Estrela do Norte 1865
LC fiRVi ,.....r.:-:,;;:,ze -M www,,.. •c-s no cl:u,stro c<1 mo o 011 ro nu chrysol, se- ! E lá passant o padrc-Yigal'io 1·c peita– g undo diz nm cs -riptol'. O religioso são . vcl -sacerdote de cabellos brancos como o· :i.h_ios q 11e, co n)1 cccnclo quanto é fal- , lio de prata,' tarjando a samarra' preta soo_br1IJ10da. glona · mun rLu~:ts, e qua n- 10 chapéo de trc2 bicos, e empunhando a to suo eng-: mauores os europe, que bor- 1bengala po sante, á que se arrimaYa por– damo abysmo · do seculo, a1Jd 1cam de que o bom do velho já sentia bem tro– todo. o. goso. terr~s tres, de toclo o orgu- pegas as prr nas e mal seguro os pa,: o' . lho e de toda a wudacl c do inundo. Era tão bom O padre-vigario ! conta– ( Cu1tlúuíu. ) BollS tempos era m esses de minha in– fan cia ! nccordo- me somp rn d'cllos com entern ecimen to e com saudade, cm meio da aridez da ,·id:t á que condemnou-mc a sor te. Bons tempos, cm qu e se não discu– tiam essas altas questões de philosophia Kan tista, h egr.llis t:a, e outros nom-]s as– sim, cm qu e ningucm se entende, e que confunde as idóa e atira a alma em um pclag-o insondavel, ~m u~ labyrintbo in extrincavel de duvidas e rncertezas. Bom tempo, em que se não procurava r eso lver esses g randes problemas sociaes que atrapa lham o mundo, dividindo _os homens, que nasceram para serem ir- mãos. . Bons tempos ainda, cm que a fé rCJ- rrnva triumphante no coração dos povos, e que Renan, o de~c~i?o, !lão havia ainda atirado a face da c1v1hsaçao e do bo_m sen– so_ esse desafio solcmne, esse rnsulto sangrento ás crenç~_ sanctas, que nos en– sinaram n ossas mais. . E á tarde, quando o smo da velha Ca- pella deixava ouvir esse tanger ~ompa~– sado e melancolico da-Ave-1\ laria -nos nos r euni amos todos na pequ ena sala _ela casá cm que mora vam_os, e com as_ ma~s postas e os olbos ergmdos para o eco_, dt– ri º'iamos essas preces de am~r e de 1eco– nl~ccimento á Mãi pura e. 1rnmacula~a d'Aqu ellc que viera r odem Ir a humam- dade. 1 - Como era sempre ag-rndavc ª~ co raçao o desper tar ela aurora de 11111 dia de do– mino-o! A' 0 noitc da yespera cllegavam os conhe- cidos e amigos, cruc m_oravaf1! :nas faz~n– das proximas, e qu e nao quer1::i,m , apczar da di tancia deixar ele cumprn· com -es~c dcrnr, qne ; relig ião lhes impunha e que o coração acceita va. . 1•. acorJavamos todos ao romper do dia e ao som do ri picar do sino, e ca~a qual com a alegria no sem hlanLe e a s~rrnad_alle n'alma, ia tomar as rnst('S d_omrngue1r:?s e prc1inrar- se para a solun1111dado do tlrn. vam-se cl 'elle cousas de tanta caridade, de tanta henevolencia, qu e não lrnYia 11 ma voz , uma ó, que ouza se contra cllc mur– mnrar uma censura, e mahlizer uma a.:– ção ! g todos que o viam, strntl:wam-0 r om r e peito e amor, porque todo con 'id ra– n1m o paclrc-vigario como o pai e o ami– go da geútc da freg- uez ia. Como era lindo um dia de dom ingo na minha terra ! • E com C.fUC alvoroço esperavamos to– dos pela noite do sabbado, em que, reu– nidos os visinhos, entoavam o terço e resavamos cm côro o O filei o da Virgem I Como calaYam n'alma, como co nsola– vam o coração aquellas rezas tão poeti– cas dirigidas á advogada dos peccadores, á consoladora dos affiictos, e dôce r efu– giu dos desgraçados filhos de Em 1 Deixai que hoje escarneçam d 'cssa pract icas piedosa , c1·essas devoções popu– lares ; deixai; mas o coração se dilatava consolado, a alma sentia-se retemperada e forte, e o balsamo da esperança descia suave sobre U<Juclles que luctavam con.1 a desgraça e os contratempo ela sorte. Havia mais fé, mais esperança, mais amor de Doos e do proximo ; não se co– nhecia o scepticismo, que mata as cren– ças e a clu vida - que é o inferr o d 'alma. O homem cria e era bom, cü a e era fe– liz . . . Bons tempos foram esses. Padre, FRANCI SCO l3ERNA RDL'IO DE SOUZA. Vau•iedo.tles. A CONDEÇA DE VUHTE)1BERG. Conrado m, Imperador da Allemanha, irri Lado, porque o conde de,, urtem ber ,. se tinha opposto á sua leição, siLiou nrna pequena cidade para onde elle e tinha refugiado. A cidade, comple tamente in– vestida, foi obrigada a rcnd 'r-sc á dis– cripção. O imperador recusou capitular a favor do conde, e dos defen ore· da t.:i– dade. - ão perdôo senão ás mnlhere , tliz elle; podem sair 1 vanào o 11ue quizc– rem.
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