Estrela do Norte 1865
l- sonto para mim . Eis-me só, cm um silcn- 1 ortc de idolatria, me tinha abraçado á cio aLsol uto depo i de ·e momento de dí- / imagens de minhas paiXÕ<}S. Quebrei as vcrtimcnto artisLico, ao qnal cu me cn- ' estatuas indecentes, rompi os ornato que trc.a-ara, era im_possivcl dormi r; _abro aja- 1 resp iravarn o vicio; e, como para purificar ne)lac m apeno p,~ra olhar apa1zagem . A/ a atmosphera corruplacm que vivia mais no1l~ estava mai:rn1fica : nem uma nu,· ~n que dep ressa comprei aquelle crudfixo cobria o cfo, cuJa côr um pouco sornbrm que ali vedes. o dia se,,.u inte estava no dei.:~'::1 distingu ir cntz:clan~o ainda a ]117. T.o_uvre contemplando ~ste Chri'tu, par,t e o ,1z11!, A lua cm 1 che10 brilhava doce e mim syrnbolo de minha nova vida. Voll tz:anq~ullamente. _Nenl111m r uido distra- morrer, es tou morto para o mundo. . las, J_na mi_nh_'..1 attença~ desta belh sc~na; pa- g_raças á Deos, ou não quero nem renun- 10c_eu enta? q ue mmha alma mais tran- c1ar a arte, nem extinguir em mim a ver– c~uilla, ma1~ sen)10ra de si mesma, pedia dadeira charnma elo amor do bello. Quan– ta~bcm o s1lenc10 da paz. Vem-me alem- do a pouco entrastes, eu med itava obre br,rnça de Deos ; e, com os olhos fixos para o mysterio dçs te dia, o sepulcro ele Chris– o firmamento., ~nde _n'.'1-tu_ralmentc procu- to! !Oh! como o christianismo é divino, ra~os os vest1g10_s v1stve1s t1o Crea~or no pois que tem tão hem representadas de ~010 de su'.1s ma10_res obras, tentei orar. antemão todas as phases de nossa vida na Nao pude dizer J?]a!S que ~sta duas pala- pessoa unica do Salvador ! ! vras : H Nos o Pm que estais nos céos » mas estas palavras tiveram para mim um sen– t ido que eu nunca pen ara! Pelas duas horas fechei a janella e quiz procurar o somno. i\1achinalmente peguei um livro que estava nél bibliotheca todo empoado e experimentei se adormecia lendo-o. Eu tinha lançado a mão sobre H a santidade e os deveres da vida monastica >> do abbade de Rancê. Abri em um bello ca– pitulo, onde, tratando dos estudos dos fra– _dcs, falla cm tão nobres termos da curio– sidade instincti va do espirita humano o do cuidado que é preciso ter, quando se é _penitente por profissão e por voto, de se desviar de toda leitura vã ou inutil. Li duas ou tres paginas; a forma me admi– rava menos que o assumpto, inteiramen– te novo para mim e cuja austera grande– za me penetrava de um~ ad~iração invo– luntaria. Comprehcnd1 entao a bella ef– fi gie do reformador da Trappc, por Ri– g1,rnd, que sempre me lisongeava contra minha vontade, quando eu encontra– va a gravura. Fech ei o li vro e apaguei a vela · mas até em minha mente a imagem sant~ do frade com o coração valente e forLe, me persdgu ia. . ( Continua .) JFa'bioln. OU A IGREJA DAS CATACUMBAS. PELO CARDEAL WISEllAN, Parte P rimeira PAZ I - A CASA CHRISTA. Em uma tarde do mez de Setembro do anno da graç-a 302 convidamos o leitor a acompanhar-nos pelas ruas de noma. o sol quasi a deixar o hori son te denama na terra seus ultimas raios : o céo está puro , e o calor do dia tem diminuido de tal mo– do, que os habitantes sahinclo do suas ca– sas dirigem-se, uns para os jardins de Go– zar, outros para os de Sallustio, afim de dar o seu passeio da tarde e saber as novi– dades do clia. Era assim : sentado sobro sua cadeira de palha, defronte do seu cada ver vestido de branco, seg un do o costume de sua ~r– elem · seu olhar altivo, sereno pela hum1l– dade1 se fitava sobre mim e parecia me inte/rogar. Finalmente adormeci; mas despertando roeu primeiro pensamen~o foi ain da pa!-a minha visã9 da noite. Qu~z t ornar a ler o caso se me tmha comrnov1- do: aprofu n dei-me ainda mais~ comprc– henrH <•mfirn que era preciso sah1_r do_ver– gonhoso estado cm que até c~ t ao trnha viviuo. Tomei o pretexto de de1xa~ a com– panhia e voUei aqui. Minha officma hor– rorisou-me. Vi claramente que, por uma .\las o quarteirão ela cidade para o qual qu eremos conduzir o benevolo leitor é o conhecido pelo nome de !arte. Compre– h endia n cs a epocha a planície de allu– v1oes que está situada entre o Til>ri e as se te colinas de Roma antiga. Dr.sele o fim do período republicano que este es paço, outr'ora destinado aos exercí– cios athleticos ou militare do povo come– ç-ava já a ser invad ido l)Ol' algu o diflcios publitos. Pomp/\o lernntára ahi seu füea– Lro; pou co tempo dcpoi Agrippa cons– truia o Pantheon e os banhos qu e se lhe avisinham. Pouco a pou o tambem co– bria- e es te terr no da habitações parti- t~l~res, em quan_to que as collina , quar– tc1roes ar1stocrat1cos da cidade sob o im-
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