Estrela do Norte 1865
embaraçar o impeto, i:rri La-rns pelo con– trario : A'vante ! A lg-ro,ia faz muito mais, do que acc itar a lei do prog-esso esta– tuc-a, proclnma-!hc as regras e n6s com el la. Quanto porém a estas form ulas peri– gosas, que encobrem edeixam passar tudo no mundo , o bem e o mal, e verdad e e o orl'o, a luz e as trerns, o progresso e a de– cadencia, essas rcj citamol-as. Chega-nos tambem a vez el e não que– rermos ser enganados, nem cnruplices de ning ucm · e se emfirn c11mnre fallar claro, se me é permittida menôs carida– de, que ao Papa, e nomear pessoas, que aliás não deixam de nos dizer sett nome, n ão é por yentura eYidenLe, como de– monstrei cm minha -AcbJCl'fencia á moci– dade eaospais ele familia, que 11am o~ prin– cipaes cscripLores da Revisw elos do11 11íun– dos e de ou f'ras folhas, o progresso, o pro– gresso supremo 6 a negaçüo do sobrena– t ural, a negação de Deos? a fé em Jesu s Ghristo arrancada ao porn? Para ou r-ros o progresso é a igreja ca– tholi ca, m udanclo o seu symbolo, sacrifi– cando os seus dogmas ,hoje a inspiração tlos li vr os sanctos, amanliã a auctori<la– de do11 Lrinal, depois de amanhã a divin– daclo el e seu fund ador ; isto cm homena– gem do que ?e cha_ma id_éas novas e eman– cipação ela rnt<'lligcnc1a humana ! Ou a fg reja modifi cará os sous clo~mas ou I!e– recerá: eis o progresso ! E vrnd es pedi r– nos ingen11amen,te que o adoptem?s ! Para outra escola, progresso é simples– mente O JJern estar sobre a terra e o al– tmi ·mo, corno lhe olles chamam, com ex– clu são das preoc1!pações. egoistas da, salva– ção eterna, que so en v1lcc~ rn as abias : o o paraiw, dizem ellcs , nao nos fica para traz está adiante de nós. Ei~ ahi o prog r sso que intima:es ao Papa e aos Bispos, afil'."l _ele que haJa~ de se r econciliar o trans1gll' com elle I Pois bem, a nossa resoluçãoimmu ta vcl, a nossa _k~m– ra eterna será ele nunca nos roco~c1har, ele não tr ansi gir nunca com tudo isso. Quanto a.os que fallando elo progr ess0 , de liberal ismo , de cívilisação modcrn_a, entendem, o 11u~ ~hi ba do .lJOO?, ut1l, acceitavel e chnstao, o J>apa reJoita-lhes a intimação de se r econ ciliar com c~s~s cou sas : n este sentido a vossa propos1çao é um ultrage. . . . E se qu er eis um exemplo s1gn1ficati vo, que um elos jornalistas, que são uns F~r– rabrazes con tra o Papa in tim e amanh_a_o governo imperial, para que_ se ! econ cl11e com a liberdade e com a Justiça: p en – sará elle que esse governo não condorn– nará a sua proposição'? lia de soffrer uma. adrnr_tencia, suspensão, ou talvez sup– p_ressao. A censura papal não tem tão ngorosas con sequencias matcriaos. Tal– vez que _seja por isso que tantos, medin– do a eqmdade pela bitola do seu inleresse e .9-e sua coragem, tudo conlra o Papa se dao por pcrmittido ! ~eja como fôr, ahi fira esvaecida essa m1seraYe_l phantasmagoria, esse cspanta- 11:~ pu eril de 11ma declarn~ão do irrecon– c!liavel antagonismo, feita JJelo Papa á so– c1edacle moderna. ( f'ontúnia ) 01•n1lor e~tholieo. EXTRACTOS DO DISCURSO PRONUNCIAllO PELO SR. D. ANTONIO APAR!SI Y GUIJAHRO, NA CA– MARA DOS DEPUTADOS H ESPANIIOES, E)I 4 DE JULHO DO COHRE ' TE ANNO. << Senhores deputados.-Pondo-se em dis– cu ssão o projecto de lei sobre a r efo rma eleito ral, en tendo que nos dirigem duas perguntas: Parece- vos bom o proj ecto? O ministcrio insp ira-vos confiança? Pela minha parte ro pondo-,·os; o proj ecto não me parece hom ; o actual ministro, poli– ticamente fallando, não me inspira con– fian ça. u Por isso quero fa1lar, contra a minha natural inclinação e costume, e quero fal– lat· quando apenas posso faze-lo: só Doos sabe como está a minha pobre caber-a. !\las ha oucas iões em que cumpre ao lÍo– mem de bem o de consciencia fazer gran– des esforços Lauto maiores, quando serão os ultimos. « Acho-me hoje no caso de um homem que está em vesperas de fazer uma l~mga viagem , ou uo:ia viagem da qual o não volta, e põe em ordem as cousas cumpro fi elmente os encargos que r eccbc•1 e des– pede-se aflectuosarnente de s us amigos. << Assim estou eu, e assim Lambem es– tais vós, todos e tamos de viagem; não sa– bemos quem rnltará, quem serão os fu– turos habitantes desta casa ; e do tal sor– te andam as cousas e os homens, e com tal rapidez e desa] nt o, que ainda é pos– si vel tenham ele se alargar estas paredes para uma mais numerosa eclamoro are– presentação dos povos. » Depois dessas pala nas, o eloquente ora– dor passa a faUar da· lutas dos partidos, e do estado em quo se acham as cousac; cm seu paiz, de sorte que alli já a reYolut7ão n ão bate sçmiente ás portas, ma se acha no meio de todos, não gritando 011 mur– murando como em outro tempos, mor-
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