Estrela do Norte 1865
- o qu e ros11rgirum r:a,la \'07. ma is puras para se o ten!ifrcm ur il hil n t.es nas üni\·cf ·ida– de da l~uropa - na do Paris, na de Bolo– n h'.t e em ta?t:.ts _o I tras, cuj os nomo fôra facil mas C:C JO , mdicar aqui. Pr Ol'_ura1 _agora abllr a origem d'aqucl– Jas U □ 1 ..-cr 1dad , folliea i consciencio a– mon te !:>f' ll a nnac , o tereis um r e.-ultuuo r[ue a fun Jação dellas fo i na maxim;:i par– te obra d;, an ta Igreja ror.1an a personi– fi cadn cm s~us aug ustos Pontífices que ..emprc apph cados em acoroçoar o go to do:, bons estudos, sempre protectores des– YelaLl~s da cic1H.:ia , das lettras e das ar– tes, u ao podem ser '.1coimados de inimigos ela luz do ver dad ei r o progresso intellcc– tual , em a maior da. in iquidades sem a mais completa violação da verdact~ histo– r ica. Ea sim é,Sr. Doutor,queaigre ja catho– lica tendo sido a fu ndadora das Uni versi– dadcs curopéas , foi tambem ella quem instit uio esses gráos, essas palmas acade– m icas, que, no dizer d' um illustre Bispo fra n cez, b nrancl o a ciencia, apresentam– na ás vistas dos homens , como 11111 elos mais dignos objeclos, depois da virtude, de seu s gPnerosos esforços. AI i tendes, pois, desenvolvida tosca e grosseiramen Le, ioi culpa vossa, a illus tre e nobilíssi ma gen alogia do gráo, que ba pou co recel.Jcstes, e que sendo o mais fi– <lalgo elos grãos acadcmicos, deve mere– cer-vos a ma is distin cta consideração. Pela noureza da pr ecedcncia podeis ava– l iar da ímportancia desse g ráo; e por isso co ngra t ula ndo- me ainda uma vez com– vo ·co por o h a verdes al can çado, permitti (fuc e11 J_Jass,: a cn mprir a u lL ima parte do Preceito que me impõem os Estatutos des– ta Faculdade - mostt anclo-vos o uso que na -Sociedade eleveis f'az cr de vossas lc f.ttas. ( Continua.) O 1ohil~•§Ol1Ji1.o e o t!Ul•fl• Havia um ph il osopbo de vinte aunos, qt!e re peitava as velhas reliquias de Vol– taire, e chamava-se Emilio em honra de J . J. Ro ns eu. · . Tinha esse ph ilosopho sabido do C«?lle– g 10 como Miner va do cerebro de Jupiter , isto é, preparadinho, g raçasª? bom 1:1u– m&r o de a rg umen tos sem rep ltca colhido nos l'vros, q u e h avia lido as P:~ssas. Seu pai e u a m ãi, pessoa s n ao cren tes, porém crerlu la s, admiravam-no , po rque elle fallava muito, e bem depressa o ~ro– rlamuearn um grand e homem ; e por isso dizi a ello comsigo : 1, Feli zmen te fazem – me justiça . " 3SS . Em ur:n bollo dia Emilio, q11 e ainda nada tmha n sto , r esolveu-se a coner o nrnn– d0; e foi estabelecer-se em uma pequ na V1lla a poucas Iegua: di sta nte cfe Pari s. Os adêuses da despe.lida foram summa– ru ente saudosos, nunca uma Yiage u1 do lonf o cur_? cu tára tantas lagrimas; veu– du :,Ua ma, olut;a i- u vropriu IJliilu· Jl.iu enl~rneceu-se. Essa ternura de pouca 'du– rui:ao enYergonhou-o. Tendo chegado a mencionada villa, foi ho$pcdar-se cm casa de um ue seus tios maternos, velho simples, bom e cumpri– dor de seus deveres para com Doos e para co~ os homens. O sobrinho n ão go taYa m~ito dessas cousas, log-o no ou tro dia crmz dese nvolver em favor do p hilo ophis– mo racwnal todo o luxo de sua Iogica·. Qu~ndo por ém preparava-se para assestar ma1s os seus golpes, o tio despertando do uma momentanea somnolcncia occorreu– lhe dizer, que o te~po era bello, e que acon.,;elhava ao seu Joven hospede que fos– se fazer uma caçada. O joven philosopllo não teve outro re– media senão tragar a a ffronta , promet– tendo vingar-se nas perdizes e nas lebres. nesmungando tomou pois a espingarda, desamarrou o cão , o partiu para o campo cheio de pensamentos de morte e de car– nificina. Era pou co mais ou menos m eio dia. As seis horas da tarde o nosso Nemrod ti– nha morto uma pêga, mas a fome e a se• de começavam a vexa-lo, e elle dispunha– se a voltar para o ponto de onde tinha partido. Ei-lo porém em embaraços. Emilio tinha reparaclo pouco no cami– nho, e por isso n ão sabia para onde ha– via de dirigir-se. Pois é poss-ivel que um ph ilosopho se per ca como o commum dos mortaes ! l\ lorto de fome o pobre caçador via-se na tri s te n ecessida de de passar uma fresca noita do ou tono sob re a r elva. O cão que poderia encaminha- o! j á o tinha aba nuo– nado Yoltaudo para casa. Agarrando- se á ultima esperança, Emi– lio apressou o passo ... Emtim , ó felici– dade ! vio el e longe algumas luzes ... pen– sou ter ch egado á, illa donde sahira. 1\Ias, coitauo ! em breve r econheceu o erro em que estava : n ão era o logar onde morava seu tio. Que fazer? Era prociso r esolver, o decidir-se a bater humildemente nn. p ri meira porta , para alcançar de algum rustico a ldeão u m pedaço de pão preto, e alg um duro col xão para passar a noito. Que humilhação para u in grande homem que ama os seus commodos t Corrido de vergon h a , a n dou o nosso 1ihilosopbo do r ua em r u a , ~em se decidir
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