Estrela do Norte 1865

sso o que se pa sou neste momento é im– possível exprimir-se. A princeza não se pode ter, e suas lag rimas se misturaram com as da piedo a familia, que estava precipitada de joelhos, e que es tendia eus braços para a augusta bernfeitora. Depois de ter feito com a mão uru ge to gracioso, apre sou-se á subir em sua sege, afim de deixar um li vre c11r o aos enleios de sen– sibilidade e de re,~onhccimento que ella acabava de provocar. ·o dia seguinte os domesticas do cas– tello vieram procurar a 1einrad, e proce– der a mudança da ca a, o que foi logo eum prido . Os desgravados es tavam pou– co a pouco despojados do que ULna longa economia pôue r ealisar. Per::nittiu -se-lhes tomar sómente os ohjectos que elles ti– nham , visto que a casa que iam habitar estava convenientemente mobilhada. Logo qu e elles chegaram, Matlúldr os esperFiva n 'um sotão. Lsabel se precipitou em seu pescoço exclamando : - Oh ! l\Jathilde I fost~s tu quem nos salvastes. O no vo superintendente soube tornar– se em todos os ponto dig no da estima e alta benevolr ncia da soberana. Sua fami– lia e a do escri vão fiz eram uma só. 1a– thilde e Isabel , que sentiram todos os dias se apertar os laços de sua viva amisade, tornaram-se duas moças perfeitas ; seus excellente corações foram dirig idos por uma fina edu cação e por princípios de re– ligião e virtude, que seu s pais e a prince– za davam o exemplo. Esta ultima cum– priu exactamente sua promessa : ella en– cheu seus protegidos de benefi cias; lhr.s testemunhou sempre uma a!Jeição sem limites, e mostrou-se até o fim de seus dias a doce pro viden cia dos habitantes de 5ainengen. Trad. por HYGINO A. e. AMANAJÁS. seminario, 2:1 de Outub:-o de i865. Um 111iJagre. Em uma épocha cm que como a nossa tão dura guerra se move contra a Igreja e a religião catholica, é de manifesta utili– dade fallar sempre das obras de Deos, con– fiar seguramente nelle, e publicar em alta voz as manifestações de seu poder infini– to. Tendo esse poder de seu lado, não teern os filhos da Igreja que temer dos inimi– gos do seculo, e escudados nelle devemos todos combater sem descanço pela Igre,ia de Jesu s Chris to, que se out r'ora pôde cli . zerá La.zaro, cujo estado de pu trefacão e;.·a eviden te, jam fretet : 'ahe para fóra, e ao paralf tico : 1'manta-te, carrega a tua cama, e vui parn casa, tambem ainda hoj e pode sarar o corarão de seu inimi"''.>S, allumi– ar-lh es o esp írito, e con vert() l-ns, fazendo dell es enth usiasticos defensores do seu poder. Combatamos, pois, e devemos princi– palmente fazel-o pela oração, a cujo poder n ão r esiste nem o proprio 0eos, que mui– tas vezes se r ende ás supp licas da misera cre:i.tura humana. Se orarmos ~orno con– vóm, o triumpho da l"'re,ia sera infallivel, ainda que a elle se opponham todas as po– tes tades da terra. Foi pelo in vencivel pod er da oração que urna senhora de nome Anna Cler y, em :\letz, cidade da França, triumphou ha pouco de uma incuravel molestia, que por muitos annos a teve pregada em uma ca– ma. E' a historia des5a cu ra milagrosa que queremos referir aos nossos lei tores, tal c1ual ella se achava em varios jornacs, e entre elles no Monde, jornal catholico e dos mais autorisados da França. « A Sr.• A nna Cler y, filha do procura - dor geral do triliunal imperial de A.rgól, foi atacada na idade de quatro annos de uma paralysia originaria da medulla es– pinhal, e de tão terri veis effeitos que, de– pois de ter sido combatida por toda sorte de remedios , reduziu-a em :1 8115, na idade de onze annos, a conservar-se con stante– mente na cama. E' publico e notorio em Metz, que du– rante estes ultimas nove annos esteve a paciente completamente p araly Lica, ex– ceptuando os braços, e em um estado de magreza e debilidade extremas, deitada sempre de costas , victima de violentas enxaquecas de !lous em dous dias, tendo a cabeça constantemente apoiada em uma almofada , sem poder estirar jamais as pernas, que já n ão tinham carne, sem po– der digerir alimento solido, e sus tentan– do-se apenas com um pouco de b ebida r e- frigerante. . Depois de cinco annos de assistencia, o Dr. Waren tinha r enunciado a toda espe– rança de cural-a. Os primeiros medicas de Paris e de Strasburgo t inham t ambem por incura vel a Sr.• Anna Clery. A enferma se conservava pela viveza de sua fé . Commungava todas as semanas ; e todos os instantes que a debilidade de sua vista e de suas forças permittiam-lhe dedicar-se ao trabalho, consagrava-os a fazer pannos de altar ou outros ornamen– tos de igreja, que bordava levantando as mãos á altura de seu s olhos, e Rpoiando– as sobre es tes. _____ J

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