmurava oraçocs, que eram in– t errompid a por longos snsp iros. . Edgaru. d epois de ter um instante con– siderado cm pó este espcctacnlo, sentou– se cm uma cadeira bem per to, para nada perder elas p alavras ele sua irmã: ella ~o dirig ia a Doos em uma ling·uagem apm- ' xonada, e su a voz sahindo despedaçada de seu peito com um sibillar penoso, dava á l:u do a tudo o qu e clla di zia. uma ex– pressão espan tosa que fazia mal. - l\lcu n cos ! mon De.os ! dizia clla, eu dou minha viela p or clle. Que se c?nv_e1:– ta ! qu e vos ame, meu ocos ! Dcpo1:; d1n- 1?i ndo- sc á seu irmão a cr scentn.Ya : Não 6 assim, Eclgard, tn amarás ú n cos ? C - cilia t"o pede .. .. o· meu Ocos ! minha Yida por sua alma! E te monologo mystcrioso tocou log-o Edgard a ponto de lhe fazd' dt'tTam:i.r la– grima . Ell e ajoelhou- , e occultar,do a cabeça cntr as mão , esperou eh rando qu e a enferma fica :;o um pouco cal ma . \ !an rlou logo vir o cura , , cst ~ aumimdo rlc tal rham,ldo á tn "ia noitr- . e u. pei– tando algm perigo proximo le,·ou o sa– grado Viatico e os santos oldos. Dir- e-bia que a pre ença do confes or e de Dcos r es ti tuia a conscicnci:i á e .e i – lia. -Vós aqui, meu Padre! diss" ella , ra– mo ah indo de uma vi ão e sem pensa r que havia Lrnhi do o egredo d 11 mai::; intimos so !Irimenlos . - Sim ! m inha filha! r cspo ndc11 ,1. Pi>r– raud; eu vo trago a Eu chmi ' tia e vos darei tambcm a Extrcma-Uncúo. - E' pois o fim, mcn r adr ·? -Talvez, minha filha; esta i afOicta d isto? -Oh! Dcos sabe que não; ma Edg-ard ... - ' senhor vosso irmão e lá alli · foi elle qu e me mandou 1 vir. El1r v.:ii pedir a Dco todas as suas g raças para ,·ú . - Como! Edf!·ard, tu e tús ahi? r-_spon– dcu a. moribunda . rosto tu qnc mant.las– te procurar o bom neo ? OJ ,rig-ad o, meu amigo, obr iga do . \'amo orar nós ambos . E Cecília peg·,rncto a mão 11110 cu il'm ü.o lhe este ndia. com uma admiravcl morãu o fez ajoelhar bem perto de si. Ella dqloi rocolheu-so profundamente, estendeu os braço para o cóo com nn sorri so angc– lico em qnc se rnistnrava. a expressão da mais fervoro sa oração e da mais sublime r ~sig na.ção ; depois pondo a duas mãos sobr a cabeça t1"e Ed ''. ard, disse : - 1<,1cu a.migo, eu te agraJeço de todo o hem que tc1 .. querido me fazer, de toda a tua immcnsa atl eiçifo; mn s permitt e– me cmnm fa.llar-l fro.ncnm cntc. Pro– mettc-m uíanto dt1 Doos , de vos ·o Pa– dre, <ili' tu te conf ssarús logo 4:u cu dcixnr do c.•islir . Eu vou lcnn ao t'O o ten arrcp ' ndimento e o o qn irncnto de tuas faltas. dilo ó as. im, m u amigo, a.t– tenderás mcn p <lido'! Ed g-arcl não pôde fallo.r; apertou r.om seus braço::; o collo de sua irmJ, e d sde estP apcr lo supremo devia ron lar a hol"1 de s ua. con \'Crsüo. l\1. Pcrram1, qu e cln:-antc este tempo se tinha. co nsrrrndo u' ,ioelhos uian te ela llos lia ~anelo confcs, ou então e ci li a, e fo_z pt'1'1~arar todas n.s cousas para tt atl mi– m str açao dos acramcutos que con:olam a n.g-onia dos chrislü.os . Ein a 11 nn-. í . ' tante o r1uarto da.· nho-
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