Estrela do Norte 1865
s.au t! o pa se de vo ·o bandos rernluciona– rios; o eterno retornello de todos os vo - so discursos os mais aggressivos e ím– pios'! Olbae para a data das allocuçõe , donde o santo Padre extrahi u os vo so er– ros para de novo os condemnar com a ca– ridade dP, não indicar nomes proprio , nem mesmo o de Victor Em manuel ou de Garibald i e vereis que cada uma de uas palavras, bem longe de er uma i nespe– rada pretcnção, é apenas uma allusão aos vosso actos, um obstaculo ás Yossas em– prezas, uma re po ta ás vossa temerida– des. Não inventa cita; nã0 exorbita, re– siste ; não violenta, defende-se. !'ião ; « o Papa não deve reconciliar-se ~ nem transigir com o progres o, com o li– beralismo e wm a ci vilisação moderna, taes como vos apraz entendel-a . » Essas cousas é que devem approximar– :e delle, conformando-5e com a Justiça. ,, A Igreja eleve ser para a sociedade mo– derna, dizia com seu senso tão justo e tão elevado o principe ele Hroglie, o que é para a razão a fé, não o inimigo que a combate, mas a autoridade que a regula. Os principias constitutivos da sociedade moderna devem achar nas verdades da religião, não a contradição que as con– elemne, mas o complemento que as ac.ahe e o freio que as contenha. »· Foi por isso que o Papa fallou . A tão simples distincção, que acabamos de fazer, era tanto mais facil do a.ppli car aqui , quan to o Pa._pa mesmo a t inha. feito assás claramente no ado poontificio, a que o Syllabus se refere. Datada de ·186 -t esta condomnacáo é ti– rada da allocução Jarru.liulnm ccmimus. Ora fi ca, que nnnca imitarei : - Como 6 que o nomano l'on tificc, que lil·a toda sua for– ça do princípios de etcma .i u ti ·a., os po- deria t rahir .... . .. - nella palaxras que recordam aqucllas ou tra de i\l. Herthe no sena.do francez : - que o Papa é no mun– do o principal represcotan to da força mo– ral. » Quereis agora sabor quem ordenou fo - . e traduz ido em italiano o folbeto de .M. ~Iontaleml.Jert? O mesmo Santo Padre. l\fas o que vós quereis 6 impor ao Papa e ã Igreja. a vos as t'ormnla . Poi bem, o Papa o que vos pede é a difinição dellas. Em quanto não forem defi nidas, tem o direito e o dever do assuspeitar. Fallae - nos de progresso, de li berali - mo e de ci \'il isa.ção moderna, como se fo– ramos barbaras e não souberamas u ma. palavra de t udo isto ; mas essas sublimes palavras, que estragues, fomos nós que Yol-as ensinámos, que vos démos o seu sentido e, melhor ainda, a realidade sin– cera. Cada u ma dessas palavras, mau gra– do vosso, tem, conserva ainda e conser– vará sempre um sentido perfeitamen te cbristãa. .. '."~o dia em que esse sentido perecesse nesse pereceria tambcm todo progress~ real , todo liberalismo sincero, toda ver– dadeira civilisação. 1. de Munta:lcmbert, d fendendo nesta mesma época contra o Sr. Cavour e rx– plicando a s na. formula : « a fgTe,in. livre no Estado livre, " armando-se precisamen– te das mesmas palavras do Pontiílcc para estabelecer a distincção, I..JUC faz cahir aqui todos os clamores, dizia. : 11 O Papa já vos havia re _pondi<lo pre– cedentemente nesta al10cu ção, misuavel– mente traduzida em o numer o 8 do 1Jlo– niteur, (J_Ue pu blica o vosso discurso : acei-– tos homens, que lhe rocruerem se reconcilie com o progresso, o lihcralismo e a civili– sação modPrna, r esponde : - Au ma tal ci– úlisaçao ( lwjus modi civil'itn. tis ). á que t em por systema premeditado enfraquecer e tal vei clestru ir ;i,Jgre,ia, romo se pretende que lhe estenda a mão a San ta Sé, mai e r·i·earlum rle toda verdadcim cii; ilisacao ? - O Papa r ecorda a.inda as instituii:'ões libe– raes, 1./llC havia concedido - liberiorem arlministralionem . .• libe, i'o1·es institutiones – c an-e~ecnta, m uma linguag0m magni- Cuidaes, que nos envergonha.mos tles– sas palavras, po1·q ue recusamos aceital– as de vós e de as receber na vossa lingua– gem : não é assim; o Christianismo deco– rou-se cnm o nome de pr ogrcs o, ante pa– gãos e barbaras. Chamo11-se liberdade quando aboliu a escl'avidão, ergueu a mu~ lber, os filhos, os velhos, os pob1·esJe todas as fraq L_iezas humanas conc ul adas pela t yramnia dos fortes. duran te vin te scc u– los; ?omb!"-tcu ~epo1s todos os des potis– mos 1magmav(;1s, e dcl'cnde11 successiva– m~nt~ os povos. co? tra a t yramnia dos prrnc1pes, e ~s pnnc1pes contra a anarchia dos povos . Chamou-se, chama-se a.inda e, se Deos n ão amaldiçoou a Europa ch a~ mar-se-ha se_rnpre a civilisação En~opea. Qual é aqm a _ver dade irrefu tavcl ·? ~· que a gra;ide lei_elo prog resso, ua liber– dade, da c1vill&açuo é o Evangelho . e foi Nosso Senhor mesmo, que deu ao mu'nét o 0 idéal mais clerndo, mais puro , mais vasto destas _tr('s cousas, em su as mais nobres accepçoes,. quando pôz na bnse de toda su_a dontrrnn estas PU;la.vras : u Sede per – feitos, como vo~s~ Pai celeste é perfeito . >) Antes que lia.1a1s refei to em vós a ima– gem de Deos, o homem e a sociedade ten.. cle~_que traball~armu ito. ~lãos á obra; opc– ra11osclo porv1 r ! ti. TgT<'Ja, longe ele vos
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