Estrela do Norte 1865
taro àe leite: mas Lu no des te esta ma– nhã, oxccllente Mnlhilte : a sim o que que- res que adviuhemos? · por muitos annos a um rigoroso traba– lho, entrevia a morte e até desejaYa-a, agora que elle se Linha tornado uma car- 1"ª ~m lugar de um apoio para sua fami– lia. EsLe dia de alegria para todos, elle o - cm du\·icJa é uru dos lindos ramos que co JJ1 esLc pch bem-viucla da rainhn? inLerrompru Bertha. temia antecipadamente porque só não podia partilliar a feli cidad e geral dos favo– res da soberana. Elle t.imberr> por tanto, tinha prestado serviços desempenhando as 1,nns funcções; ellas eram muito modes~ tas na verdade; mas que importa? o ho– mem, o mais inflmo, não tem direito ã estima quando cumpre seu dever no es– tado em que Deos o collocou? Sim, l\lein– rad temera este dia; mas nes te momen– to e!Ic agradece á Providencia e e tá qna– si feliz. Qu em sabe se sua innoccncia não será reconhecida cedo ou tarde? Elle ape– nas ousa crar n'isto; entretanto não re– jeita a possibilidade; o céo vem mostrar– lhe um signal brilhante de sua protecção, Oh ! elle espera, ellc quer esperar. - Mathili.le, u te peço, rootinuou Isa– bel, não nos. deixes cm ince~·teza. Eu sup– pon lio q11c tive tcs um motivo sério para te auz nta1·es de t11a casa bo,i e. , - 'J~ens razão, amiga, di sse a menina. E entao ! cu vos trago uma cousa melhor que um vaso de leite ; vos trago uma bel– la e doei! cabra .... - Uma cabra I exclamou toda a fami– lia só a uma voz. E como ,1athilde já a tinha cleixaclo na cabana, veio neste instante com o seu pre– cioso presente. 1\. admiração e emoção de l\leinrad, de sua mulher e de seus filhos não se podia pintar; m}1s estes sentimrmtos augmen– taram ainda, quando cliegando-se para o leito do rloente depoz-lhfl nas mãos com un arde triumpho mui tas peças de ouro que lhe sobraram, feita a acquisição ela cabra. Meinrad levantou os olhos ao céo edis– se com um inexplicavel reconhec imento : - Oh! meu neos, meu Sal vad or, eu vos bemdigo do fundo de minha alma: Dig– nai-vos recompnnsar esta menina, que nos trouxe a esperança e a vida; recom– pensai-a segundo seus meritos, Senhor. - Eu não tenho merito alg um, meu bom Meinrad, interl'ompeu J\lathilde. Es– tes benefi cios, tão g-randes para vossa fa– milia, vós sabeis qu e meus pais n ão vol-os– pod em dar: sua falta de for tuna se opp~e a is to ; elles vos vem de uma fonte mais ele vada : foi úOS a illustre so berana, a qu em eu pude contar vossa desgraça, qu e vos enviou estes soccorros, e se interessa em vossa triste posição. Foi uma joven e doce menina, que só pela influencia de sua affectuosa alma, de sua ardente caridade, vem operar esta mudança na posição e nos scn ti mentas de um homem, que a. dor teria promptamen– te conduzido ao tumulo. Foi ella que, talvez por sua candura, descobriu uma trama culpavel de qu e uma familia era victima ... Quem poderia não reconhe– cer aqui qual é o poder da virtude? Que irresistível imperio ella exerce! Quem não se regosija de achar a pratica tão fa– cil, e de verificar os tbesouros de conten– tamento e de paz que ella dispensa I Muito tempo ainda Mathilde fi cou com a familia de Meinrad: ella se alegrava ele ser o testemunho de uma felicidade que ella tinha tão vivamente desejado, e quo acabava de confirmar. Emfim, ella reti– rou-se com a alma preoccupada por essa indi sivel consolação que se gosa quando se faz uma boa acção. Achou seus pai preoccupados com o incid ente da manhã. A accu sação que a menina tinha feito con– tra o inspector lhes fazia temer qualquer censura da. princeza ou uma persegui – ção da parte d'um homem cujo caracter vingativo era geralmente temido. - Oh ! Mathilde, acrescentou Isabel, se tu não tivesses vencido a timidez natural para e11treter a princcza co m as nossas dcsgra(;'.as, e11a não teria sido inslrni<la, nem nos teria salvado d 'uma tão grande n ecessid ade . Cara menina! quando os ho– mens tiram á uma pobre familia seu pà<?, tu fraca e tímida, trabalhas por rchab1- má.1-a · tu a impedes de succumbir de mi– seria ..' ... Oh ! 11athilde, o eéo te aben- çoará ! . - Estou muito contente do bem que fi– zeste a .Meinrad, cara Mathilde, disse a rnritati va mulher , mas seria doloroso pa– ra nós termos de responder por teu atre– vimento, e 11ermos puni<los. A' mais de dezoito mezes, nem um ra10 de esperan ça tinha brilhado n'alma de Meinrad. Este homem honrado e ~ccusa– <lo injustamente, senLia muito mais o ~n– commodo dos seus, do que seu~ prop1·10s 1:;offrim entos. As dores morac tmham ar– rn i nado uma sande r olrn stn. Aco. t11 mado - Não temei nada, boa mãi , r espondeu a menina com coo vieção. 1 ada nos acon– t ecerá de novo: eu vi muita henevolencia no olhar da nossa soherana para crer quo ellél; nunca per~ittirá nossa desgraça. No mais, -yós_me d1s estes muitas vezes quo Dccs dispo tud o para oh 'm; eu não pro ,
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