Estrela do Norte 1865

- .4 E!ljTJI li!LL:I. D O ~ORTE, e de sua tia. Attenta á sens nnmf;roso de-p_j os, não parecia d ·sejar ou tr:i coa a scn~o cllc; o que ellc queria, lla tam– bem. Feliz em acompanha-lo, qua ndo cllc manifestava pra zere. , parecia feliz Lam– bem no trabalhn só, e cnti-egava-se n. suas occuvações habitu:w, r1uando ellc queria. percorrer a ca·.'allo os contornos docas– tefü:,. C!1egada a noite, r,•1in iam-se no quar– to da Yelba tia e escutavam as hi torias do tempo passado. '.'11adaine de e rmc ti– nha berr. conhecido e estudado o mundo. Sua conver ação espiritual era cheia dt! traços picantes. Além disso, el!a nada es– quecia; e como, cm sua mocidade se ti – nllam efTectuado os mais graves succes– ~os politicos, ella tinha, quando queria, rom que interessar longo-tempo a c:;obr i– nlia o o sobrinho. Ed gard seguia com um s ympathico in– len:issc, tudo o que lhe contavam de seus pais e avós. Ellc gostava da historia de s ua familia, e Cecilia notava com felici – dade, que a m emoria dos antepassados, avivana em sua casa, descobria. em sua alma sentimentos sempre mais nob res, sempre mais elovactos. O abbade r erraud, vem lambem visi– tar Edgard; elles tractaram de r 0ligião e Jitleratura, e e ~ conversaç-ão foi tão J1crn apreciada por nosso her6c, quG ellc se r:cn– su rou deter completamunle desprezado o comrr.ercio el e nrn homem cuja ins truc– ~fio e capacidade tinha apreciado. Emfim, as tres semanas passadus em Valcscurc foram, para o jovcn mundano, nm tempo de completa e pura felicidade. Elle mesmo spn tia-se melhor, e pergu n ~ ta.va a si mesmo se devia voltar a Paris, onclc nunca experimentava u ma tão pro– funda paz. um ultimo incidente o tinha quasi de– cidido; nomingo na mi ssa da prlldica ou– dt'a r ecitar, entre os nomes dos J,cmfci– tores mortos na paroch ia , os de todos eus parentes. -Eu f:troi como e!lcs, di--s: clle. Qu gloria mais verdadeira posso des::)ja ·? Eu fnrci o bem; me cingirão de nma con– sid('r:1.ção affectuosa durante minha vida, «', depois ela morte, teroi como meu pai, corno minha mãi, uma oração perpetua por:i salvação de minha alma. lX 1nFelizmrntc, nesse ~mesmo domingo elle ach~n . no _correio nma carta e crit~ com prec1p1ta ao, que continha o seguin– -íP: u ~tc11 rarn Erlµ-ar,1, pe1·1lão se eu te tiro da delicias deCapua; mas tenho aqui um negocio ele honra, em que podt:rei perfei– tamente deixar minha viua. i'iecessito de uma te ternunha e esta seja um amigo. E' est.n. quinta-feira de manhã. Eu te es– pero . Apressa-te. -Teu amigo, Al'lhur. - Pari , sexta- f ira, 11aio de 1840. n Em um instante toda a base lia boas resoluções fo i de. tr uida, e na scgu nda-fe i– ra do manhã, Edgard deixava Valescuro sem ter podido dar á ~ua tia ou á sua irmã a explicação de ~na precipitada partida . - Eu voltarei logo, di s e elle á Cecília; conduze- t bem até a minha volta. - /! doos , caro amigo, acleos, respondeu Ceci1ia . ,\té á vi sta, e Duos perrnitta c1u e seja logo! n pois a pobre menina banhou-se em lagrimas e abraçou seu irmão que tam– bcm chorava. A \·iag-cm de Edgard fo i longa e triste. Entre a lembrança. ,le su irmã e a per– spectiva do in feHz ducllo, elle não achava uma idéa consolado ra em qu e pod esse des– cançar seu pen amento . A seu máu grado o futuro parecia ser bem dilferente dopas– sado . Via tantos tormentos e dilacerações, quantos prazeres faceis e de ama.veis rela– ções ontr'ora tinha enco ntrado . Mas em– fim conseguiu governar-se a si me mo e chegando em r aris, na qnarta-feira á t~r~ de, estava qnasi tor natlo á seu estado nor– mal. sua primeira empreza, mesmo antes de cn trar em sua casa , foi irá caEa de Ar– thu r. Ahi achou numerosa e alegre com– panhi:t. Faziam o serão das armas, isto ú que ahi se fum ava, se bebia, se cantava' como para provocar os maus jogos do di~ seguinte. Desde que Eclgarcl abriu a porta , foi um g rito gera l de fc licitar_:ões ! -Eis u rn homem ! diziam n ns; um bom amigo; acrecentavam outros ! - Eu dellc es tava se 6 11ro, mnrmurava este. Todos, cmfim, lhe c1uizeram apertar a mão e faz er-lhe uma saúde. Edgard diri– g iu-se á Arthnr, e este l he disse, com meia pab vra e com tranqnillidade, attrainclo-o cm scn coração : - Obrigado, caro Eclgard, eu te reco– nheço. o nos o flmigo en tre tanto não pôde as– sistir mu ito tempo ã esta serenata, cujos ruídos e attrati vos lh e pareciam um es– candalo. Perg- untou a bora de voltar , pro– metteu á Arthu r de vir buscal-o em uma carruagem, e sahiu para ir descançar. A noite foi penosa. para o senhor Par 11. Desde as cinco horas estava prompto espe– rando a hora de partir. A ·s seis horas des– ceu, levando d uas 1.•spadas e pi~tnlas . Para . ---

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