Estrela do Norte 1865

~ se wmr..»Wrww e las por todos os mosteiros, que eram am mui numerosos. Em um destes dirigimm-seã um sanclo abbade, o mesmo que adm i llíu cus filhos, e qu e, subitamente inspirado dcfe pirito prophctico, os nomeou por seus proprios norn ü , e lhe disso : - Xenofonte e ~laria, ide com conflança acabar as YOSSfü, visi– tas. o depois tornai. Espero na hondnrln de llt~os que vos darã al g-uma noticia con– cerncn te aos vossos caros filhos . » X .no- de fazer Iodas as indagações. n11da pôde sabei' acerca d'elle . l'or conseguinte tor- 11011 por diff rente caminho. O acaso, ou antes a rrol'iclcn r ia, o co ntluziu á uma estalagem, onde encontrou um dos cria– uos que haviam acompanhado os dous i rmiios cm sua Yi agcm, qu e o inf0rmou da dcsgra ç·a do naufl'agio. OpfJrimido de clõr, h esitou por alg·um tempo se d1wia tornar para seu, amo:;, e julgou Lodavia do seu dcrnr ob"decür ás suas 01·dens; voltou com a tri~tcza. pintada n-l sem– blante. i\ 11Jãi, irnpacit.: ntc de ouvir algu– ma cousa ací' rca de seus filh os, 'i11terro– g0u-o logo. O c1•i;-idn a pri ncipio sõ res– pondeu com sol11yos e lagl'imas. « Ah ! senhom, que \'OS pos~o 0 11 di1,cr. Vossos filhos naufragarnm, e perderam-se no mar. u 1-'Õdc-sn fac ilmente imag inar quan– to estas palanas feri:'.1m o co ração da af– flicta rnãi; com t1 1cl o, como era Yerda– cJ eiramente piedosa, prostrou-se p erante oeos, dizendo como o sau clo Joh: << Deos rn ·os deu, Deos os tir,rn; bemdicto seja o seu sa ncto nome. " fonte e ~laria espantaram-se grandemente de on vir nomeal-os pelo.:; seu s proprios nome , e con olaram- e admiravelmente com.ª esperança qu e lhel, deu o aubade ; final1 saram as suas excursões aos oi..lros mo~~"iros e voltaram então com aJcrrria. e ard or ao seu amigo novamente adquiri– do , o sancto abbadc que os recebeu com mei;ra cordialidade, o lhes disse : - Eu vos peço, por vossa caridade para com– nost:o, condescendais com os meus dese– jos r· ::1 dar um jantará minha communi– dar1 tJ ; tenho dous dos m t'US religiosos que es tão cxhaustos por um longo jejum, e tem necessidade de algum refresco.» An– tes da comida o abbad1' renovou o conhc– cimc:1to dos dous irmãos; não ha pala– vras crue possam exprimir os transportes de alegria por este feliz encontro e mutuas r ecordações. O sancto abbade disse-lhes então: « Te– remos hoje em nosso jantar dous respei– taveis peregrinos; recommondo-vos a am– bos com todo o empenho a maior resena e mod es tia. de comportamento, para que não tenham motivo de reparo; e quaes- 11uer que possam ser os Yossos sentimen- Xenofonte estaYa nesta occa ião na cór– te do imperador ; ell a despachou-lhe um mensageiro, pedindo-lhe que voltasse coro toda a brevLladr. Temi a que um pc– zar subito não o oppr imissc, e fallou-lhc da m aneira seg uinte : « Meu querido espo– so, adoremos os dcsignios de Oeos ; fomos prí vados de no5sos filhos: c!Ies naufraga– ram.» Não pôde diw r ma is, a dôr tomou– lhe a falla. Xenofonte ficou fulminado á estas p:ilavras c)e sua mulher; in vocan~o poróm immediatamentc todos os senti– mentos de r el ig ião cm seu soccorro, disse : " Seja Deos louvado por todas as cousas! nes·ign emo-nos com a sua adoravel von– tade : Ellc n ão se esq uecerá de n ós em nos– sa velhice; empreg uemos esta noito na oração, supplicando ao P11i das miseri– cordias nos faça conhecer se os nossoi fi– lhos pereceram ou se foram prescrvad?s por alguma disposição da. Divina r ron– clencia. u Xe nofon te e Maria Ic r aram por conseg uinte teda a noite a orar ató qu~, oppressos de somno, pareceu a ambos ver seus dous filh os vivos em Jcrn salem , co– rôudos de g loria, di ante de Jesus Christo; tos , eu vos prohibo strictamente mani– festal-os; tenho minhas razões para esta injuncção especial. ,, No entretanto ,_; peregrinos mandaram que se preparasse u m banqu ete apropriado áquella occasião. Pozcram-sc á mesa ; as g1;andes austeri– dades que os ,iornns r eligioso haviam prnticado tinham alterado tanto os seus semblantes qne set1s pais não os pod cenm reconhecer. Fit:aram com tudo muito edi– ficados elo modo de portai·- e d' lles, e du– rante o jantar Xenofonte disse ao abbade: <e .Padre, des tes- nos motiYo de esperar que r eceberíamos alg umas noti cias dos nos– sos filho s ; tende a bondad e de dar-no es ta consolação. Ah ! quão felizes seriam, se particip.=tssem da mesma sorte de tes dous r eligiosos que e tào presentes, cuja mod estia, piedade e edificante comporta– mento, são um justo moti vo de nossa ad– miração.,, e tendo communicado um ao outro o so– nho que tiveram, r esolveram-se a ir visi– tar a terra san eta, na espe-ran ça de r ~ceber alguma n ova ácerca de seus caros filb.os. Tendo, por conseg uinte, !om~do co~1s1i:;-o uma grande somma de clrnhfü ro para d1:i– tribuir em esmolas pozeram-se á cam i– nho, e e 1egaram felizmente a JeruJale!l~; o depeis de satisfazerem su a devoçao v1si– ta ndo os Jogares sanctos, foram para as margens do Jordão dis trib ui r suas esmo- o abbade di se a Arcadio que relatasse as principaes circu mstancias do sua vida; clle obedeceu e assim principiou: u_'a s ·i

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