Estrela do Norte 1865
1V A l'HILOSOP!llA E A RAz?;o ,a racionaes do qnr clics ·hamam7n·ca,u- 1Julos dafé, i:,ln é Loda a gr:iude. \'erda– des, qnc constituem a ph ilosolophia . Continuemos a marchar resolutamente contra os phantasmas r-reados pelos jorna– li ia ; tomemos, corpo a corpo essas in– terpre tações tão fabulo samente exagera– da e demon trcmos ao bom seu o pu– blico, quanto e deixou tran \·iar por ela– more precip itados e que clcyc de::andar o caminho errado. Dizem pois que o Papa combate cm face a ci vi li ação e q uc a Encyclica é o snprcmo <lo alio ao mundo moderno, fei – to pelo Papado cm ret irada; nada ma is e nada menos . o Papa, pretendem, condemna primeiro a philn opllia e a razão humana . Então o í-'apa cond0mna a philosoph_ia e a razão humana? De yéras? Descobns– tes i · to na Enc\·clica? Pois dou-vos os meus parabcns: Resumindo e fallando seriamente re– cordemos e exponhamos ~, vista do p~– blico ag itado um acto memora-..-el de P10 IX mesmo . Eis o que Pio lX. havia. dr.c1arado I E YÓS vindes dizer-nos que o Papa, que fez e tas declarações, o l'apa que adhet·c tão altamente à grande tradicção philo o– phica, chegada ató nó · por meio de San to gc~tinho, S. Thomaz, Rossnet e Fen ·- lon, g rande dou tores que nunca, que eu , aiba, u1trajaram n. razão humana ; Yús di zeis que o Papa eo n<l emna a sã.a razão e a verdadeira philo-ophia ! Nem vós o acredi taes 1• • • Quereis sn.ber o lJUe o Pava fez '1 o que a Igreja tom feito sempre : defende ao mesmo tempo a razão e a fé ; a razão contra os sophislas, a fé con trn os im– pios. Quem o ignora? Ua boje sophistas que reviram a logica e a razão contra si mesmo, e as en tam lJOr axioma fnnda– ment:ll a formula mesmo do absurdo : a id cntidadf.l do verdadeiro o do falso, do sim e do não . Nunca tal vez um soberano Pontífice se ex primiu tão explicitamente ~obre os di– reitos, origem e valor da razao, n em lhe rendeu mais illustre homen agem, do que este Papa, hoj e accnsado{de proscrever a razão. Podereis ncgal-o? Estes são os con– demnados pelo Papa. Ha hoje pretensos philosophos-., que não proclamam sómente a legitimidade, mas a omnipotcncia, a soberania illi mitada a independcncia absoluta da r azão, qu~ n ão dizem só : A razão é alg uma cous,:i. : mas sim : A razão é tudo, e a fé na.da . São estes a inda os condemnndos pelo Papa. Como é qne se esqueceram _ns quatro proposições publicadas por Pio IX em i 855 ? E se se lembraram , como é, que <lão fi. Encyclica semelhantes interpreta- ções? . Pio IX proclamava, i º a cuncorcll_a da razão e da fé, e sua commum e clI vrna origem: « Correndo ambas da mesma fonte im– mutavel de verdade, que é Deos. » 2. 0 A certeza da r azão, o Yalo r das pro– ''ª racionaes na demonstração elas Yer– dadcs fundamentacs-exist encia de Oeos, espirituali dade da alma, li bc rcl:1cte bu– mana : isto é o valot· da theodlcéa, da psycologia, da l\lor al,cla Log ica e de tocta Philosophia. u o raciocinio póde provar co~ cer teza afcxistencia de Doos, a immortalldade <l.a alma e o livre arbítrio. n 3. 0 A anterioridade da razão sobre a fé: Dizeis quo elle n ão tem esse direito . Como I não tem o direito de nos defender contra vossos ntaqu es e innovações ? Não tom direito ele affirrnnr o Ernngclho, de af– 'firmar o Chris lianismo , do amrmar a l"'r e– ja, de n.fô.rmar a ra:úlo e o senso c~m– mum? Emquanto vós, com uma assás C\1riosa audacia, vos alfirmaes e en tluo– msaes solJeranos do pen. a mento ; o chefe da Tgreja catholi ca não teria o direito de est:Lliole~er a aCfirmação ch ristã, a arnr– rnação philo ophica de todos os seculos em face da rnssa ! ? u O u so da rasão precede a fé. n 4. º o Papa dcfenuia s. Thomaz, S. Boa– ventuira, e os grand es escolasticos da mes– ma escola, que todos proelam~i~am ~ ra- 1,ão human:L " uma certa part1C1paçao da razão divina» e asson ta por base da dc– mon s lrn1,;iio 11a rcligiiio rcvelacl& as pro- I\ão, n ão ; sabemos muito bem dislin– gu ir entre vós e a razão; vós sois uma escola, não sois a nuão. E tendel- o mos– trauo de modo que me c1i pensa proval-o agora, pois q ue escarnecestes, ig ualmen– te e com tanto sal, da philosophia corno da theolog ia, de todos os philosohos r de Locl'.1 _a .cloutrin rt philosophica, excepto do positivis,,10, como de todos os theologos e de tocl a a doutrina theologica, comprc– hendida a cx islencin. de Oeos. (4 ) (4) Vede a minlta - Advel'lenciri aos prâ, rle familin. ...
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