Estrela do Norte 1865

r segue á mor'e é S"m app 1lação ... u 1'ão tenho te:npo de f: z r as mi nhas oraçõe , diziar,.1 0 nús tamb ·m. . ·1,J tenho tempo p:ira ir confes,-ar- me. ão me atrevo a a11;ia!'Ccer á san t.i me~a dian te de toda a .:!t:nte.,, \liseraveis men tiras que nos te– rii.o per,lido. Vús qu? ltml~s e tas linhas, leitor, meu caro am.g-o, nao espereis, acreditai - me. não espereis p: i.ra mu<l ,1r de vi<l u, iara voltar a Deos, e aiirar.ur a vida rhr1 stã : aproveitai o tempo, t~'i ·pz bem curto, que vos seí_)ara do vo3 o Julrrarnento. Pr-ena– rai-vos pela pratica fervoro-a da oracfio pela frequencia d-1 :,acri!mentos pcl~ s:rnctificação dos dom l n;.o ·, pelo zelo em procurar sempre o cumpr·irnento da roo – tade de DJos ; preparai, repito, o meio fa– cil ,~e ter<les uma senténça fa vora vel, e p~a1 ao nosso bom Dcos, para que nem vos, nem eu. nem nenhum dos leitores d2:.ta pequeni na folh a tenha de euvir um dia as terri\ ei,; pêl.ir :·as que farão estre– :r_ncce r o mun,Jo: Di'.c.Aítc a me , male<licti, m 1uncm r.ctP1n11m. - R-' tirai-vo~ do mim malditos, ide par:1 o fogo eterno 1 ' ,Estaes certo cfüso ? EnFo quem fez o eco, a t rrn, o sol, as e;;;trd las o h0mem o mundo? ' 1 . 1 :!'z~. e tudo isso a si mesmo? o que cli– rieisrn.s, se alguern, mostrando-vos uma ci~a acre'c,•n tastic.: : r::. tn. casa füz-se a si me ·ma ?1 lliri;,is que H,s rscarncr:i a, q ue era um lc 1 uco. e te1·icrn; mui la razão. Se u rn:L casa s,1 nií rJ pí,de fazer a si mes– ma, mu, to mcno.; o podem cssns maravi– l hosa:, \'.fPatura::. q ue poro,nn o universo, a com,'c:ar 1Jelo no so corpo mais perfeita de to cl as. ' l\J.o ha Deus ! Qn cm vol-o asseo-ura ? Al– g-~1m _lou co que não acredita, pZrquo n ão vrn amJa Peus. JJas por \'cn tura só existe º.1nc.rwrc ·h 11 mos por mf• io dos nosso · sen– !1 r, ? l',n· \ 'P.nt m·,, iá Yislcs ch eirastes ,Lp .!J,,,.,tc n• rH i 1 ·,t nm ~ensfi rnento' llíllº '(IIJ lt j , •)1.• 1 • - l •• L'. e· r, por r1 ue o n iio Yistes n em C 1 1! 11 ··a t·· · • 1 ' '_ · "_s "· < rr e· pot· i.;s·1 que não exist" a 111· n·to t •m · lé -, •. ' . - 1 as, íl ' mpen ··1mentos ? Se- ri:i. aba11 •r- vo · ·t 6· e • • • , • • • ::i mui o a v ;; me ·mo seria d.f',red1ta1 que ereis menoa l ) 1 g n · · .,que 10mem, a - 2cJ::o •t;i~i'\ 1 1u al_g uma ~edra t ! Já vccles ( • 11 r. 0 n i o r~~ ~ dizer : Nao ha Deus, por- tambem pnro es11irilo, que para is o a fez neu á s u,1. imao-em e similhan a. Conta-se qu no seculo passadohqu an – do era da mod a ser ímpio um ornem sagaz j:rn tava um dia com alitirns do pr e– tr ndi(los ph ilo ophos, qu efalla n cl o de Deu s nen-avam a sua. xi s ten ia : ·lle callavn. Acabí!va o relogio de dar hor as , quando lhe perg-u o taram a su a opi n ião. Parares– ponder con ten tou-se de apon ta r pa ra o r elo;i"io rep~tindo estes doí versos cheios de finura e de bom senso : 11 Direi : se mais pen~o menosi mo convenço « Que este relogio ande sem o alguem ter feito. -,;io se sabe o que o amigos lhe resp on- deram , m,1.s seria preciso muito talen to para darem algu ma sahida áquella ob– servação. Em verdade á nossa mesma razão d e nenhu m modD r epugna cr er n a e ,·istencia de um Ente infinito, su perior a t udo, immenso em poder , sriencia e vi rtude, e pojtan to auctor e creador de tod:1s as coi– sas vis íveis, de todas as marav ilhas do u n iverso . E' natn ral que n ós, en tes limi– tados n ão possamos compreh en der cl ara– mente as ob ras do Todo-Poderoso ; m as isso n ão fa z com que n ão possamos t er d a cr eação u ma idéa que se conforme com a razão . O que es ta r ej eita, a rmada. do sim – ples bom senso, é que as coisas m a teriaes, é que espír itos limi tados e d efeitu osos, como é o homem, podessem ser feitos por si mesmos. Cita-se um d ito mu ito pican te de uma dama. a um celebre incredulo d a escola d e Volter ( 011 Voltaire, ch efe dos ímp i os d o seculo pass,1.clo ). Tratar a este , m as deb a l– de , de a con verter para a descr en ça em Deu s. lrrit:vl o pela r esistcn cia que en– con trar a exclamou : u unca eu poderia crer qu e em uma r euniã o de pessoa s t ã o a tiladns, como as prese ntes, só e u não acrerl itasse em Deus. ,, c,Mas csperac, que tenàe~companheiros, lhe disse a dona da casa ; os m e us cav al– los, 0 meu cãosinho e o meu gato t eem t amhem essa h onra ; h a apenas a uifl'e– r en ça de qu e estes pobres animaes t eem a r s perteza de se n ão gabar em disso ! 1 > • Em portug uez chão e corrente ; quereis saber o q ue quer d izer esta grossei ra ex– pressão - Não ha Deus ?-Quer d izer co~ certeza : Eu sou um perverso e ten h o m u 1- – to medo de que exista Deus , is to é, u m Eotr. que ·astigu e os m á us. 1 "' · v1 :unua. nau<; épumespi,•ito-i to é- um eu te que ~ao póifo 6 ''1" pr:, • ·);: ri,1 pelos no SOS sen– tJUIH e. n ·,.-,r "~, e .ue s,'i nos é 'í-Pvelado 1 11s tacnlàf!de da :n~a alma , q n" é 1 Aqui é que bate o ponto. J

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