Estrela do Norte 1865

.._ ESTltELL..t. DO NOI\TE, ger men fecundo que encerra e abr aça o natu ral desenrnl vimento de todas as fa– culdades human as , ella é uma sei va di\·i– na que insinuando-se pela raiz da mages– tosa ar vore da ciencia, vi vifica e fecunda tod os os seus ramos; sendo por essa razão que, segundo nos di z a historia, os gran– <les seculos de fé foram tamhem os gran– des secu los dn: rnr dadeira scien cia. Eu bem sei qu e, filhos do seculo IX, nós «'Cifamos ai nda no rnsto campo de ini qui– dades , plantadas por nossos antepassado do xvur scculo; mas sei tambem que, fi– lhos do i mperio da Cruz, devemos traba– lhar todos, e vós comnosco, Sr . Ooutor , para arrancar de nossa cara patria a fatal ,;emen te dessas perigosas doutrinas, ini– m igas da fé, qne tão amargos fru ctos j á tem produzido em o nosso paiz. des, S~ IIl a~ quaes a sciencia fo r te para destrmr, é impotente pant ed ificar . D'ahi, Sr. Doutor, os granrles tans tor– nos que se observam no munuo ; e age– r al rebeldia que n ão tolera nenh uma au – tor idade ; esse culto exagerado do perso– nalismo diante do qual os homens ;:;.o tudo e os princípios nada ; esse egoismo sem freio que despedaça todos os laços sociaes ; essa aus ' ncia de boa fé que se nota em todas as r elações da vida · essa falta. de obrigação emfim que nos nã~ per– mitte sacr ilicnr ao bem geral nada do que r epu tamos ser do nosso pnrticul" r inte– resse. São estes os gra ndes males que tortu– r am as sociedades políticas, são estas as vastas cal_amidade~ que affl igem os povos e_para c_uJo r emedia as lettras e as scien– c1as se~cLO COf!1pletamcn te improficnas se os sab10s e htt~rat?~ se não _i nspirar~m nos fecundos pn nc1p1os da r eligião acro– san~a que aco~selha e prescreve a obedi– ~ncia e a humll~ade, a obrigação e o des– rnteresse, a fid elidad e e o pa trio tismo, to– das aqu el1as virtudes qne se r esumem no amor de Deus e do proximo. Se vos anima? pois, s~. D?utor , como Neste ponto, deveria tal vez fallar-vos dos ;males que particularmente affligem nossa sociedade e ameaçam destruil-a , afrou– xando leI)tamentc os laço qu e a consti– tuem. S,em isso mal poderei mostrar-vos .o u so que na mesma sociedade podeis fa– q;er de vossas lettras; prefiro entreta n to fi car aquem de minha missão, porque não se pod endo tocar nesse terreno sem se ferir a algu em na presente solemnidade, desejo antes de tudo ser i noffensivo. Sejam, porém, q uaes fo rem os ví cios e defeitos, que il agellem a sociBdade em que ;vivemos, deveis lembri~r-vos qu e na r eli– g ião catbolica, apostolica, romana , se en– con tram poderosos r emedi as para todos aquelles -vícios e dcfei tos ; sendo por isso qu e de prefer encia chamei vossa attenção para esse lado. Outr 'ora Sr. Dou tor, as sociedades civis, livr es e independentes no _que er~ de sua a lçada cur vavam-se r espeitosas diante da au toridade da rgreja, depositaria infalli– vel da palavr a divina~no que _era de sua p ar ticular compet~ncia; e !lss1m como a autoridade domestica r espeitava e obede– cia a autoridade civil, esta por sua vez .obedecia e r espeitava a autoridade eccle– siastica. firmemente creio, o deseJo sincero êl.e se util á vossa patria, se n o u so de vossa~ lettras qu ereis realmente prest'lr servic á sociedade brazileira, procurai antes .,d! tt~do ser verdadeiro _catholíco, filho obe– drnn_te da santa lgTeJa Romana · pr ocu ra · ? Reu~o de Deu s e sua justiça e t~nde com~ rnfalllv_el qu e t udo o mais vos virá , accresc1mo. por _Não vos embarguem o passo considera– ço~s mun~an8:s, não vos assuste O riso sa– cnlego da 1mpiedadc, nem vos esmore Na ordem scientifi ca dava-se o mesmo qu e na ordem social;~ os maiores ~enios {!Ue honram a h umam~ad~, os mais r cs– pritaveis oraculos da sciencia e das lettras e ram antes de tudo verdadeiros christãos, filh os submissos da Igr eja . , as crenças e os fun estos exemplos qu çam vosso caminh o deveis encontra; . r e f~ os_ olh?s a t udo, e ~erda_de.iro apn~to1~ i! scienma, na p eregr maçao desta vida f zendo _sempre o bem q ue poder des< ' ~– arr ede~s n~m ca os olhos do céo. ' n ao O Pi:1me1ro dever do sabia, sr. Doutor érser v1r a verdad e, e sen do Deos a primei: ra e suprema ver dade, servir a Deus uev ser o vosso p rimeiro e supremo dever . e ( Da Esperança. ) Em d ias de hoj_e, porém , ~á- se infe~i~- Não é sómente na posse de musêu mente O contrano, e as sor:1edades c1v1s tentosos de pintura osculptura e s_p ~~– ~endo-se divorciado da Ig_reJa, os h om_ens dades que ganha H~ma a primaz';lntigbi l– cla sciuncia, os sabias e lltter at?s._qmze- todas as demais cidades, que poss~ª so r 1 e ram tamhem romper com a rehg1~0 sem , lecções excellentes de obras cl'art~~ ~o = repararem talvez qu e u m tal rompi ni:en to l r en ça , Oresde, Paris Mu nich Vie ' FJ 0 _q.evia J>rival-os d"aq_uellas gral'}des v1r tu- poles, Berli m, Vene~a, Madrid O ~~~'ue~~ ,r

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