Estrela do Norte 1865

Acaso é a voz tua, ó morte, que me accorda Pela ultima vez ; e do sepulchro á borda ba nenhum mais inscnsat que c.quelle que se adora a si mesmu. Me sinto despenhar? ! A adoração propriamen te tal não tem Jogar senão para com o Ente Supremo. Oh tu, raio vivaz d'ardente chamma etherea, Que dás vida e calor á e.,ta fragil materia, Dis ipa o vão terror, que vais li berta ser ! Vôa, vôa, ó minh'alma, e tuas algemas larga: Das miserias mortaes depor a rude carga A asserção pro te ta □ te, de que o Ca.tho– licos adoram os Santos, é calumniosa; elles honram-os, re peitam as suas ima– gens, empanliam o seu Yali mento para. com Deos; mas não os adoram. E' ac:rso morrer? .... De meus dias a urna eil-a emfim esgotada. Radiosos cherubins da celica morada A .pllto!l•isan@s, ten!sa ■tll.ento~ e ••e– Oexões 1.·elligio saf!I, A' qne novo alcaçár qu ereis me conduzir? ... Em ondas mil de luz já sinto-me nadando ; espaço aos olhos meus se vai mais dilatando, Quer-me a terra fugir! l\1as qu'ouço? 'o momento em que esperta minh'al. SU!,piros e soluços me \'CID turbar a calma! ( m_a. Companheiros d'exilio a mortR me choraes ? ... Chorae quando eu já libo es a taça agrada Que olvido aos males dá, e minh'alma arroubada Do céo passa os umbraes ! ... SANTA HELl!NA MAGNO. 26 de Novembro de 1865. Peusa1nen1;os e nu1.xin1as. Abjuraçllo. Para aquelles que professam uma rt:ili– gião falsa, a a bj n r_raç~o é a maior das n e– cess idades, é o primeiro dos deveres . A abjuração não é nunca desairosa; porque: o não póde ser abandonar o erro para abraçar a verdade, os protes tantes, estabelecendo como ma– xima, que l_ImH; pessoa honesta não abj u– ra a sua pr1me1ra crença, não advertem que col remele ig-nomia a seus avós, e os mesmos apostolas ela pretendida refor– ma; pois que uns e antros mudaram de reli g ião. os erro mais difficeis d'abjurar são os erros lucrativos. Abnegaçao . POR UM PADRE DE i\lINAS . - São tão estupidos s atheos que di– zem não comprehender a gloria do Crca– dor narrada pela terra e pelo mar, pelo céo e pelos a tros, pelas lin!:{uas do Glo– bo e pelas artes ; pelas sciencias e pela litteratu ra ; pelas leis o pelas •}rnrmonias da creaçã.o; pela razão o pela conscicn cia publica, pelas religiões da terra e polo Christia.nismo. - As ma.ximas do mundo são eng·ana– dores pha.róes, l[UC O!> piratas do mar tempestuoso ela vida acend em, para des– viar as almas do porto seguro da eterna salvação. - A agonia é 0 crepusculo da Eterni– dade.. - O verdadeiro sa.bio é um li\lro vivo . e precioso ; e o sêllo de ouro, que o res– guarda, é a modestia~ -As esmolas Christãs dad:-i.s á indigcn~ eia são a.polices de um preço infüüLo nos Céos. -Pallida luz de candieiro peremptorio, a viela humana se apag-a ao simples so– prar dos Anjos dos tumulos. -Quem á auctoridade obd ece, e á lei se submette, a si mesmo e ao amor pro– prio manda. com impcrio e h roismo. ( - A cartiiha dos máos tanto fa li a da bondade infinita do Ocos, que sempre se esquece da eterna. j usLiça . f\ abnegação é uma virtude mui espe– cialmente recommenclada pelo Divino F unrlador do Christianismo . , Quem não crê na Possibilidade da ab– negação não crê no heroísmo da virtu– - A. aposentadoria da vir tude é a gloria da Hernidadc. de. A doraçao. De todos os adoradores de ídolos, não Typ. du EsTRELLA oo N ORT E.

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