Estrela do Norte 1865
• .. car:::;;;r:::::::a::n::rz:;rp 511S U i\ t WZU ,& --W &S es ta jornn ó tão j ovial, tão viva que, não ob tan te minlrn tos e quasi constante, me j ulguei ainrla moça como ella ; temos pl'o– -c urndo ai nda descobrir ninhos, não para pegar os fllh o , crede- o bem! mas pa ra nos dar prazr r em ouvindo canta r. Eu estava tão de n Ion tada e tão dei) il que foi prcci o a sen tal'- me ao pé d'urna ar– vore. Noem ia fi ou ainda mui to tempo andanrlo. Depois, quando a vi de longe vir para mim com a r ri sonho , a figura calma, e olhando com religiosa attenção uma florsinha que Li nha colhido pa ra mim e qu e me traz ia, eu notei pela pri– meira vez sua angelica formos ura. Elia é alta, loura, tl' um ar encan tador; tem so– bretudo g rande a ttracti vo, o de sua pudi– ca e timüla candu ra. Emfim, meu ami– go, coml)arando minha mo~idade á s ua, comprehendi b~~ que havia ent1·e n9s uma singular d11lerença. Eu , ".es t':1 , n.ao vivirei mu ito ; ella ao contrano fo1 fei ta para desabroxar-se e durar. E_ntão pen– sei n o teu fu turo . Compreh end1 que Noe– mi a seri a um dia tua companheir!l ; que olla herdaria de minha affeição para ti e qu e, mor ta ou vi va, eu fi caria em paz se te visse feliz ! porque elle tinha tomad o a! n- umas forças ea esperança continu:1s:1. Lmb ral-o; mas estava ainda mui to ma"'ro, e eu coração se fechava uian to da imagem de uma dôr que deix&va traço tão profun dos . De r13pente uma brilhan te eq uipagem dirigiu-se para ~Iasttettcn; a admira ão d Mci nr:td fo i gran de quando el le Yiu rr se– ~e ent:am inhar-. e par.t sua 111 :irar a! Urnn. mulher, magestosa pelo aspc to, pela cl c– cadeza de su as maneiras e pela di tincção de seus traços, desceu com athilde, qu o parec ia rod eada de fe li cidade. O pobre Meinra.d, reconhecendo sua soberana , lan– çou-se por terra , mas es ta apre sou-se em dizer-lho com doçura : - Leva ntai- vos, meu caro i\Jeinrad; cu venho annunciar-vos uma boa o feliz no– va. Fizeram-vos uma indigna inju stiça ; eu quero qqe o reparo seja brilhan te : eis porque eu vim dizer-vos que vo sa inno– cencia es tá r econhecida. Muitas vezes, antes da desgraça que vos arrebatou , eu ou vi fallal' de vos a probi– dade; eu sabia que vós não tira.riais um só ra rr,o que não vos pertences e. A accu– sação levantada con tra vós pareceu-me ex traordinaria. Graças a esta encan tadora menina, que eu quiz conduzir boje, afim de que ella gose de sua obra : g raças a el– la, digo, eu fui enformada do peso debai– xo do qual gemieis. Só depois de longas e minu ciosas pesquizas pu de descobrir to– dos os incidentes des te tenebroso nego– cio. « Que queres tu ? eu não te julgo aind a frade ; não porque t i vesse medo. Mas não me engano sobre teu es tado; um casa– men to chri stão dá mais no teu gos to do qu e a vocação re1ig•iosa. E depois, crê~e– me o desgosto n ão é sempre o ver dadeiro cadiinho do sanctuari o : os mundanos as– sim pensam, eu o sei ; mas ~lles se enga– n am. o amor dá a oeos mais esposas do qu e o a rrepen dimen to ou a dôr. "Emfl m, caro amigo, que Oeos te acom– panhe ! que te cond uza sobr~ tudo para j un to ele mim . Eu tenh o, mais que nu n– ca o dese jo e q uasi a n ecessidade de te vci·. Sou sempr e tua p equena Cecilia . » ( Contiuúa. ) JV.ln ,~laiBde e ][zn,bel. ( Cont inuação. ) IV A INNOCENCIA R ECMPENSADA. Meinrad, acrescentou ella com um tom firm e, eu sei qu e vossa lidelidade á meu serviço foi qu e a ttrahiu sobre vós a rai– va de vossos iuimigos. Vós so ffres tes, mas eu vos fo rçarei para esqu ecerdes vos as dores. O inspec tor das florestas e o super– intenden te dos bosques foram os que pro– cu raram perderrn . Afiru de que Ma tbil– de não tenha a cens ura r a de graça d'a– qu elles a qu em ella descubriu a as tu cia, eu os affastei d'aqui , mas sem lhes inflin– g ir o cas tigo que merecem. Eu vos confio, d~sde h oje, a uperintendencia dos bos– ques. Além da paga pe rtencente a este emprego, vós rRce bereis annualmente du– zen tos fl orins ; eu vos remetto o importe de dezoito mczes que per destes depois da vossa destituição, e tresen tos florin s para r epa ro da inj ustiça que vos fo i feita. Qui nze dias depois dos aco?tecime;1t~s que acabamos de con tar, 11101 nrad es.ava assentado diante da sua cabana . O ~on– valescente quiz aproveitar-se dos pall!dos raios d' um sol do ou tomno para aqu ecer seu corpo enfraquecido p ela tristeza e pela doença. A sauclo lhe vi nha lentamen te, AmR.nbã, vireis habitar vos a n ova ca • sa, e o med ico ela minha casa es tá encar– regado de pro tar-vos todos os cuidados que vosso es tado ex ige. Duas moças re– ceber ão de mim tudo o que se pode ~spo– rar de uma mãi affe'.l tu osa. ·lathilde e sua unica amiga, a vossa Isabel serão olha– dii como mi nhas filhas .
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