Estrela do Norte 1865
Os earueircs. 1.º Mas o homem qu e quer whir na cor– rupção porque outros ca em, será mais sensato do que os carneiros privados de in tellli gencia ? ! Andava um dia no monte um pastor Caros leit ,. s, ten hamo compaixão desta guardando o seu rebanho. A enton-s na louca 111ocidatl e que e perde no lu..co e 1m 7e– ponta de um rochedo , á somb ra d'u m pi- vianlf.ade. - D l1. 1 e- se sacdfiCtir ao mund.,, d nheiro, e adormeceu, e como durante o ' mollesa, os bens queD'º pl'ometteem w, ctei·– somno a cabeça lhe pendia conlinuamen- niclade? to para a direita o par a a esq uerda o car- n ei ro que pastava mai s p rto clelle julgou qu e o pastor o desafiava, e quiz empe~h~r u ma l ucta com elle. Tomou uma pos1çao ameaçadora, r ecu ou depois algun pas- Em uma lin rla tar d v r ão, qu ando sos, o atirou-se sobre o pnstor, dando-lho I os campo, es lii o tnpe tados de verdura e 11ma f uriosa marrada. O pastor, irri ta- ,· de flores, g 11 ar tlava :is suas ovelhas um <líssimo por se ver despertad o tão desa- , rapaz por 11ome Wc ndr lui. E ta va ao pé b ri<larnente d'um somn o deli cioso, levA.n - de um pil ritciro todo flori do. 1 as f ições tou-se, cheio de cholera 2 agarr?u o car- , lia-se- lh e uma profunda magoa •á .ma– neiro com ambas as rn aos e a tJJ'ou com ; lh:.1.n ça el e Jous fi o, d' perolas corrrnm– elle par a longe ~e si. o animal .a~s1;1-stado / lh~ por suas c·oradns faces · bunu antcs la– qulz fugir e cahm em um pl'cc1p1cw. Os I gr1mas. carnei ros que eram cem , saltaram todos o pequ eno Antoni o, filho o matteiro, a.traz do carneiro que tinha cahiào no voltnva no:, te momen to do bosqu e, e log-o pr ecipício, e qu ebraram a cabeça contra deu pela preor eupação do jornn pastor. o rochedo. o pastor vendo isto arrancou - Que tens tn , meu amig'o, perg untou- s cabellos n a maior desesperação, e gri- lhe elle? Porqu e choras tu desse modo? tou : - Ah ! r espon d0u o pas tor, escondeu-se -Oh! meu Deos, o que eu fiz po1: ter nes tepilritciro u m horrendo sapo. escutado a cbolera I E que aspero Cilst1go ! - Que toli ce ! então uma: semelhante O homem que se deixa vencei· 11m· was pai- ba o-a tclla faz- t o chorar assim I exclamou .xaés impae-se ti si 1Jroprio uma dor amal'ga ! 1 Anton io .-\-'Ven delui , cu ju lgava-te mais 2 º rasoaYel. · . - Ouvi-me, continuou o pastor, vereis Este desgraçado aconteclme:oto foi logo qu e d r efle xão que acabo de fazrr ares- sabido por todos aqu ellcs arr edor es. 1 peito des te hor rivel ani n,al à de natureza um pastor devoto e homem muito pru- : a affli g-ir- me. Tl' nho olliado para este re– dento e leal, tinh a a lguns filhos, r apazes puf,?:nante reptil, t ão detestado dos bo- 0 r aparigas. Um _dia pediram e_llcs a seu , mens , qne r arrnsta com difficuldado por pai licen ça para_ ire~ a um ba1~e que se en tre as fl or es, que chafurda na lama, ctava na povoaçao v1srnha; o pai respun- : sem ter a menor idéa do Creador , ao Qual dou -ll1es : . _ , 1 todo o ser deYe a sua existencia, e fiz co- - Meus ~~os, do b~1le n ao V?s. pode , migo esta reflexão : vir bem alg\ rn: até a~m tendes v1':'1clo no 1 -o homem t em o corpo direíto, Ievan– bern, conformando- \ os com os piedosos tado · tem fei ções nobres • c·1minba com usos do campo, 0nd0 s escapado á cor- li berdade, pód·e pensar no 'cé~ e na terra ru pção que lav nas. gra_i~dos terras, o r cgosi,iar-s, com todas as maravi lha a; r licipaodo desses prnze1es tumultua- ! natu rezn ; conll ece O seu divino creadpr ffos correreis risco. de vos perderdes. t?clas ae. sen saç_ões de sua alma i,Jnmor~ os filhos r esp~nd~ram :_ tal, .. E todavia tenho cu g.ito comigo : _ os outros la vao e n ao lhes succede I o homem , no goso destas immcnsas van- mal a lgum. . , tagens , dest s ~n{l,aléulaYeis b cn efi cios, _ E' verdade, i_:_ephcou? prudente pás- , dotad o de 1;1ma mtelligencia que O collo– tor, muitos lá_ vao e ~a_cr1ficam a saudo, I ca t anto a~1ma des to i:oj cnt? bicho, 0 ho– Yida, honra t3 rnnocep.crn. . mem, r epito! r _ nsara muitas vezes eín QWll'.eis i mitar: es?es que se perdem_? 1 s,n_a nobr~ origem, e no fim par a qí.1e foi flêde, portanto, ma.is . pr~dente~. que os creado? Agradecerá elle a Deos do uni- rom eiros que vós g uardais ; sabe1s ~ul- ver~o ? , . . . . to bem que quando um delles cah e num Nao sera elle Jahlá1s 1ngf ato para coÍn abysmo todo o rebanho vai atraz de!lo, e elle? por isso chaúiais-lhe acertadamente est u- ~~t~s 8evotas e sensatas reflexões cbm- p idos animl!.es. mover am ptofundamente ó pequeno An-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0