Estrela do Norte 1865
.t. füíiTREJ,L,1. UO ~Ut\TE. que todo o homem que commettcssc um peccadn, e que qu lie:se ohter uelle o per– dão, rec,orressii ao mir,istPrio de s~us ;i:1- drcs que c~tJo cnc;-.rrc"ados d0julgar essa alma, e cic pronunciar e1:1 nome de DMs, a s,n s~ntenç;i. Logo foi elle, e ~6 Elle, quem ifütit,iio, ordenou e impoz ao mundo a confis!'ã0. Em verdade, de quo servirá ao po.dro de Jesus Christo o·te poder de per<lm,r nu niio perdoa,· os peccados, se ou vesse um outro meio de obter a r 'm is ão dellc ? Que sen– tirl.o te;·iar,1us palavras do Senhor ? Para. que serviria dar as chaves da porta ao guarda se se pode entrar na casa por ou– tro sitio ? Portanto, os christãos são obrigados a confessar suas faltas a setts padre~, se que– rem que Deos lhes perdôc. AconO são é, de direito divino, o caminho do perdiic; quem quer os fins quer tamLcm o meios; qurm ndo empt·cga os meios, nunca con– seguirá cs fins . As5im em todos secu1os se tem os i;hris– tão~1:onfcssado aos padre· . A historia record:1-Ms o nome do con– fcs or de carlos \fa;;-no no seculo nono. Ví!-30 no quarto seculo o g-ranne s. Am– brosio, bispo de !'llilão, dedicado a ouvir as confissões dos penitentes; e o auctor con temporuneo d~ sua Yida accrcscenta : " que elle chorava d(; tal modo pelos pec– cados que lhe cnnf,!ssarnm, '1UC os pccca– doros se viam obrigados a chorar com elle. n Santo Agostinho, na mesma epocha, lança 1•m rosto aos hereges <l' Africa a prc– h:nção, depois wnerada pclns protestan– tes, de não 1-1ucrcrem conf..,sar-sr senão a Deos. « Por consrrp1cnci:,, Pxrlamou el– le, foi inutilmente q .. w o Senhor cntr 'gou as chaves do céo ít I:,;rC'ja? Seria em vão ([UC Etle disse·: « Tudo o qwJ desliuarde. na terra será desligado no réo? Vós zombais do Evangelho I Promcttcis o quo ellc re– cusa! Acham-se ainda no torceiro e seg-undo 5eculo nos li vros dos anti~os dortores mui n0taveis kstcmunhos r:ohl'e a nrces– si,lafje d:1 confls. ~Lo feita ao l.Jadres parn 1:,0 obter o p\:rdão de neo . ,a.. catacumbas te,~m sido clcscubertas mnitas cadeira. rrue por sua forma e po– si1;'io nas c:ipdlas, etc., eram c\'idente– mrntc coufission.i.rio3. es ta passagem dos li \.TOS dos Actos dos Apostolos, se não indica a con.fis ão dos p~ccados? nem vedes pois, caros leitores, que foi o nosso Deos, o n osso Sal ·ador, qu em nos deu a confissao como remedio para os ma– les da nossa alma, como meio de readqui– rir a graça do nosso Pae cele~te. Foi uma invenção de misericordia, do doçura e do ternura.. Mas talvez vós di– gaes qae é uma cousa aborrecida ir con– fessar os peccados. Pois tambem não se vos diz quo seja uma cousa agradavel. i\:em sempre é divertido tudo o que é bom e n til. N[o ó divertido tomar reme– rli os quando se está doente ; e todavia to– mam oi-os para nos cur, rmos. Não é cli– verliclo trabalhar desde p ln. manhã até á noite, para ganharmos a vida e prover– mos a sustentação de nossas familias, para fazermos algumas economias, para ter– mos que comer quando n ão pudermos trabalhar. Mas é util, mas é necessario; e trabalhamos ainda mesmo que o trabalho seja duro, desagradavel e penoso. Assim acontece com a con(L;são; é um remed ia nc~ossario. Não é para me diver– tir que cu me confesso, é para me curar, é para me preservar. Tende portan to mais energia, leitores . Não vos deixeis vencer pela grande doen– ça do nosso seculo, que é o enfraquecimen– to da estima d ooEVER. O DEVER, esta grande e snblime palavra já nada significa para muitas almas . Não compr ehendem se– nã,1 O PRAZER. Acautelai-vos de!lsa fraqueza deplorave1, e lembrae-vos do julgamento de Deos l Emflm, no prnprio li \!'o cks :\ctos dos Ar,o--t11los veem-se os pap-iios covrrt:clos de Epl!ezr,, rlc,rcis_á yoz do Apo~tolo ~- !'nnlo, " vir cm multidao pMu 1·0r.t,~sar suas rio– r-ae.~. n «Jmt~ eousa «.e.aue uã.o f'a:.z i•ir• Todos nós desejamos com avidez conhe– cer o futuro. E' deste sen timen to intimo que veio o rletcstavel abuso dos feiticeiros, dos que l eem a buena-'c!icba, e outros charlatães deste genero, que escarnecem dos pap:i.lvos que os consultam , tomam– lhes o dinheiro, e não lhes dizem o que ellcs quereriam saber, pela razão mu ito slmplFs de que elles sabem tan to como atfUCllt:>s que os consultam . só Deos conhe– ce ,1 ft turo; o que lia de ser está presente ao Seu conhecimento iutinito como o que rore o que é; e se nós sabem~ ;rlgumn da~ cousas f11 luras de urna maneira certa, e unlcnmente porque Deos se dignou ins– truir-nos antecipadamente. 01.-i; quiz Nosso Senhor fazer-nos conhJ· ccr a1gumas destas cousas futuras, nao p0r rontcn1ar a nof'Aa vfi curiosidade, mas · t)uo e o qnc se cr>nfessa seniio ac~õ,.,s <' 1 tlpn wi-: 0u peccarlos? E o rrno signiflra
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